Festivais de Música: O Futuro Atualizado Dessa Nova Linguagem Mundial


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“Desde o bater de tambores primitivos até antes mesmo de nascermos, quando já nos acostumamos à batida do coração de nossas mães, somos programados para amar a música.”

Steve Garton – diretor global de pesquisas de mídia da Synovate (28/01/10)

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O fascínio pelos festivais de música é um reflexo de nossa busca por conexão — seja conosco, seja com o outro, seja com um momento que nos retire da rotina por momentos. Ao longo dos anos, eventos icônicos como Rock in Rio e Lollapalooza nos reuniram em torno de experiências coletivas, ancoradas em estilos musicais específicos, que definiam um grupo, um propósito e uma identidade. Mas algo mudou.

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Hoje, ao observar a evolução dos grandes festivais, vemos uma transformação que reflete a própria complexidade do nosso tempo: eles se tornaram mais híbridos, mais fluidos, mais abertos a misturas. O Rock in Rio já não é apenas sobre rock; o Lollapalooza recebe desde estrelas do Pop até bandas de Indie, e o mais novato entre os festivais, The Town busca capturar a essência diversa de uma cidade inteira e recria pontos de união da sociedade urbana. Essas mudanças não se tratam apenas de atender gostos variados, mas sim de representar a pluralidade das nossas identidades. De onde antes surgiam tribos definidas — o roqueiro, o eletrônico, o alternativo —, agora emerge um público que transita por estilos, que valoriza a versatilidade de experimentar mais, tudo ao mesmo tempo.

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A Nova Configuração dos Festivais: Híbridos e Ecléticos

O que poderia ser visto como uma diluição de identidade, na verdade, revela um novo conceito de festival. Antes, as pessoas escolhiam eventos de acordo com seus estilos preferidos, quase como um rito de pertencimento. Agora, os festivais se tornaram pontos de encontro para um público que celebra a diversidade. Essa transição para um modelo mais eclético reflete a era do streaming e das playlists personalizadas, onde cada um compõe sua trilha sonora do jeito que quer. Os organizadores perceberam que a oportunidade não está mais em fechar os portões para um nicho, mas em abrir as portas para múltiplas vivências, seja através de um show de rock seguido por um set eletrônico ou da mistura de MPB e rap no mesmo palco.

Mas esse movimento traz também um risco: ao se tornarem “para todos”, os festivais perdem aquele “o quê” de especial? Talvez sim, talvez não. Depende de como cada evento encara sua nova missão. Aí mora o verdadeiro desafio: preservar a autenticidade ao mesmo tempo que se abraça a inclusão.

O Crescimento dos Encontros de Nicho

Enquanto os grandes festivais mesclam estilos e públicos, há um movimento contrário — e complementar — se consolidando: a ascensão dos encontros de nicho. O público que antes encontrava sua identidade em grandes eventos, agora busca festivais menores e mais específicos para celebrar o que realmente ama. Sejam raves de Trance em locais remotos, encontros de Techno Industrial em galpões, ou festivais de Lo-Fi e Chill em áreas ao ar livre, esses eventos valorizam a essência do gênero e criam uma atmosfera intimista, que parece mais alinhada ao espírito original dos festivais.

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É quase uma resistência silenciosa: ao mesmo tempo que a multidão se expande e os grandes eventos se globalizam, um grupo menor volta a celebrar a música como um refúgio para os poucos, onde se pode fugir do frenesi das multidões e encontrar um espaço para se conectar mais profundamente com os sons e os sentidos.

A Experiência Vai Muito Além da Música

O que torna um festival memorável, porém, vai além do som. Os grandes eventos perceberam que precisam ser mais do que shows consecutivos para capturar a atenção e o investimento emocional do público. Por isso, vemos um aumento de atividades paralelas: instalações de arte, workshops, performances interativas, ações de conscientização ambiental e até iniciativas de inclusão social. A ideia é transformar o evento em uma plataforma multifacetada, onde cada visitante possa se sentir parte de algo maior — uma comunidade temporária e fluida que vive intensamente por três ou quatro dias, mas que reverbera na memória por muito mais tempo.

