A vitrola que tocou um tempo

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vitrola

Fui da época dos bailinhos nas garagens e varandas das casas. Acho que boa parte aqui dos articulistas viveu essa fase – arrisco dizer que fatia considerável dos leitores, também. E uma das músicas que volta e meia insistem em viajar no tempo e pulular na minha cabeça é “Canada”, do grupo Pilot. vitrola

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Aliás, demorei pra encontrar o hit da época (1976/1977) no YouTube. Pelo tempo e a carência em guardar a letra em inglês, e sem recordar o nome da banda, apelei para as onomatopeias que terminavam em Canada. Vinha de tudo no badalado canal da internet, menos a tal canção. 

Com um pouco mais de paciência e tempo (durante a madrugada), achei a dita cuja. E, melhor dos mundos tecnológicos, com vídeo. Os caras da banda com as indefectíveis calças boca de sino, cabelos compridos, mas penteados, e uma sonoridade tão emblemática que, incrível, parecia uma espécie de teletransporte décadas atrás.

Já havia escrito sobre a banda em outro site de música, o Blog’n roll, do meu amigo e roqueiro Lucas Krempel. O Pilot, que ouriçou jovens e adolescentes de então, dominou as rádios brasileiras nos conturbados e temerosos anos 1970. Criado em Edimburgo, em 1973, o grupo escocês coproduziu a atmosfera setentista, junto com outras feras que dividiam a atenção da audiência, como Rod Stewart, Alice Cooper, Elton John, Cream, Creedence, Pink Floyd e muitos outros. 

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vitrola“Canada”, embora fosse um grude mais forte nos canais auditivos, não foi o único single dos caras. “Magic”, de 1974, também teve seu encanto e marcou mais presença na mídia musical do período. Porém, “Canada” reinou absoluta, ao menos para mim, se me permitem a sacada exclusivista. 

Na verdade, o Pilot surgiu da costela de outra banda, a Bay City Rollers. Ex-integrantes da precursora, David Paton e Billy Lyall, o baterista Stuart Tosh e Ian Bairnson decidiram formar um novo quarteto. Chegaram com tudo, numa produção que mesclava o visual (bem comportado para a época), um som (meio pop) que agradava e massificação da marca. Compactos ou LPs, os discos percorreram todos os cantos do planeta. “January”, do primeiro álbum (foram cinco ao longo da carreira), ocupou o trono na terra da rainha.  

Ou seja, os caras tinham tudo para continuar arrebentando. Além de bons músicos, esmeravam na produção. Em alguns trabalhos, tiveram a retaguarda do endeusado Alan Parsons, que aliás levou alguns dos membros da Pilot para seu projeto musical.

O sucesso veio rápido, mas o ocaso também. O medo do ostracismo, aliado a sonhos de carreiras solos ou novos trabalhos, determinou o fim da banda. A rigor, a sonoridade típica daqueles escoceses durou até 1976, embora dois remanescentes do grupo, Paton e Bairnson, tenham produzido um último trabalho sob o nome Pilot. Foi o “Two’s a Crowd”, de 1977. Na verdade, em 2002, o saudosismo bateu mais forte num revival: “Blue Younder”. E fim de uma história.

Bom, hora de desligar a vitrola imaginária e retornar aos tranquilos tempos atuais. O quê, a Guerra Fria voltou?

Confira o link de Canada, com Pilot

 
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Mario Jorge

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Mário Jorge de Oliveira é jornalista formado em 1988, pós-graduado em Comunicação e Didática, todos pela Universidade Católica de Santos (UniSantos). Trabalhou por 32 anos e dois meses no jornal A Tribuna, entre 1989 e 2021. Foi repórter, pauteiro, editorialista, subeditor e editor da Primeira Página por 18 anos e sete meses. Palmeirense e fanático por rock’n roll. Atualmente é assessor de imprensa do Sindedif (empregados em edifícios de Santos) e pós-graduando de Relações Internacionais e Diplomacia na Unisinos, de Porto Alegre/RS.

1 Comentário

  1. Selma Cabral1 de abril de 2022

    Parabéns! Adorei a coluna nova. Texto excelente e eu adorava essa música rsrs. Seja muito bem vindo 🙂

    Responder

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