Olá, meu combatente empreendedor. Na semana retrasada (sim ,semana passada não rolou), eu escrevi esse texto, e muita gente caiu de pau, dizendo que eu sou velho, e que as redes sociais são sim muito importantes para uma empresa, e que os influencers são sim uma nova maneira de fazer divulgação.
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Eis que, acho que na semana passada, uma influenciadora de maquiagem (e inutilidades) foi fazer o que não sabe, e lançou um curso de marketing digital para seus zumb…..seguidores. E, como não poderia ser diferente, o curso é uma boa porcaria. Nossa, quem imaginaria que comprar curso de marketing de alguém que não é profissional da área poderia resultar em dor de cabeça? É como comprar um curso de corte de carnes de um vegano. Claro que vai dar errado.
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Eu acho curiosa a coincidência entre o artigo passado e esse acontecimento, justamente por que a polêmica do curso reforça o meu ponto: empreendedor, pare de acreditar nesses picaretas que se chamam de Influencers. Eu fico besta de ver como tem gente que se ilude com essa gente. Os caras mostram uma vida incrível, luxuosa, milionária. Passam o dia na internet, e o empreendedor pensa: “ o segredo é criar conteúdo”. E o coitado passa a semana fazendo dancinha, fazendo posts. E não vende.
Esquecem que, entre o início difícil (paramos que começaram do zero, que não são todos), e a vida milionária, existe um Gap gigantesco que, geralmente não colocam na equação, que envolve investimento externo, dureza, ir atrás de clientes, e claro, MUITO TRÁFEGO PAGO. É óbvio, meu filho. A rede social, assim como quase qualquer um, não trabalha de graça. Quer que seu perfil tenha sucesso? Paga! É simples e reconfortante saber.
Aí vem o espertinho: mas o insta da sua agência tem conteúdo. Tem até muitas fotos suas lá: verdade. Aliás, clique aqui e dê uma moralzinha. Segue lá, vai. Mas eu nunca disse que as redes são completamente inúteis. Elas servem como comunicação direta da sua marca com pessoas interessadas. O que me deixa desconfortável é ver esses Influencers (sério, isso não é uma profissão) vendendo que o pulo do gato é ficar o dia todo fazendo conteúdo. Aparecer. Não é. Não fique fazendo vídeo com a última tendência. Não fique dançando que nem um Zé Mané. Ao invés disso, use de estratégia. Construa a imagem da sua empresa. Poste coisas úteis. Fale sobre o seu negócio e como ele é relevante para as pessoas. E, mais importante. Coloque um dinheiro, aqui e ali, em alguns posts, para fazer eles irem adiante. Faça do seu jeito. E ignore esses nem-nem de luxo. Essa gente não produz nada. Não gera nada. A não ser dor de cabeça, depressão pela comparação e até desistência do negócio. Não caiam na lábia dessa gente.
Em relação a moça rosa aí (não quero cotar nomes pois não tenho um jurídico), não tenho nada contra. Tenho certeza que, pelo império que ela construiu, ela ralou bastante. Batalhou. Mas ela não pode chegar pras pessoas que a seguem e dizer que, ao comprar esse curso, as pessoas vão aprender a estratégia que ela usou para bombar a marca dela quando ela estava no BBB (que bost#). Primeiro, porque obviamente as pessoas não vão estar no reality.
Segundo, que ela já era grande quando entrou nesse programa. E terceiro, como eu disse, o espaço entre o começo difícil e o sucesso absoluto é o que deveria estar no curso. Mas aí ninguém quer vender. E, pior, muita gente não quer essa dificuldade. Preferem o atalho. E são enganados. Certamente existiu, na marca da moça aí, um belo aporte de grana para fazer com que crescesse. Normal. Não invalida o esforço dela. Aliás, até eu sigo a empresa dela no instagram.
A questão é: seja esperto. Não é porque você admira a pessoa, ou segue no Instagram, que você instantaneamente tem que comprar tudo o que a pessoa vende. Ou, menos ainda, você tem que aplicar tudo o que ela faz, para a sua marca. Encontre o seu caminho. Elabore um conteúdo que fale sobre o que você faz. Que gere interesse sobre o seu produto. Assista aos vídeos da Michelle Prado. Ela sabe bem como você deve se comunicar nas Redes Sociais. E não caia em papo mole de “influenciador”. Afinal, você não é influenciável, né?
Ps.: estarei substituindo a colunista Carmem Mosteiro até que ela se recupere e possa voltar a escrever aqui no portal. Certamente eu não escrevo tão bem quanto ela, mas eu sou o que tem pra hoje. Desejamos a ela pronta recuperação. Então, nesse meio tempo, vocês terão Marcinho semanalmente. Até a próxima quarta, sempre às nove da noite.
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