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20th Century Fox | Divulgação

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Olá, meus caros leitores. Feliz ano novo. Estamos aqui em 2023 com muita energia e vontade de trabalhar. Não, claro que não. Mas vamos seguir assim mesmo. Esses filmes não serão listados sozinhos, não é mesmo?

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Antes de mais nada, vamos às novidades: esse ano, eu finalmente vou focar meus esforços nessa coluna para me dedicar mais a filmes clássicos do que modernos, com mais detalhes e análises. Essa, afinal, é a minha especialidade. Também quero compartilhar uma novidade: a partir de agora, vamos ter uma nova coluna mensal, exclusiva para assinantes, em que eu analiso, com muito mais profundidade, trechos dos filmes, análise de linguagem, curiosidades etc., filmes clássicos que marcaram épocas. A partir de fevereiro, você vai poder ler análises mais profundas e significativas de obras que você já viu mil vezes, ou que não viu ainda e precisa conhecer. O Márcio, que me fez o convite, me deu carta branca para escrever o que eu quisesse, e para dar o nome que eu achasse melhor para a coluna (muita coragem).

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Assim, a partir de fevereiro, você vai poder ler a coluna Frame a Frame. Para começar, vamos analisar a trilogia O Senhor dos Anéis, cujo último capítulo, O Retorno do Rei, completa 20 anos de lançamento em 2023. Detalhe: essa é a primeira coluna aqui do portal 40EMAIS (dessa vez eu não errei o nome do site) que será EXCLUSIVA PARA ASSINANTES! Então, se você gosta de cinema, e quer ler análises muito mais profundas, feitas com muita dedicação de quem ama a sétima arte, já clica aqui e assine o 40EMAIS.

Ah. E isso não impacta a produção desta coluna aqui, não. Ou seja, vou trabalhar dobrado para entregar o conteúdo quinzenal, nesse espaço, e para produzir a nova coluna. E agora vamos ao que interessa.

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Escolhi trazer três  filmes (só três, ainda estou de ressaca do ano novo) que, nesse ano, fazem 40 anos. E por que dessa escolha? Simples: por que estamos no portal 40EMAIS, não é mesmo? Escolhi filmes que, além de muito bons, marcaram o ano de 1983. Vamos lá?

1 Scarface

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Al Pacino como Tony Montana | Divulgação

Falando em anos 1980, que tal começar a lista por um filme que exala tudo de bom (e ruim) que a década teve a oferecer? Scarface é a personificação do exagero, da extravagância, daquilo que fazia os anos 1980 tão peculiares: muita droga, muito exagero e pouco comedimento.

O filme conta a história de Tony Montana (Al Pacino), um exilado cubano em Miami que se envolve no mundo do tráfico de drogas, e vai subindo na hierarquia até comandar seu esquema próprio de venda de narcóticos. No entanto, Montana em si é um homem perigoso, paranoico e muito, mas muito violento, seja em ações, ou verbalmente. Essas suas características, são responsáveis pelo seu apogeu, mas também por sua queda, ao passo que fica cada vez mais fora de controle.

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Al Pacino como Tony Montana | Divulgação

Scarface é a soma de todas as coisas positivas que podem acontecer com uma produção: diretor muito inspirado (Brian De Palma, gênio), um roteirista com uma ideia genial para um remake de um filme dos anos 1930 (Oliver Stone), e, principalmente, um protagonista que, sozinho, rouba o filme para si.

Uma das mais icônicas interpretações de Al Pacino, seu personagem gera terror e inquietação mesmo quando não fala nada. Estamos sempre esperando qual a próxima barbaridade que o protagonista irá cometer, o que eleva a tensão e deixa a experiência do espectador mais angustiante e, ainda assim, memorável.

Um filme brilhante. Excessivamente longo, talvez. Mas ainda assim, imperdível.

2 Trocando as Bolas:

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Divulgação

Trocando as bolas é outro filme que tem em si mesmo a alma dos anos 1980. Mas, enquanto Scarface é a violência e drogas elevado a enésima potência, aqui nós temos um filme leve e divertido, com um Eddie Murphy no auge da graça.

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Eddie Murphy, Jamie Lee Curtis e Dan Aykroyd | Divulgação

O filme conta a história de um mendigo e de um bem-sucedido corretor da bolsa de valores cujas vidas se cruzam inesperadamente, quando fazem parte de uma aposta bem elaborada. O que acontece é que os irmãos Duke, Randolphe e Mortimer (Ralph Bellamy e Don Ameche), ricos donos de uma corretora de commodities, resolvem fazer uma aposta. Eles divergem entre si sobre a questão natureza versus criação. Ou seja, é possível que a natureza de alguém direcione seu caráter, ou a criação e o ambiente em que vive é que são os principais fatores que determinam o caráter de alguém?

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Randolph (Ralph Belamy) e Mortimer Duke (Don Ameche)

Para provar quem tem razão, eles decidem trocar a posição social de duas pessoas completamente opostas: o gerente de sua corretora, o fino e elegante Louis Winthorpe III (Dan Aykroyd), noivo da sobrinha-neta de Duke, e o morador de Rua Billy Ray Valentine (Eddie Murphy).