Afinal, não se trata apenas de assistir a um show, mas de vivenciar um festival. É aqui que a tecnologia também assume um papel central. Os organizadores inovam com transmissões ao vivo, realidade aumentada e experiências híbridas que trazem parte do evento para aqueles que não podem estar presentes fisicamente, criando um festival que se desdobra no espaço digital.

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Mas e quando o festival acaba? O que levamos disso? O que pretendemos com toda aquela comemoração? O que queremos com tudo isso? Será que terá sido tudo em vão? Onde estaremos daqui alguns anos? Como estaremos física e mentalmente? Ainda há muito para todos nós aprendermos sobre como se utilizar disso para sermos melhores. Aprender sobre o que prefiro chamar de Uma Nova Linguagem Mundial.

A Responsabilidade Sustentável e o Futuro da Pista

Por mais grandiosas que sejam as novas propostas, o impacto ambiental dos grandes festivais é um desafio contínuo. Montanhas de lixo, uso excessivo de plástico e a emissão de carbono são questões que pressionam os organizadores a repensar seus formatos. Felizmente, vemos iniciativas sustentáveis ganhando força: festivais que eliminam o uso de copos descartáveis, locais que geram energia através de painéis solares e tratam mais atentos quanto ao uso adequado da água. Algumas casas noturnas repensam seus cardápios para alimentos e bebidas mais saudáveis em gordura, açúcar e sódio, o que amplia a consciência dos participantes.  

No início dos anos 2000, houveram ações com tecnologias como a piezoeletricidade — onde a pista de dança, equipada com cristais especiais, gera energia conforme os dançarinos se movimentam. “Dance to save the world”, não é o máximo? Mas a quantidade de energia gerada ainda é baixa para suprir toda a necessidade elétrica de uma casa noturna, então os investimentos nessa “pista de dança sustentável” ainda engatinham.

Onde Está a Pista Perfeita?

Se cada DJ busca seu “set perfeito”, talvez o papel dos festivais seja encontrar a “pista perfeita” — um ambiente onde música, energia, público e propósito se alinhem. Não se trata de agradar a todos, mas de conectar cada um, à sua maneira, com aquilo que o faz vibrar. A expansão dos eventos para uma pluralidade de estilos e públicos reflete a busca de nossa própria geração: sermos tudo, ao mesmo tempo, em todos os lugares.

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Mas somos tão diferentes, como um DJ conseguiria agradar a todos? Justamente por isso, nós temos de reconhecer quem são os “bons terapeutas”. Concordo que temos muitos mequetrefes espalhados por aí, mas tanto são também os DJs talentosos. Cada qual traz sua digital sonora (maneira de criação) e aconselho que cada um deva escolher aquele que mais entende sobre o que você quer ouvir (aquilo que te bota para cima); experimente; permita-se. Quando achá-lo, guarde o nome dele(a). Anote num papel ou guarde nos rascunhos de seu celular. Assim você poderá pesquisar e descobrir onde ele(a) atua (qual pista) e poderá visitá-lo quando precisar. Vá até uma pista de dança. O som faz o resto.

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E o que será o futuro dos festivais? Ele está na capacidade de nos reunir, de nos fazer dançar e de nos mostrar que, em meio ao caos, a batida do som ainda nos une. Seja no som de um grande palco iluminado ou no compasso sutil de uma rave subterrânea, a pista continua viva — porque, no fim, somos programados para amar a música. E é ela quem dita o ritmo.

Vida longa ao som bom (em um bom som). 

Até a próxima.

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Leollo Lanzone

Leollo Lanzone é o alter ego de Mauro Galasso, que é de verdade, mas não cabia numa persona só. Tem olhar objetivo e sensível, tem o hábito de montar playlists, adora dançar eletrônico, sabe cozinhar, falar de amizade e tem opinião sobre quase tuuudo.

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1 Comentário

  1. Valeria Campanharo5 de outubro de 2024

    Adorei Leolo!!!

    Responder

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