O palco

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palcoBuenossss.

Escrevo numa quinta-feira. Daqui a pouco, tipo começo da noite, estarei cantando em um botequim aqui perto de casa com outros dois irmãos de vida, Peri Oliveira – diretamente de Bento Ribeiro, Rio – e Aldo Durante Júnior – o meu amigo que fala yorubá. Duas figuras ímpares. Falarei mais sobre eles numa próxima oportunidade.

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O botequim, como outros diversos botequins, sabe da importância pros negócios e oferece um espaço, mas não tem estrutura para a chamada ‘música ao vivo’: equipamento de som (errado não ter, uma simples caixa de som amplificada já resolveria bem e tem valor de mercado, pode ser vendida, depois), iluminação e palco (secundários, em se tratando de bar). O que fazer, então? Tenho de levar e montar o ‘equipo’ (a pior parte da história, com a qual nunca irei concordar enquanto viver) e improvisar um palco. 

Ah, o palco. Desde os meus nove anos de idade, quando nele subi pela primeira vez, até hoje, é aquele ‘friozim’ na barriga, aquele nervoso doido, incontrolável. Olhe, já tentei de tudo, calmante, maracujá, cachaça. Aliás, tomei uns porres antes de subir, o mais famoso e primeiro foi em 1979 num festival universitário, o FUCAS, toquei com o violão deitado em meu colo, sob as vaias do público. Rararará. Mas o que será que tem esse local de tão místico, de tão mágico? Simples. Ali eu sou o Luiz Cláudio, com todas as suas imperfeições, seus medos, suas angústias, suas loucuras. E suas alegrias, também, claro. Ali, arregaçado, aberto, arreganhado, para as pessoas amarem ou odiarem ou mesmo ignorarem, está totalmente exposto, o Luiz.

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palcoMas é também onde brota a minha arte que me foi ‘presenteada’ pelo divino (grazie, Dio), onde ponho pra fora todas as minhas ideias esquerdistas-revolucionárias, os meus amores, a minha vida, enfim, canto e toco com o coração, diretamente para o outro coração. Eu, este ser tímido, quase antissocial, subo ali no palco, real ou improvisado, e tenho de ser o palhaço, o show, enfim, o chamado ‘artista’. Como diria o Chico Buarque, às vezes não entendo por que escolhi essa profissão. Agora é tarde.

Acredite, todo esse nervosismo antes de começar uma apresentação é porque quero dar o meu melhor para as pessoas. Que tudo corra bem e que elas gostem do meu trabalho. É esse, o sentido da coisa.

Hoje, no improvisado palco do botequim, será assim. Sempre foi, sempre será. Que bom. Mostra que ainda tenho humanidade. Que ‘o pulso ainda pulsa’.

Até a próxima.

Besos a todes.

 
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Luiz Claudio de Santos

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Compositor, cantor, violonista e contrabaixista, Luiz Cláudio de Santos nasceu em Santos/SP. Está na estrada há mais de 40 anos, trazendo mais de 200 composições próprias na bagagem. Pisou no palco pela primeira vez aos nove anos de idade e aos quatorze compôs sua primeira canção. Fez parte de diversas bandas, como “Copos & Bocas”, “Cooperativa Afrodyzziaka”, “Jornal do Brasil”, entre outras, se apresentando em bares, SESCs, clubes, TVs e rádios de Santos e região, da capital e outros estados. Participou da gravação de um compacto simples da banda “Jornal do Brasil” em 1986. No final da década de 90, fez temporadas no Japão e Espanha, retornando ao Brasil em 2000. Lançou seu primeiro disco solo em 2012, idealizado por ele e com a maioria das composições de sua autoria. Seu disco “Luiz Cláudio de Santos” é uma mostra de anos e anos do ofício de compor. Suas letras falam das mazelas, algumas alegrias, algumas histórias de um brasileiro e seu Brasil, que vive numa cidade de praia-porto, cantadas nos mais diversos ritmos, brasileiros ou não, afoxé, funk, rock, samba e até tango. Para saber mais, conhecer e ouvir Luiz Claudio, acesse: https://www.facebook.com/luizclaudio.desantos http://www.youtube.com/user/luizclaudiodesantos?feature=watch

3 Comentários

  1. Selma Cabral25 de setembro de 2021

    Adoro textos despretensiosa e cheio de sentimentos! Parabéns 👏

    Responder
  2. Rosali Toledo25 de setembro de 2021

    LUIZ, APRECIEI AS SUAS CRÔNICAS ANTERIORES, MAS NA ATUAL, VOCÊ SE DESNUDOU, ABRIU O CORAÇÃO E A ALMA, MOSTRANDO A MATURIDADE DO HOMEM E DO ARTISTA. UYL

    Responder
  3. Barbara25 de setembro de 2021

    So far, it’s my favorite one ❤️

    Responder

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