Nunca pensei que um dia estaria no Japão. Por mais que eu seja jornalista e os destinos sejam diversos, este em especial é mais difícil. A distância e os custos atrapalham. Em 2011, há exatos 10 anos, foi possível.
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O Santos ganhou a Libertadores em junho, diante do Peñarol, do Uruguai, e estava classificado para o Mundial de Clubes, em dezembro, no Japão. Fui designado por A Tribuna para a cobertura da competição junto com Anderson Firmino (com quem revezo este espaço na 40EMAIS) e o fotógrafo Rogério Soares.
O embarque aconteceu em 4 de dezembro de 2011, um domingo. Uma viagem que parecia não acabar mais. E valeu muito a pena. Pelo que conhecemos lá. Ou melhor, confirmamos, já que ouvíamos sempre.
Mais do que o futebol, estava o respeito dos japoneses pelo trânsito. Ninguém atravessava a rua com sinal vermelho mesmo se não viesse qualquer carro. Ou pelas calçadas, pois não se via um pedaço de papel no chão. Bom, as ruas nem lixeiras tinham. Até porque não havia necessidade.
Ficamos a maior parte do tempo em Nagoya, onde o Santos estava hospedado. Ao contrário do que imaginávamos, era difícil encontrar alguém que falasse inglês, mesmo os taxistas. O jeito era ficar com o guia da Fifa à tiracolo para apontar os destinos.
O Santos estreou no Mundial de Clubes em 14 de dezembro e venceu o Kashiwa Reysol por 3 a 1, em Toyota, a 50 minutos de Nagoya. Quatro dias depois, seria o poderoso Barcelona. E ele se mostrou exatamente assim.
Como em um daqueles duelos de gigantes contra crianças, os espanhóis golearam o Peixe por 4 a 0 – e poderia ter sido muito mais. Foi um jogo da vida por outro aspecto, o pior possível, para o Santos. Infelizmente não foi pelo lado melhor, como foi para nós, que fizemos a viagem de nossas vidas.
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