O Que Faz um Filme Ser Considerado “Clássico”?


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Orson Welles em Cidadão Kane (1941)
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Olá, meus leitores quarentões. Sim, esse é um daqueles textos mais teóricos, mas quero ver se consigo ir direto ao ponto, sem lenga lenga. Afinal, nesse caso, é algo que eu adoro, que são filmes clássicos, então, peco que vocês tenham paciência. Mas vamos combinar: quando se trata de cinema, os de antigamente eram muito melhores!

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Quando falamos de filmes “clássicos”, o que exatamente queremos dizer? O termo é amplamente usado, mas definir precisamente o que transforma uma obra cinematográfica em um “clássico” pode ser tão complexo quanto o próprio cinema. Será que o tempo é o único critério? Ou há elementos específicos que tornam um filme atemporal, transcendendo a época em que foi criado para permanecer relevante, inspirador e impactante?

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Para trazer vocês para a minha grande paixão, que é, obviamente, o cinema clássico,  vou trazer para vocês as características que fazem um filme se destacar como um clássico, abordando não só o contexto histórico, mas também os elementos narrativos, estéticos e emocionais que contribuem para sua longevidade. Afinal, para muitos de nós, os filmes que consideramos clássicos não são apenas entretenimento; eles são parte do tecido cultural de nossas vidas.

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Clark Gable e Vivien Leigh em …E o Vento Levou (1939)

O Teste do Tempo: Longevidade e Relevância Cultural

Uma das definições mais intuitivas de um filme clássico é aquele que resiste ao teste do tempo. Mas o que isso significa exatamente? Não se trata apenas de um filme ser antigo, mas sim de sua capacidade de permanecer relevante, emocionalmente ressonante e artisticamente significativo décadas após seu lançamento. Pensemos em filmes como Casablanca (1942) ou …E o Vento Levou (1939). Ambos foram feitos há mais de 80 anos, mas suas histórias, personagens e temas continuam a cativar novas gerações de espectadores. Ou ao menos deveriam! São filmes que atravessam fronteiras culturais e temporais, adaptando-se ao contexto moderno enquanto preservam sua essência.

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Essa longevidade está intrinsecamente ligada à relevância cultural. Um filme que reflete de maneira significativa o espírito de sua época, mas que também contém verdades universais sobre a condição humana, é mais propenso a ser considerado um clássico. Cidadão Kane (1941), por exemplo, não só marcou época com sua inovação técnica e narrativa, mas também continua sendo relevante como um estudo sobre o poder, o ego e a perda.

A longevidade de um filme também pode estar ligada à sua capacidade de influenciar outras obras cinematográficas e a cultura popular. Filmes clássicos frequentemente servem como referência para diretores, roteiristas e outros criadores. Eles são constantemente citados, reimaginados e homenageados, mantendo-se vivos na imaginação coletiva.

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Keir Dullea em 2001: Uma Odisséia no Espaço (1968)

Inovações Técnicas e Estéticas

Outro critério importante é a inovação técnica ou estética. Filmes que são considerados clássicos frequentemente trazem algo novo à linguagem cinematográfica. Eles são pioneiros em técnicas de filmagem, narrativa ou efeitos especiais, marcando um antes e depois no modo como o cinema é feito. Pense em 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968), dirigido por Stanley Kubrick. Este filme redefiniu o gênero de ficção científica com seu realismo científico, visuais impressionantes e uma abordagem filosófica profunda. Mesmo hoje, suas cenas de longa duração e os efeitos especiais práticos ainda impressionam, e seu impacto no cinema de ficção científica é inegável.

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Outro exemplo notável é, e como já citei, Cidadão Kane, dirigido por Orson Welles, que revolucionou o uso de ângulos de câmera, profundidade de campo e iluminação. Essas inovações mudaram para sempre a maneira como os diretores concebiam o uso da câmera como ferramenta narrativa. Quando um filme não só apresenta uma boa história, mas também desafia e expande os limites do que é possível no cinema, ele tem uma chance muito maior de ser lembrado como um clássico.

Personagens Icônicos e Histórias Universais

Meus queridos, quantos de vocês já se pegaram usando uma citação de um filme clássico ou lembrando de um personagem com quem se identificaram profundamente? Personagens memoráveis e bem desenvolvidos são fundamentais para que um filme seja considerado clássico. Eles transcendem a tela, tornando-se parte da cultura popular. Vejamos o exemplo de O Poderoso Chefão (1972). Michael Corleone, Vito Corleone, Sonny — esses personagens são tão vivos hoje quanto eram quando o filme foi lançado, e suas falas e ações continuam a ressoar na cultura popular.

