Obesidade infantil: como evitar que a criança de hoje seja o adulto obeso ou com sobrepeso de amanhã?


obesidade infaltil

O motivo da escolha do tema desta semana é o fato de o Ministério da Saúde ter lançado no último dia 10 a Campanha “Vamos prevenir a obesidade infantil: 1, 2, 3 e já!”. Dados trazem a realidade do problema aqui no Brasil, que vem aumentando nos últimos anos. São 3,1 milhões de crianças menores de 10 anos com obesidade, 7,4% das crianças menores de 5 anos estão obesas, 15,9% com excesso de peso. Algo precisa ser feito. 

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Apenas para esclarecer a seriedade da situação: a chance de uma criança com obesidade levar a mesma condição à vida adulta aumenta na medida que o tempo de permanência se estende. Outras complicações relacionadas ao excesso de peso são alterações no colesterol e outras gorduras sanguíneas, desenvolvimento de diabetes, dores musculares ou articulares, doenças do coração, ortopédicas, vários tipos de câncer… muitas condições de saúde estão relacionadas ao excesso de peso. As razões para cuidarmos do problema agora são essas, além de questões emocionais que podem ser causadas ao longo de uma infância, adolescência com excesso de peso.

Aliás, vale um parêntese: temos que parar de ver o outro com um olhar julgador. Parar de atribuir nomes, apelidos ou descrições relacionadas a sua aparência. Falar do corpo, de características físicas das pessoas pode ofender e fazer o outro sentir-se constrangido. Não é saudável!

Voltando aqui ao ponto, como evitar que este estado de excesso de peso permaneça nas nossas crianças? Temos que voltar a atenção à alimentação e à atividade física delas. É óbvio, mas o óbvio precisa também ser dito.

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Cuidar da alimentação significa: 

  1. Evitar que as crianças comam doces e gorduras em excesso, por exemplo, um docinho diariamente. Frituras várias vezes por semana.
  2. Oferecer em todas as refeições frutas e/ou verduras e legumes, por exemplo: fruta no café da manhã, após o almoço e no lanche da tarde, salada e verduras cozidas no almoço e jantar.
  3. Reduzir o consumo de alimentos industrializados ultraprocessados, isso significa consumir o mínimo possível de biscoitos recheados, salgadinhos, bolinhos industrializados, embutidos, empanados pré processados, macarrões e sopas instantâneos e outros produtos que são fabricados a partir de ingredientes de uso industrial, corantes e aromatizantes.
  4. Preferir alimentos naturais e minimamente processados, como cereais integrais (arroz, trigo, milho, aveia), leguminosas (feijões, soja, lentilha, grão de bico), outros grãos (quinoa, chia, linhaça), oleaginosas (castanhas e nozes), carnes bovina, de aves e pescados, ovos, frutas e verduras diariamente.

Manter uma rotina alimentar regular e natural, com leveza e um pouco de organização é um passo importante para uma alimentação mais saudável. Outras orientações que já escrevi em colunas anteriores envolvem comer com atenção plena, ou seja, comer sem telas, sem distrações, de preferência em uma mesa com outros membros da família. 

Dar a importância que o ato de se alimentar deve ter. Comer quando se tem fome e parar quando se sentir saciado. Essas habilidades, caso tenham sido perdidas/esquecidas, devem ser retomadas com treino e atenção.

Atitudes que não são bacanas com crianças que estão com excesso de peso (e com nenhuma criança ou pessoa):

– Culpá-las pelo fato de estarem acima do peso.

– Impor restrições alimentares ou dietas para “alcançar o peso ideal”, aliás, o que seria esse tal peso ideal?

– Falar para a criança que ela está acima do peso/ gorda/gordinha, ou qualquer termo que a faça sentir- se mal.

– Referir que as roupas não cabem porque ela está acima do peso.

– Falar sobre “dieta” na presença da criança, aliás, ninguém deveria mais usar a palavra dieta com a conotação de uma restrição alimentar, dieta engloba nossa alimentação e hábitos alimentares, não necessariamente uma restrição alimentar

Existem muitos cuidados além da alimentação que devemos colocar no nosso dia a dia a fim de manter uma boa relação com a alimentação e com o nosso corpo.

Em relação à atividade física é simples também: o ser humano foi criado para se movimentar, e, se por algum motivo esse movimento não acontece, muitas alterações ocorrem. Sendo assim, trazer as crianças para práticas de atividade física por prazer ou por necessidade vai trazer inúmeros benefícios para sua saúde física e mental. 

Reduzir o tempo em telas e aumentar o tempo de atividades que exijam que o corpo esteja em movimento. Vale até realizar atividades domésticas comuns como: arrumar a própria cama, levar a louça usada na pia para lavar, lavar a louça, ajudar a carregar e guardar compras, cuidar e passear com os animais domésticos, subir e descer escadas, recolher a roupa suja para lavar, tirar roupas do varal, arrumar o quarto, varrer a casa etc. Dependendo da idade da criança, há muitas atividades possíveis.

Outras situações que a família pode estimular são realizar passeios e atividades ao ar livre juntos, como andar na praia, passear de bicicleta, patinete, fazer compras à pé, ir e voltar da escola e outros compromissos à pé, etc. Além disso tudo, com certeza a prática de alguma atividade física frequente é importante: natação, capoeira, outras artes marciais, patinação, dança, tênis, crossfit, musculação, ou qualquer esporte que a criança goste e acompanhada sempre de um profissional capacitado. Se unirmos essas atividades às que a criança pratica na escola (em aulas de educação física, por exemplo), já teremos um passo adiante no combate à obesidade infantil!

Para finalizar, devo dizer que depende da família o reconhecimento da situação e o poder da mudança de comportamento!

Fotos colunistas marina ferreira - 40EMAIS

Marina Ferreira

Marina Ferreira. Formada há 15 anos como Bacharel em Nutrição pela UNISANTOS, Mestre em Ciências pela Faculdade de Saúde Pública da USP, Personal Coach pelo Instituto Brasileiro de Coaching.

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