O esporte é uma atividade capaz de mexer com diversos sentimentos de quem compete e quem torce. Raiva, frustração, euforia, resignação. E, claro, amor. O rei dos sentimentos está presente nas arenas, estádios, quadras, pistas, piscinas, octógonos… e é fácil mostrar essas manifestações.
Tem o amor incondicional do torcedor que acompanha seu clube por onde e como ele estiver. Fecha os olhos até para eventuais deslizes. É relação intensa e, sim, absolutamente passional. E está tudo bem. Tem o amor de resultados, aquele que se estabelece mediante o aproveitamento nos torneios. Está bem? #tamojunto. Não? Vou ver um filme na Netflix na hora do jogo…Amor imaturo? Quem pode julgar um sentimento?
Tem os que só amam a Seleção em época de Copa do Mundo. Esse é sazonal, a cada quatro anos, gera aborrecimentos algumas vezes, mas pode resultar numa bela festa na Praça independência. Os amores olímpicos, por modalidades que rendem medalhas e ídolos – estes podem ser eternizados, quando vistos mais de perto. Ou não, dependendo de quem triunfa.
Tem quem ame a velocidade, mas só se tiver brasileiro com chance de vitória. Esses estão órfãos há tempos e a única solução é o YouTube. Tem os que amam de verdade uma boa corrida. De Le Mans a Indianápolis, não importa: amor movido a combustível.
Tem o amor pelo gesto de torcer. De quem se admira a cada manifestação de carinho por um esportista ou uma modalidade. E de quem cujo amor beira a idolatria, muitas vezes desiludidos numa tarde, à espera de uma foto ou autógrafo – que não vem.
Esporte a amor se conversam. Nem sempre se entendem. Mas me movem. Oferecem metáforas para a vida. AINDA BEM.
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