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Os filmes clássicos muitas vezes apresentam histórias universais, aquelas que tratam de temas atemporais como amor, perda, redenção, poder e moralidade. Casablanca é um excelente exemplo disso. Embora ambientado durante a Segunda Guerra Mundial, seus temas de sacrifício, amor e honra continuam a tocar o público até hoje. As emoções e dilemas que esses personagens enfrentam são profundamente humanos, e por isso, permanecem ressonantes, não importando o quanto o mundo mude.

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Marlon Brando, Al Pacino, James Caan e John Cazale em O Poderoso Chefão (1972)

A capacidade de contar uma história universal de maneira única é o que faz um filme sobreviver às mudanças culturais e de estilo ao longo dos anos. Um filme pode pertencer a uma época, mas quando suas mensagens e personagens falam com o público de maneira atemporal, ele ganha o status de clássico.

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Impacto Social e Reflexo de uma Época

Muitos filmes considerados clássicos são reflexos poderosos de suas épocas, capturando momentos históricos ou tensões sociais de maneira que os torna valiosos documentos culturais. Adivinhe Quem Vem Para Jantar (1967), por exemplo, aborda as tensões raciais nos Estados Unidos em um momento de grandes mudanças sociais. Sua mensagem sobre preconceito e aceitação foi relevante na década de 1960 e continua a ser um tema importante hoje. Aliás, se os filmes de hoje que abordam essa questão fossem tão bem escritos quanto esse, estaríamos muito melhor.

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Katharine Hepburn, Spencer Tracy, Sidney Poitier e Katharine Houghton in Adivinhe Quem vem para Jantar (1967)

Filmes que retratam, desafiam ou questionam questões sociais e políticas frequentemente se tornam clássicos porque falam com as ansiedades e esperanças de seu público contemporâneo, enquanto continuam a ter relevância para o futuro. Esses filmes não apenas refletem seu tempo, mas frequentemente moldam a maneira como esse tempo é lembrado e compreendido. Assim, eles permanecem como marcos culturais duradouros.

Apelo Emocional: A Conexão com o Público

Por fim, um dos aspectos mais subjetivos — mas igualmente importantes — que faz um filme ser considerado clássico é o apelo emocional que ele tem sobre o público. Filmes que conseguem provocar reações emocionais profundas e autênticas são aqueles que têm maior chance de sobreviver ao passar dos anos. Quando um filme consegue capturar o público e mantê-lo cativado, seja através de uma trama envolvente, diálogos poderosos ou momentos de pura emoção, ele cria uma conexão duradoura.

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Essa conexão emocional muitas vezes faz com que um filme seja revisitado por gerações. A nostalgia, especialmente para nós, quarentões, é uma força poderosa. Filmes que marcaram nossas juventudes ou fases importantes de nossas vidas tendem a ser lembrados com carinho, e essa memória coletiva é um dos pilares que sustenta o status de clássico.

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Charles Chaplin em O Grande Ditador (1940)

O que faz um filme ser considerado clássico não é um único elemento, mas uma combinação de fatores que, juntos, criam uma obra cinematográfica atemporal. Um filme clássico não é apenas uma peça de entretenimento; é uma experiência que ressoa profundamente com o público, seja através de sua inovação técnica, personagens icônicos, histórias universais ou sua capacidade de capturar o espírito de sua época.

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Essas obras continuam a inspirar, emocionar e desafiar o público, geração após geração. E é justamente essa habilidade de transcender seu tempo e se tornar parte da nossa cultura coletiva que faz um filme verdadeiramente “clássico”. Portanto, meus caros, relembrem seus filmes clássicos favoritos, revisitem essas obras de arte, e me contem: o que faz um filme ser um clássico para vocês? Não se esqueçam de curtir o texto e compartilhar seus comentários, inclusive se eu esqueci alguma coisa! Até a próxima!

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Olá. Meu nome é Ricardo Reis, empresário, ex-professor e (ainda) entusiasta de cinema.

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1 Comentário

  1. Marcio Antonio Nunes Cabral Junior13 de setembro de 2024

    Excelente artigo, meu caro.

    Responder

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