Olá, saiba que é um grande prazer ter a sua presença aqui nesta coluna! Gostaria de saber mais sobre a sua rica história de vida, enquanto tomamos uma boa xícara de café ou chá. Recostados em espreguiçadeiras, fitando um magnífico jardim com flores multicoloridas se assemelhando a vitrais, resplandecendo a luz de um deslumbrante pôr do sol… e, por fim, lhe dar um fraterno abraço em agradecimento pela companhia! Aliás, permita-se sentir esse abraço! A intenção é real!
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E agora, peço a sua licença para iniciarmos…
Nos textos das semanas anteriores, demonstrei a você que o seu cérebro é guiado por emoções e não pela razão. E que, portanto, não temos livre arbítrio. Expliquei como as memórias de longo prazo e memórias emocionais funcionam. Hoje, permita-me mostrar a você o quão importantes são as memórias emocionais para a sua sobrevivência. E como você poderá fazer uso das emoções para fazer escolhas mais assertivas e desenvolver hábitos mais saudáveis!
Gostaria de iniciar esta conversa com uma reflexão. Será que nunca tivemos livre arbítrio na vida? Mesmo quando crianças? Se somos guiados por memórias emocionais, o que acontecia quando éramos bem novos e não tínhamos tantas memórias emocionais?
Mesmo quando mais novos e inexperientes na infância não tendo vivenciado tantas experiências na vida e, portanto, não tendo gravadas tantas memórias emocionais, ainda éramos guiados por alguma emoção. Se uma criança irá provar chocolate pela primeira vez e nunca comeu algo parecido antes, irá sentir o aroma, observar a cor e escolher se quer ou não provar. Essa escolha poderia ser racional, por não ter um comparativo anterior. Todavia, sempre existirão experiências emocionais que irão influenciar. Se encontro o chocolate na mesa da sala, poderei ter medo do desconhecido ou medo de levar uma bronca. Se uma mãe me dá para experimentar, já existem outras emoções envolvidas. Se tiver aroma de baunilha, pode me lembrar outro doce ou bala que já provei. Perceba como é complexo!
Contudo, uma criança, quanto mais inexperiente, ela pode decidir subir em um muro, pois não tem medo, não avalia o risco e não existem comparativos emocionais. Mas, se o cérebro entender como um desafio a ser vencido e quiser chamar a atenção, ou se quiser competir com outras crianças para demonstrar coragem, já existem memórias emocionais direcionando a escolha de subir no muro.
E quanto mais a criança experiencia o mundo, mais medos, inseguranças, tristezas, frustrações, carências passam a influenciar suas escolhas e atitudes. Lembre-se de que todas as suas escolhas e comportamentos estão ligados às emoções vividas em experiências anteriores. Ou seja, tudo que irá viver, a cada milésimo de segundo, está sendo comparado com o que já vivenciou e, portanto, com o que está gravado em suas memórias emocionais.
Porém, será que estamos eternamente presos às escolhas e padrões comportamentais gerados automaticamente pelo nosso cérebro?
Antes de dar a resposta, convido você a conhecer melhor dois grandes grupos que dividem a humanidade.
Podemos dividir nós mesmos e todas as pessoas que conhecemos em dois grandes grupos. E a divisão se dá pelos nossos valores pessoais. Os seus valores são a força motriz que podem influenciar diretamente as suas emoções e, consequentemente, as suas escolhas e o seu comportamental.
E daí você me diz:
– Agora está ficando interessante! Posso passar a controlar melhor minhas escolhas e atitudes? Então, afinal, o que você quer dizer com valores?
Valores são o conjunto de características de grande importância para você que determinam a forma como você se comporta e interage com as outras pessoas e com o meio ambiente.
Existem diversos tipos de valores: estéticos, religiosos, éticos, profissionais, familiares, etc.
No entanto, vamos nos ater aos valores emocionais no aspecto do comprometimento com a vida. Posso ter um maior comprometimento comigo mesmo ou um comprometimento maior com o próximo. Essa escolha divide a humanidade nos dois grandes grupos que afirmei anteriormente.
Passarei a explicar melhor:
Grupo 1: Pessoas que possuem valores voltados para si próprias.
