Do Repertório

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repertório

Buenossss. Repertório

Gosto muito de bar. 

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Certa vez escrevi: ‘Quantas e quantas canções antológicas da nossa música popular foram escritas em mesas de bar. O bar é um território livre, onde toda a gente se vê, toda a gente conversa, toda a gente ri, toda a gente chora, toda a gente canta, toda a gente vive a vida’.

Pois é. E por gostar de bar, gosto de tocar em bar. Gosto do clima. Há bem pouco tempo atrás estava eu tocando num boteco com outros dois músicos e um deles, todo nervosinho, de cara feia, reclamou: ‘Que saco, essa gente falando alto, não fazem silêncio, não aguento mais isso’, no que respondi: ‘Cara, isso aqui é um bar, que vende bebidas, as pessoas estão aqui pra ver a gente, mas também pra encontrar amigos, bater papo, relaxar. Se quer silêncio, só toque em teatros e esqueça os bares’. 

E é por aí. Particularmente, estou nem aí pra barulheira toda, gente falando, bandeja batendo, copo quebrando. Certa feita, eu, terminando de cantar uma canção, falei ao microfone: ‘Acabamos de ouvir a canção ‘tal’ (não lembro qual era) em um belo arranjo para voz, violão e liquidificador’. As pessoas riram, descontraiu o ambiente. 

Bom.

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Mas nem tudo são flores. Há pessoas que não tem educação. E olhe que não é por causa de bebida, visse, porque educação é educação. Há pessoas que simplesmente não respeitam o músico, não são capazes de perceber que estamos ali trabalhando e que não somos ‘jukeboxes’, cazzo. Fácil não.

Então. Este que vos fala, acreditem, já tocou em tudo que foi lugar para os mais diversos tipos de ‘gentes’. E precisava tocar os mais diversos tipos de sons. Os ‘sucessos do momento’. Aqueles sons que, como diria ‘Sir’ Paul McCartney, eram como ‘espuma de cerveja’. Mas trabalho é trabalho. E justamente por essa razão, eu, Luiz, paulatinamente, pacientemente, com muito custo, muita batalha, no passar dos anos, fui lapidando, fui trazendo o meu repertório para um patamar mais bacana, de melhor qualidade, com todo respeito aos outros sons, mesclando canções próprias, belas canções de minhas grandes influências e consegui, grazie a Dío, formar um público específico e hoje posso dizer que toco um repertório de canções de excelente nível e, talvez por isso, eu vá tocar nos botecos com tanta alegria e determinação. 

Sometimes as pessoas pedem e tento interpretar alguma canção fora das que costumo cantar, se possível. Há uma certa ‘pressão’, quando você está em um local com grande lotação, para fazer um repertório mais ‘arroz de festa’, gíria antiga de antigos músicos da noite.

Ontem toquei com um dos meus dois trios (rararará) num boteco, ali próximo à Avenida Ana Costa, estava meio vazio. Pena. Aí, sem aquela ‘pressão’ de estar com grande lotação, como eu disse ali atrás, a gente pôde tocar canções mais rebuscadas, o que chamamos de ‘Lado B’, outra gíria antiga. Cara, foi muito bom. Ao final da apresentação, fomos muito elogiados, repertório diferente, bem executado, o pequeno público presente adorou. Ficamos muito felizes, é isso o que nos move.

Pois é, é como diz a canção:

‘Mesmo com toda a fama,

Com toda a brahma,

Com toda a cama,

Com toda a lama,

A gente vai levando,

A gente vai levando,

A gente vai levando,

A gente vai levando essa chama’.

Mais uma vez, obrigado, Deusa Música.

Aliás, por falar em Deusa Música, parabéns às minhas filhas e a todas as mulheres, salve 8 de Março.

Besos a todes, inté.

 
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Luiz Claudio de Santos

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Compositor, cantor, violonista e contrabaixista, Luiz Cláudio de Santos nasceu em Santos/SP. Está na estrada há mais de 40 anos, trazendo mais de 200 composições próprias na bagagem. Pisou no palco pela primeira vez aos nove anos de idade e aos quatorze compôs sua primeira canção. Fez parte de diversas bandas, como “Copos & Bocas”, “Cooperativa Afrodyzziaka”, “Jornal do Brasil”, entre outras, se apresentando em bares, SESCs, clubes, TVs e rádios de Santos e região, da capital e outros estados. Participou da gravação de um compacto simples da banda “Jornal do Brasil” em 1986. No final da década de 90, fez temporadas no Japão e Espanha, retornando ao Brasil em 2000. Lançou seu primeiro disco solo em 2012, idealizado por ele e com a maioria das composições de sua autoria. Seu disco “Luiz Cláudio de Santos” é uma mostra de anos e anos do ofício de compor. Suas letras falam das mazelas, algumas alegrias, algumas histórias de um brasileiro e seu Brasil, que vive numa cidade de praia-porto, cantadas nos mais diversos ritmos, brasileiros ou não, afoxé, funk, rock, samba e até tango. Para saber mais, conhecer e ouvir Luiz Claudio, acesse: https://www.facebook.com/luizclaudio.desantos http://www.youtube.com/user/luizclaudiodesantos?feature=watch

4 Comentários

  1. Bruna Pereira13 de março de 2022

    Toca Raul!!!

    Responder
  2. Barbara13 de março de 2022

    E vai levando… hehehehe

    Nada como o tempo pra ir moldando e chegar onde gostaria de verdade!

    melhor público menor e bom que um grande que não está nem aí, né?! Fico contente que tenha sido bacana! 🙂

    até a próxima 🙂

    Responder
  3. Mário Sérgio Soares13 de março de 2022

    Todo artista tem de ir aonde o povo está. E onde o povo está pode ter sertanojo, funck, pagodão…. Feliz ( e parabéns a) aquele que consegue equilibrar repertório que mescle qualidade e aceitação popular! Salve Negron

    Responder
  4. Léo Ribeiro14 de março de 2022

    É sempre um grande prazer ouvir suas canções!
    Beleza pura!

    Responder

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