Ano de Copa do Mundo feminina. As atenções dos torcedores se voltam para a preparação da seleção brasileira, comandada por Pia Sunhadge para a disputa que acontecerá em junho, na Austrália e na Nova Zelândia. Enquanto isso, a modalidade vai ganhando mais projeção internamente. Mas, a que preço? avanço
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A pergunta ganha sentido por conta do que ocorreu no último sábado (25). No Brasileirão Feminino da Série A, o Corinthians enfrentou o Ceará em Mogi das Cruzes. O resultado: 14 a 0, algo inconcebível num duelo entre times de elite. A explicação: a CBF exige que todos os clubes tenham versões femininas, algo que será estendido, nos planos do presidente Ednaldo Rodrigues, às Séries B, C e D.
“Queremos que o futebol feminino possa ser bastante valorizado e apoiado. Não adianta o clube achar que o futebol feminino é sacrifício. Pensamos de forma macro. Para que os clubes possam estar na Série A, é obrigatório ter futebol feminino. Isso vai ser estendido para as Série B, C e D. Em 2027, o clube que for jogar a Série D tem que ter o futebol feminino. São 64 clubes que vão praticar, em todo o Brasil, o futebol feminino”, disse o dirigente.
No caso do Ceará, que subiu para a Série A este ano, o time destaque na Série B foi desfeito e deu lugar a um grupo com meninas entre 16 e 18 anos. Mas é complicado colocá-las para encarar as corintianas de Arthur Elias, com diversos títulos brasileiros e da Libertadores. Infelizmente, muitos clubes ainda pensam – e agem – da mesma forma: basta cumprir com a obrigação.
Depois do jogo, as atletas do Vozão foram consoladas pelas corintianas e aplaudidas pela Fiel. A goleira cearense, Yasmin, deixou o campo às lágrimas. Merecemos isso? Pois a obrigatoriedade não é sinônimo de avanço. Para cada trabalho consistente, há vários de ocasião, ainda sem um horizonte mais duradouro. Seria ótimo aproveitar que o futebol feminino está no auge da sua visibilidade, com transmissões na maior rede do País e, vez por outra, enchendo estádios. Há muito que caminhar. E elas merecem mais.
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