Pé no preto, pé no branco

Gostei

.

COMENTAR(0) Compartilhar

pé no preto

Pé direito no preto. Pé esquerdo no branco. Direito no preto. Esquerdo no branco. Atenção pra não errar…

Aproveite descontos exclusivos em cursos, mentorias, eventos, festas e muito mais assinando o Clube 40EMAIS agora! Além disso, ganhe descontos em lojas, restaurantes e serviços selecionados. Não perca tempo, junte-se ao nosso clube!

Não sei quantas vezes, na minha infância de rua, o desenho lúdico das calçadas Copacabana se transformou num grande tabuleiro. Nele, a garotada pulava sete casas até o céu. Pisava até dez, numa só cor. E seguia rente as curvas do mosaico feito carro a cem por hora! Cento e cinquenta, duzentos, mil…   

É incrível como os números enfeitavam a nossa infância e criavam proporções mágicas… Era um só lobo mau e três porquinhos. Sete, os anõezinhos. E cem dálmatas para latir e brincar! Dez mandamentos para ler. E quanto doze pra decorar! Doze apóstolos. Doze meses e doze signos. Doze horas para a metade do dia acabar…   

Sorte mesmo era os treze números acertar! Azar do Ali Babá, que tinha ao lado quarenta ladrões…  

Continua após a publicidade

E os números iam ganhando vida, ainda sem muita importância ou ambição… Quem nunca contou carros brancos na rua? E Fuscas? E os pneus abandonados na via? Quem nunca contou estrelas no céu? E as centenas de carneirinhos na cama, sem pregar um olho sequer?       

Os números estavam por todos os cantos. Mas não era má, a matemática! Era só número bom. Número de brinquedo. Número de magia. Números que só faziam sentido em cada jogo. Em cada história.                                                                  

Hoje, números chatos insistem em nos rodear. E eles não brincam mais. Toda hora, nas tevês e nos jornais. Os números assustam cada vez mais! Número do desemprego. Número da taxa de juros. Números da Selic. Tem ainda o RG, o CPF, número do PIS, PASEP e no momento, até nota de rebaixamento! 

Número de anos pra se viver… Número de anos pra se aposentar… 

Acho que vou é voltar pra calçada. Pé no preto, pé no branco! Um dois, feijão com arroz… porque lá, os números são amigos. 

E a qualquer momento, a gente pode parar de brincar!

 
nomes

Sobre nomes diferentes?

mudanças

Mudanças são Necessárias

Chá

Hora do chá!

carreira

Como fazer uma transição de carreira sem traumas?

cropped cabecalho - 40EMAIS

Mais nessa Coluna

Ines Bari

Conheça a Coluna de Ines Bari
Sou Inês Bari, formada na Faculdade de Comunicação de Santos. Escritora, radialista, compositora, publicitária, roteirista e sonhadora na maior parte do tempo. Coordenei a Rádio Tribuna de Santos por 28 anos (1985 a 2013). Fui integrante do Grupo Picaré de Poesia Independente no período Acadêmico. Em 82 lancei o livro de poesias Sol da Noite que me levou à Bienal de São Paulo em 84. Em 2015, escrevi o primeiro livro de crônicas do cotidiano, o Inesplicando Vol.1, lançado pela Chiado Books, editora para qual faço resenhas. A partir de 2018, realizei a palestra Do Rádio ao Blog no Sesc Santos, Centro Histórico de São Vicente, Livraria Cultura em São Paulo, entre outras. Em 2020, lancei o segundo livro de crônicas, o Inesplicando Vol2, pela Chiado e participei da Bienal Internacional do Rio de Janeiro. Atualmente, além de dar continuidade ao blog de crônicas Inesplicando.blogspot.com, dedico-me ao projeto literário-musical “Vem que Trem Poesia!” Por tudo isso, são tantas histórias pra contar e espero poder compartilhar com você!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

6 + 9 =

Scroll to top