Quem acompanha o Santos no Brasileirão ou em qualquer outra competição sem olhar para a folhinha acharia que estaríamos em dezembro. Antes fosse o mês no que se refere ao receber presentes, aquele que tem o Natal. Nada disso.
Aproveite descontos exclusivos em cursos, mentorias, eventos, festas e muito mais assinando o Clube 40EMAIS agora! Além disso, ganhe descontos em lojas, restaurantes e serviços selecionados. Não perca tempo, junte-se ao nosso clube!
Estamos quase em julho e o torcedor do Peixe parece viver em um eterno dezembro, em razão da melancolia que essa época em questão traz para o torcedor do futebol quando o time não ganha absolutamente nada, termina a temporada se arrastando e o pior: não parece ter perspectivas.
A saída de Odair Hellmann do comando do Santos é um sintoma disso. A derrota para o Corinthians na Vila Belmiro, com direito a tudo, até a morteiros no gramado, que levaram o clube a atuar sem torcida, é outro. A propósito: como é interessante o fato desses artefatos terem entrado no estádio, embora esta seja uma outra discussão.
Hellmann sempre me pareceu um sujeito trabalhador. Sete meses, porém, é muito tempo para fazer render minimamente o atual elenco santista e nada conseguir – ou quase nada -, por pior que ele – e o time – fossem, o que não é o caso, em meio a vários intervalos até grandes para preparação. Um autêntico deserto de homens e ideias.
Claramente ninguém comprou a ideia do treinador, o que é fundamental para fazer qualquer time funcionar, ainda que não os atletas não primem pela técnica. Quando isso não funciona, tudo vira um fardo que ninguém quer carregar. E Hellmann até que aguentou bastante, com heroísmo, eu diria, independentemente se pensava no trabalho ou no dinheiro da rescisão.
Para um elenco que vive às turras com o futebol, nada melhor do que trazer Paulo Turra. Campeão estadual pelo Athletico Paranaense, ele chega para, fora a disposição de cumprir um contrato curto (tem eleição em dezembro), convencer os jogadores santistas de que é possível atuar sem tanta técnica e conseguir um mínimo de resultado.
O problema é que Hellmann demorou demais para perceber isso, algo que se notou apenas em entrevistas mais recentes. Insistiu em algo que não era possível: fazer o Peixe jogar algo. Foi um erro grave, transformando, para o Santos, o junho em um melancólico dezembro.
MAIS NESSA COLUNA
Leia Também
|