Assim, Billy Ray passa a ser educado e a viver o dia a dia de Louis, com todas as suas mordomias, responsabilidades, etc.; enquanto Louis tem de aprender a viver na pobreza, sem oportunidades e lutar pela sobrevivência. Para isso, ele conta com a ajuda da prostituta Ophelia (Jamie Lee Curtis), que concorda em ajudá-lo em troca de uma compensação financeira.

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Jamie Lee Curtis | Divulgação

O filme é um show de bom humor, elegância na direção e pequenas críticas sociais, especialmente em relação a desigualdade social. Contando com uma dupla de protagonistas afiadíssima, e uma direção incrível do grande John Landing, esse filme é uma dica imperdível que não pode ficar sem ser vista.

3 O Retorno de Jedi:

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Darth Vader | 20th Century Fox

Não é segredo para ninguém que eu amo Star Wars. Não apenas pelo filme em si, mas por tudo que a sua realização ofereceu para o cinema, desde a tremenda evolução tecnológica, uma vez que, para realizar os efeitos visuais do filme, George Lucas teve que fundar a própria empresa especializada, a Industrial Light & Magic, ou ILM para os íntimos. Graças a isso, inúmeras ferramentas, como o Photoshop, por exemplo, foram desenvolvidas e hoje podemos usá-las para facilitar o nosso dia a dia.

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Dennis Muren trabalhando na ILM | Disney

Além disso, devemos sempre resgatar o legado empreendedor de Lucas, que, ao arriscar a reputação e a carreira numa produção super diferente do comum, que ninguém botava fé, e acertar no alvo, tornando-se um dos cineastas mais bem sucedidos, nos inspira a imaginar que empreendedorismo, inovação e, sim, negócios, devem fazer parte dos criadores de arte. O cinema nacional teria muito a ganhar se seguisse os passos de George Lucas. Mas enfim.

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George Lucas, à direita, and Alec Guinness no set de Star Wars em 1976. | PHOTOFEST

Nesse terceiro capítulo da saga original, acompanhamos Luke Skywalker (Mark Hamill), agora um cavaleiro Jedi plenamente formado, enquanto ele precisa resgatar o amigo Han Solo (Harrison Ford), das garras do perigoso gângster Jabba the Hut.

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Jbba the Hutt e princesa Leia | Disney

Luke, além de agora já saber que Darth Vader é, na verdade, seu pai, também tem que lidar com o fato de descobrir que a princesa Leia é sua irmã, e com a preocupação de que terá que enfrentar o próprio pai em batalha, a fim de derrotar o império e restabelecer o equilíbrio da força.

Enquanto isso, também sabemos que o império possui uma nova Estrela da Morte, e a Aliança Rebelde deve partir para o tudo ou nada, em uma batalha espacial na lua florestal de Endor.

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Vader, o imperador e Luke Skywalker | 20th Century Fox

O filme é muito ágil e movimentado, trazendo cenas memoráveis, como a redenção de Vader, a luta entre pai e filho, e, em especial, o diálogo entre Vader e Luke Skywalker, onde o herói se entrega ao Imperador. A cena, em que o jovem Jedi tenta trazer o pai de volta ao lado bom da força, é simples, apenas duas pessoas conversando, sem efeitos ou estripulias. Mas é tão bem construída que podemos constatar, mesmo sem olhar o rosto de Vader, que as palavras do filho tocam o coração do pai. Cenas como essa são realmente uma raridade no cinema de hoje, e fazem o filme crescer muito em qualidade.

Mas as cenas de ação não decepcionam: contando com uma batalha espacial épica ( que aliás, foi feita com miniaturas, gente!), O Retorno de Jedi conta com tecnologia de ponta para trazer para a tela as coisas mais loucas e inimagináveis.

Claro que o filme não é perfeito. Para começar, a trama é quase uma refilmagem do primeiro filme, contando inclusive com um desfecho muito semelhante. O próprio fato de haver uma segunda Estrela da Morte já é um indicativo de uma clara falta de ideias novas. Também temos o desprazer de ser apresentados aos Ewokes, a raça alienígena de ursinhos que, por algum motivo, é capaz de derrotar soldados bem armados e bem-preparados com paus e pedras. Literalmente.

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Os Ewokes

Também é possível notar um uso mais intenso de efeitos digitais, como raios laser e outras coisas, que infelizmente, ficaram datados com o tempo.

Apesar de não ser tão brilhante quanto seu antecessor, O Império Contra-ataca, O Retorno de Jedi consegue dar um fim digno à trilogia original, e um final espetacular aos seus personagens.

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Batalhas incríveis | 20th Century Fox

Uma pena que Star Wars não acabou nesse terceiro filme.

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Mas é isso. Aguardem as novidades que estão vindo e deixe sua opinião nos comentários abaixo. Até daqui duas semanas. Beijo a todos.

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Ricardo Reis

Olá. Meu nome é Ricardo Reis, empresário, ex-professor e (ainda) entusiasta de cinema.

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