Para que um homem e uma mulher tenham um relacionamento afetivo com amor saudável é necessário que ambos estejam inteiros neste relacionamento. Quando não fazem isso ficam presos à necessidade de estarem sempre junto das suas famílias nucleares (pai, mãe e irmãos) e ajudando estas pessoas de maneira exagerada e doentia. Isso impossibilita que seja criado um vínculo completo e harmonioso entre um casal para criar uma nova família.
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Frequentemente, essa necessidade acontece quando forma-se nesta família nuclear um Triângulo Dramático em que há sempre um que faz o papel de salvador para querer salvar e cuidar dessa família resolvendo o problema dela (pais e irmãos). Desta maneira, gasta-se muita energia neste relacionamento e não sobra tempo nem energia para o relacionamento amoroso. Necessidade de compensação, reparação e culpa são algumas causas desse tipo de relacionamento vicioso que acontece nessas famílias.
Por exemplo: quando um filho perde o pai muito cedo, ele pode sentir a necessidade e o dever de cuidar da mãe e dos irmãos. Isso o coloca fora de ordem, pois sai da posição/papel de filho para ser o “pai” dos irmãos e o “marido” da mãe. Quando há essa desordem, este filho pode ter dificuldade em ficar inteiro num relacionamento amoroso, pois ainda está muito vinculado a sua família nuclear. Ele não tem a consciência que esses elementos da família já são adultos e podem seguir suas vidas de maneira independente tendo relacionamentos, casando e tendo filhos. Esta falta de consciência também acontece com relação à mãe e aos irmãos que podem alimentar esse triângulo dramático ficando na posição de vítima nesta relação doentia sempre demandando e pedindo coisas para aquele que se coloca no papel de salvador desta família. Neste caso, é muito importante que este filho comece a colocar limite nestas pessoas e aprenda a dizer “não” para elas sempre que perceber que essas demandas estão atrapalhando seu relacionamento amoroso e/ou sua vida pessoal/profissional.
É muito comum vermos filhos morando com pais e/ou irmãos na vida adulta, pois ainda não conseguiram fazer essa desvinculação da sua família nuclear. Muitos já têm independência financeira, mas não conseguem fazer o segundo parto de vida que é quando um filho sai da casa dos pais para morar sozinho ou para construir sua própria família. Alguns até saem, ficam solteiros ou casam, mas continuam muito dependentes e vinculados emocionalmente a esse sistema familiar de maneira exagerada e doentia alimentando o triângulo dramático. Outros se autossabotam com comportamentos como vícios, ciúmes, medo, brigas por motivos simples e fazem de tudo para que o relacionamento amoroso não dê certo. Neste caso, a necessidade de continuar pertencendo a esse sistema familiar é tão grande que faz com que ajam desta maneira.
Para sair deste Triângulo Dramático é necessário entrar no Triângulo da Realização sendo adulto nesta relação e praticar as 3 primeiras Ordens da Ajuda de Bert Hellinger:
- Dar apenas o que se tem e somente esperar e tomar o que se necessita.
- Ajudar apenas quem se permite ser ajudado.
- O ajudante se coloca como adulto perante um adulto que procura ajuda.
Desta maneira, começa-se a sair de um círculo vicioso e cria-se um círculo virtuoso nos relacionamentos familiares e afetivo em que o amor e a ordem vigoram e criam força para superar e aceitar tudo do jeito que foi.
Apenas a consciência dos fatos pode fazer com que os dois envolvidos neste relacionamento amoroso mudem seus comportamentos após fazerem novas interpretações com relação ao que aconteceu e acontece nas dinâmicas das suas famílias nucleares para conseguirem viver um amor mais saudável e consciente e realizar seus objetivos individuais e em comum.
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