Aqueles quatro

Gostei

.

COMENTAR(1) Compartilhar

beatles

Buenossss.

Dia desses, lanchando com a filha mais nova, Bruna, ela me deu a ideia de falar sobre a série ‘Get Back’ que estreou na TV. Achei bacana, mas esbarrei em dois empecilhos: não sou jornalista, embora tenha estudado na Faculdade de Comunicação da UniSantos – que antigamente chamava-se Visconde de São Leopoldo – quando ainda era ali na Rua Sete de Setembro, bairro da Vila Nova, no prédio onde de dia funcionava o Colégio Santista. 

Aproveite descontos exclusivos em cursos, mentorias, eventos, festas e muito mais assinando o Clube 40EMAIS agora! Além disso, ganhe descontos em lojas, restaurantes e serviços selecionados. Não perca tempo, junte-se ao nosso clube!

Eram quatro semestres básicos e mais quatro específicos – Jornalismo, Publicidade/Propaganda e Relações Públicas – e optei por PP, que percebi logo de cara que não era pra mim, daí comecei a frequentar as aulas de Jornalismo, mas por razões políticas não consegui vaga no curso e abandonei a faculdade. O outro empecilho é simples: não estou assistindo à série, assim que puder assistir, falarei sobre. De qualquer forma, esta humilde coluna não se pretende jornalística, aqui apenas teço algumas crônicas a respeito de música e algumas histórias. 

Aliás, falando em histórias e Beatles, domingo passado estava na festa de fim de ano dos frequentadores do botequim da esquina, ali na Avenida Epitácio Pessoa com Rua General Rondon. Eu sempre vou lá porque é perto de casa e dá pra voltar engatinhando, rarararará. Levamos som, microfones, violão e logo de saída pediram pra tocar ‘Hey Jude’. Toquei, claro.

E aí lembrei de como essa maravilhosa canção foi parte crucial da minha vida. 

Continua após a publicidade

Os Beatles se separaram em 1970 (não de direito, mas de fato), eu tinha dez anos. Mas a diferença de idade entre eu e meu irmão mais velho é de sete anos. Daí que curti Beatles ‘in loco’ e posso dizer que foram meus primeiros acordes ao violão, que me foram ensinados justamente por esse irmão, Joaquim Carlos, o popular Juca. Pra quem não sabe, meus irmãos (de sangue) são verdadeiras figuraças, aprendi muitas coisas com eles, umas certas, outras erradas, enfim. Por exemplo, a gente fabricava guitarras com madeira achada no lixo e com cordas feitas de linha de pesca. Coisa de maluco.

beatles

Bueno.

Nós morávamos numa boa casa ali na Avenida Pedro Lessa, quase esquina com a Rua Felipe Camarão, onde cresci. Era tipo chalé, mas de alvenaria. Tinha dois andares, a parte de baixo era um porão com pé direito razoavelmente alto, que repetia a formação do andar de cima, dois quartos, sala, cozinha, banheiro. E era ali, no porão, que rolavam os ‘bailinhos’ com luz vermelha, vitrola e cuba libre. Eu era moleque, não bebia, não fumava. Não sabia, nunca soube e acredito que jamais saberei dançar. A minha função, então, qual era? Eu era o DJ. Sim, DJ. Devo ter sido um dos primeiros DJ’s desta cidade, rarararará. 1968 ou 69, não lembro exatamente. Eu ficava trocando e virando os discos de Roberto, Erasmo, Wanderléa, Wanderley, Waldirene (‘W’ era mato), mas a campeã das campeãs era o ‘compacto simples’ (disco de vinil com uma música de cada lado) deles. The Beatles. ‘Hey Jude’. Com a foto da maçã. E repetia e repetia e repetia e repetia, infindavelmente. Ufa. Aí eu mudava de canção e o Juca, ele, vinha carinhosamente em minha direção e com um singelo bofetão em minha cabeça falava com todo amor: 

— ‘Toca ‘Hey Jude’ de novo, moleque’!

‘Hey, Jude, don’t make it bad

Take a sad song and make it better’.

Inté.

Besos a todes.

 
povos indígenas

Povos Indígenas e o Turismo Sustentável

conceito

O conceito indispensável para o seu sucesso nas vendas

futuro da empresa

Empreendedor: qual o futuro da empresa?

cinto

Aprenda a escolher o cinto perfeito

cropped cabecalho - 40EMAIS

Mais nessa Coluna

Luiz Claudio de Santos

Conheça a Coluna de Luiz Claudio de Santos
Compositor, cantor, violonista e contrabaixista, Luiz Cláudio de Santos nasceu em Santos/SP. Está na estrada há mais de 40 anos, trazendo mais de 200 composições próprias na bagagem. Pisou no palco pela primeira vez aos nove anos de idade e aos quatorze compôs sua primeira canção. Fez parte de diversas bandas, como “Copos & Bocas”, “Cooperativa Afrodyzziaka”, “Jornal do Brasil”, entre outras, se apresentando em bares, SESCs, clubes, TVs e rádios de Santos e região, da capital e outros estados. Participou da gravação de um compacto simples da banda “Jornal do Brasil” em 1986. No final da década de 90, fez temporadas no Japão e Espanha, retornando ao Brasil em 2000. Lançou seu primeiro disco solo em 2012, idealizado por ele e com a maioria das composições de sua autoria. Seu disco “Luiz Cláudio de Santos” é uma mostra de anos e anos do ofício de compor. Suas letras falam das mazelas, algumas alegrias, algumas histórias de um brasileiro e seu Brasil, que vive numa cidade de praia-porto, cantadas nos mais diversos ritmos, brasileiros ou não, afoxé, funk, rock, samba e até tango. Para saber mais, conhecer e ouvir Luiz Claudio, acesse: https://www.facebook.com/luizclaudio.desantos http://www.youtube.com/user/luizclaudiodesantos?feature=watch

1 Comentário

  1. Rosali Toledo18 de dezembro de 2021

    Delícia de crônica , “Causos” de família sempre despertam interesse.

    Responder

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

dezenove − catorze =

Scroll to top