Os perigos da seletividade alimentar na infância

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seletividade alimentar

Posso afirmar que umas das maiores preocupações de pais com seus filhos é com a alimentação. Ainda que o responsável não pratique os hábitos alimentares mais saudáveis, esta preocupação ocorre. Querer que o filho coma bem, qualquer que seja o significado do “comer bem” para este pai, é um desejo predominante.

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Acontece que não são todas as crianças que desenvolvem um bom hábito alimentar e algumas tornam-se seletivas desde a introdução dos primeiros alimentos. A seletividade alimentar é caracterizada por um consumo alimentar altamente limitado e extrema resistência em experimentar novos alimentos. Veja, toda criança tem o comportamento de recusa alimentar na primeira infância, apresentando birras, demora para comer, tentativa de negociação, levantar-se durante a refeição e ir beliscando ao longo do dia. Mas com atitudes corretas dos pais e cuidadores, isso passa ou diminui bastante. 

A maior parte dos casos de seletividade é observada, primeiro, em crianças de 4 a 24 meses, mas não há dados consistentes sobre o assunto. Quase sempre, relatos de casos aqui e ali. Não se deve ignorar ou encarar com tolerância ou normalidade um caso de seletividade alimentar, pois as consequências podem ser sérias: limitações nas atividades sociais relacionadas à alimentação (como o lanche escolar ou comer com a família fora de casa), ganho de peso insuficiente ou perda de peso importante, desenvolvimento de transtornos alimentares na adolescência ou vida adulta. Sim, consequências podem perdurar para a vida adulta. 

Crianças seletivas tendem a aceitar sempre os mesmos alimentos, na maioria das vezes, alimentos industrializados ou pré-preparados, como batatas de carinha, nuggets, biscoitos, leite e achocolatado, pães, salgadinhos industrializados, sucos prontos, algumas vezes, alimentos de restaurante fast food, entre outras de marcas específicas. 

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Para facilitar a aceitação de novos alimentos e evitar que uma criança se torne seletiva, algumas boas atitudes e condutas relacionadas à alimentação são:

  1. Amamentação: sabores e odores passam através do leite materno e variam conforme a dieta da mãe. As fórmulas para bebês apresentam sempre o mesmo gosto.
  2. Introdução de alimentos sólidos no primeiro ano de vida: a partir dos 6 meses a alimentação complementar já deve ser introduzida, e a consistência deve evoluir conforme aceitação e adaptação da criança, sem demora. Ou seja, dar papinha/sopinha batida até 1 ano pode ser um fator que aumente a chance de a criança se tornar seletiva.
  3. Exposição a novos alimentos: deve ocorrer de forma constante, com exposição da criança aos alimentos em diferentes formas de preparações e textura. Então, deve-se evitar dar todos os dias os mesmos alimentos que já se sabe que a criança aceita, sem tentativas.
  4. Comer em família: quando a criança come “ao redor da mesa” junto com a família, interagindo e observando todos, o desenvolvimento dos hábitos alimentares tende a ser melhor.
  5. Naturalidade e harmonia: tratar os alimentos com respeito, com naturalidade, e manter a harmonia no momento da refeição, evitando julgamentos, ou transmitir impressões do adulto em relação ao alimento, participação ativa dos cuidadores (pai e mãe) com coerência em relação à alimentação.

Se você quer melhorar a seletividade alimentar do seu filho, alguns profissionais poderão ajudar, como psicólogo, nutricionista, terapeuta ocupacional e fonoaudióloga, realizando uma terapia para melhorar a seletividade. 

Importante ressaltar que as atitudes da família precisarão mudar em relação à situação. Como nutricionista que atua em várias escolas e mãe que sou, alerto que a escola, sozinha, não resolve a seletividade alimentar, e, infelizmente, se nada for mudado, ela não desaparece simplesmente com o tempo e crescimento da criança. 

Tomar as rédeas dessa situação, para que o desenvolvimento alimentar da criança ocorra da melhor maneira possível, é determinante para o bom crescimento, desenvolvimento da criança e, também, tranquilidade da família.

 
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Marina Ferreira

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Formada há 15 anos como Bacharel em Nutrição pela UNISANTOS, Mestre em Ciências pela Faculdade de Saúde Pública da USP, Personal Coach pelo Instituto Brasileiro de Coaching. Atendimento Nutricional em Consultório e Online. Professora dos cursos de Nutrição, Farmácia e Biomedicina da UNIP desde 2011. Nutricionista de escolas e empresas.

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