Mulher Rei: quando o cinema perdeu a sua alma?


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foto por: Sony Pictures
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Olá leitor, meu nome é Ricardo Reis, sou empresário, ex-professor e entusiasta de cinema. Quero agradecer ao pessoal do Portal 40 pelo espaço, em especial ao Márcio, que (finalmente) largou a ideia de cinema e construiu esse incrível portal. Vou aparecer aqui duas vezes por mês para dar meus pitacos sobre filmes, e como ninguém disse que eu não podia, algumas ideias particularmente polêmicas. 

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E falando em polêmica, que tal começar com um filme que está, propositalmente, envolto em polêmicas, desde as (penosas) tentativas de usar vitimismo para atrair público da sua produtora e protagonista, até a maneira bastante antiética de reescrever a história, e fazer de óbvios vilões os mocinhos da história? Estou falando, por óbvio, de A Mulher Rei.

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Divulgação

Existem duas maneiras de se manifestar sobre A Mulher Rei: a primeira, é focar na parte técnica. Afinal, o filme é muito bem feito, ainda mais se pensarmos que custou míseros (não para mim) 50 milhões de dólares. O filme é muito bem feito, e a diretora Gina Prince-Bythewood sabe o que está fazendo. 

Conta muitos pontos a excelente fotografia de Polly Morgan, que salienta a pele negra das protagonistas, com uma paleta de cores absolutamente maravilhosa. 

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Ilze Kitshoff/Sony Pictures

As atuações do filme também são incríveis, o que não surpreende, já que desde Dúvida, Viola Davis dá show em cada projeto em que atua. Inclusive dá pra ver que ela malhou muito para chegar ao visual da General Maníaca, e sua performance é digna de um Oscar. 

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Tudo muito bom, mas depois de apreciar o filme, descobrir a verdadeira história do filme e comparar com a versão super maquiada do filme acaba por causar mais que um desconforto, mas um verdadeiro desânimo com relação ao estado de espírito do cinema (do mundo cultural, mais precisamente) atual. 

Ora, sendo você a grande Viola Davis, premiada em todas as formas que uma atriz consegue ser, você acha que precisa dar entrevista reclamando de oportunidades? Pega bem se vitimizar para vender um filme, a ponto de dizer que se trata de machismo se o público não for ver o filme? O marketing do filme que já segrega uma parte considerável do filme pode ser considerado inteligente? Pense nisso.

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Ilze Kitshoff/Sony Pictures

Mas muito além do vitimismo, existe a questão moral que não me permite apreciar o filme. Como pode ser que se romantize de tal forma um grupo de pessoas que era diretamente responsável pela escravidão? Confesso que não sabia nada sobre o tal reino de Daomé, mas também não tive a tarefa de escrever o roteiro do filme, e não sou obrigado a saber. Mas depois de lançado, o filme acabou sendo boicotado pela comunidade negra, justamente por romantizar as pessoas que capturavam e vendiam escravos para os europeus, e ainda mais insano, o filme não deixa dúvidas sobre qual lado quer exaltar! É possível ignorar isso e apenas apreciar o filme pelos aspectos positivos? É lógico. 

Mas não consigo deixar de pensar: estaria a classe artística tão desesperada para parecer inteligente e politizada, que prefere maquiar a história horrorosa desse reino, apenas para fazer um filme estrelado por mulheres, com equipe majoritariamente feminina, apenas para se afirmar? Não era possível ao menos retratar as Agojie como as vilãs da história, e dar o protagonismo às vítimas da escravidão? Ou, será que isso não passou pela cabeça de quem escreveu a obra? Hello, people! Tá faltando gente pra revisar o roteiro?

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Viola Davis e John Boyega | Ilze Kitshoff/Sony Pictures

É claro que não! A gente sabe que hoje em dia, a polêmica vende. A polêmica gera cliques, e, pra essa gente, vale muito a pena reescrever a história e se vitimizar, por que isso atrai a mais a atenção do que simplesmente fazer uma obra honesta. 

Eu me pergunto como nós gays iríamos nos sentir se fizessem um filme sobre nazistas que perseguiam os homossexuais no terceiro Reich, e eles fossem retratados como os heróis. Será que seria bacana? Mas é melhor não falar nada. Vai que alguém ache isso uma boa ideia?

Por hora, vou ficando por aqui. Convido o leitor a assistir ao filme, e deixar a sua opinião nos comentários abaixo. 

Um beijo e até a próxima.

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Ricardo Reis

Olá. Meu nome é Ricardo Reis, empresário, ex-professor e (ainda) entusiasta de cinema.

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