Por Anderson Firmino
“Quem manda no mundo? Garotas”. A música da cantora Beyoncé, um dos ícones do empoderamento feminino no showbiz mundial, poderia tocar a cada vez uma mulher sobe ao pódio em Tóquio. Sim, a Olimpíada é delas. E que bom que é assim.
Tem a Fadinha Rayssa Leal, prateada de 13 anos, que vigorou, como diria Gil do BBB 21, no skate. Tem a quase improvável do tênis, com Luísa Stefani e Laura Pigossi, a dupla que pegou o último voo para os Jogos e fez história. Bronze com gosto de ouro e de superação.
Tem as que estão acostumadas com o pódio, como Martine Grael e Kahena Kunze, as soberanas da vela na classe 49, com novo título olímpico. Ou Mayra Aguiar, que levou o terceiro bronze consecutivo no judô. A gaúcha é dura na queda, definitivamente – como todas as mulheres, olímpicas ou não.
Mais garotas douradas? Temos. Ana Marcela Cunha, cabelo verde-amarelo e com 013 no DNA dos mares, venceu de forma linda. Iemanjá, a rainha das águas, certamente abençoa esse triunfo.
E o que falar de Rebeca Andrade? No salto, no individual geral, volta com duas medalhas, uma delas o passaporte para o Olimpo do esporte. Com graça, criatividade e representatividade, colocou Tóquio para dançar num baile de favela inesquecível. Vai levar nossa bandeira no adeus olímpico do próximo domingo – com toda a justiça.
O melhor é que não para por aí. Tem as já medalhistas, que aguardam (ou lutam, no caso) para transformar suor em ouro, como reza a cartilha da lenda Bernardinho. Beatriz Ferreira, a Bia, está na final do boxe. E as meninas do vôlei ainda brigam por vaga na decisão, nesta sexta-feira.
Pena que a festa olímpica está perto do fim. Mas já são tantos exemplos de força, de desempenho, de graça e de conquista. Com ou sem medalha, diga-se de passagem. O esporte brasileiro agradece, e festeja, seu lado feminino.
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