Embora tenham os valores voltados para si como prioridade, não são pessoas egoístas. Mesmo porque, na maioria das vezes, são pessoas extremamente protetoras e provedoras das suas pessoas queridas mais próximas. Entretanto, a maior satisfação delas é se aprimorar nos estudos, na carreira, estética pessoal, condicionamento físico e intelectual. São pessoas que possuem uma autocobrança pelo aprimoramento da carreira, estudo, etc. São pessoas pragmáticas e, comumente, o trabalho é a vida delas! Existe nessas pessoas uma grande satisfação quando são promovidas ou quando se destacam profissionalmente. Tendem a ser um pouco competitivas e muito seguras com relação à carreira.
Grupo 2: Pessoas que possuem valores voltados para o próximo.
São pessoas que priorizam em primeiro lugar o outro, em detrimento de si mesmas. Sempre se preocupando com o outro, querendo agradar. Querendo suprir as expectativas das pessoas, querendo ser bem aceitas e reconhecidas pelas pessoas. A maior satisfação delas é se aprimorar como seres humanos para si mesmas e para o outro. Quando escolhem uma carreira onde atuam diretamente convivendo com pessoas, onde ajudam as mesmas de alguma forma, são extremamente felizes e bem sucedidas. São pessoas que possuem uma autocobrança interna, sempre tentando melhorar como ser humano para si e para o outro, sempre pensando e se cobrando de como poderá ajudar!
Você consegue se enquadrar em algum grupo? Consegue definir o que motiva você no seu dia a dia? Superar desafios pessoais ou superar desafios para o próximo? Todos nós temos um pouco dos dois grupos, mas certamente um dos dois grupos fala mais forte dentro de nós na grande maioria de nossas escolhas.
Sim! Eu acabei de citar escolhas! Ou seja, valores emocionais ajudam a definir escolhas pelo fato de disponibilizarem dopamina, hormônio que gera motivação e prazer. É o hormônio que é diretamente responsável pelo seu sistema de recompensa cerebral. Ou seja, toda vez que faz algo que está alinhado com seus valores emocionais, gera a sensação de prazer e missão cumprida! E a cada nova memória emocional vivida, que gera recompensa, mais facilmente o cérebro irá querer repetir a experiência no futuro!
E daí você me pergunta:
– Como eu posso utilizar esse mecanismo de recompensa para mudar gatilhos comportamentais automáticos e melhorar as minhas escolhas?
Simples, basta alinhar suas escolhas com os seus valores pessoais!
Você pode ter achado estranho o primeiro parágrafo deste texto. A forma como me referi a você, me importando e querendo conhecer você melhor. E lhe dando um carinhoso abraço. Eu estou no grupo 2 e, portanto, o que mais me satisfaz é cuidar, zelar pelo próximo, pois envolve meus maiores valores pessoais. Empatia, contribuição com o próximo, respeito, compaixão. E, desta forma, consegui escrever esse texto na metade do tempo que levei nas semanas anteriores, mesmo o texto sendo mais longo. O prazer e a satisfação por estar fazendo algo por você me faz feliz e me motiva incondicionalmente!
Voltemos ao exemplo do primeiro texto. Você está de dieta alimentar e racionalmente não se permite comer doces. Alguém compra o seu chocolate predileto e guarda no armário. A ideia de comê-lo é irresistível. Como fazer para evitar?
Basta utilizar a criatividade para gerar um estado emocional alinhado aos seus valores.
Grupo 1: Você pode criar uma meta pessoal estabelecendo uma recompensa pessoal caso alcance o objetivo; pode entrar para um grupo de pessoas em dieta e estabelecer um perfil competitivo; pode desafiar um amigo a chegar na meta de forma mais rápida que você; pode comprar uma roupa menor e se desafiar a conseguir vesti-la em determinado prazo de tempo; pode colar pela casa uma fotografia do corpo ideal e se desafiar a alcançá-lo em determinado tempo.
Grupo 2:
Você pode comprar 5 cartões com envelope em uma papelaria. Escolher 5 pessoas extremamente importantes para você, aquelas que você teria vergonha de falhar com elas, fazendo uma promessa. Escreva nos cartões que se compromete a emagrecer em determinado tempo. E, por fim, peça para que elas cobrem você semanalmente, dizendo que não querem se desapontar com você.
Assim sendo, para cada escolha importante de agora em diante na sua vida, estabeleça metas baseadas nos seus valores pessoais. Se utilize dessa força motriz interna para cumprir esses objetivos. Crie recompensas, torne o processo mais emocionante!
Saiba na próxima semana, iniciando um novo tema, qual a melhor maneira – a mais eficaz – de exercitarmos o nosso cérebro, afim de torná-lo rápido como um relâmpago e eficiente como os melhores processadores modernos!
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