Caros leitores, permitam-me compartilhar com vocês uma experiência pessoal que mudou minha perspectiva sobre segurança, propriedade privada e terror. Não sei se o caro leitor notou a minha ausência nesse ano de 2023, mas tem um (bom?) motivo: há algumas semanas, minha casa foi invadida e saqueada por ladrões. Claro que, com um governo que tem diálogos cabulosos com esse tipo de gente, esse tipo de situação não surpreende ninguém. Mas ainda assim, foi uma situação aterrorizante e perturbadora, que me fez questionar a segurança de minha própria casa e a violência que existe em nossa sociedade. filmes
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Ao refletir sobre essa experiência, percebi que existem muitos filmes que retratam a invasão de casas. Por que esse tema é tão fascinante para o público? Talvez seja a sensação de vulnerabilidade e impotência que essa situação nos traz, ou talvez seja o medo do desconhecido que nos fascina. Seja qual for a razão, gostaria de compartilhar com vocês quatro filmes sobre invasões de casas que me impressionaram muito.
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Quarto do Pânico (2002)
O primeiro filme que gostaria de mencionar é “Quarto do Pânico”, dirigido por David Fincher e estrelado por Jodie Foster. O filme segue a história de uma mãe divorciada, que, junto com sua filha, é obrigada a se refugiar em uma sala fortificada dentro de sua própria casa enquanto três invasores tentam invadir sua mansão em busca de uma fortuna escondida. O que mais me impressionou nesse filme foi a atuação brilhante de Foster, que consegue transmitir todo o medo e desespero de sua personagem enquanto luta para proteger sua filha e sobreviver a um ataque brutal. Além disso, a tensão constante e a engenhosidade da construção da sala de pânico mantêm o espectador preso até o final.
Destaco também os truques da direção de Fincher, que, usando computação gráfica que a gente nem percebe, passa sua câmera por fechaduras, jarras de café e muitos espaços que uma câmera normal não passaria. Há quem diga que isso distrai muito, mas eu aprecio o trabalho do diretor.
Os Estranhos (2008)
Outro filme que me marcou muito foi “Os Estranhos”, dirigido por Bryan Bertino. Embora não seja uma obra-prima do terror, o filme consegue nos deixar tensos, em especial no começo do filme, em que a situação vão se desenrolando lentamente. Na trama, um casal é aterrorizado por um trio de invasores mascarados que invadem sua casa durante uma noite aparentemente tranquila. O que mais me impressionou nesse filme foi a sensação de claustrofobia e desespero que é transmitida pela atmosfera tensa e aterrorizante. Os invasores são extremamente perturbadores, e o fato de não sabermos quem são ou por que estão atacando o casal torna tudo ainda mais assustador. Assista a noite, sozinho, e me diga nos comentários como você se sentiu. Mas evite a continuação, que é bem ruinzinha.
Uma Noite de Crime 2013
Uma Noite de Crime, dirigido por James DeMonaco. Nesse filme distópico, o governo dos Estados Unidos institui um feriado anual em que toda forma de crime é legalizada, inclusive invasões de domicílio e homicídio. A trama segue uma família que precisa sobreviver a uma noite de terror enquanto é perseguida por um grupo de mascarados psicóticos. O que mais me fascina nesse filme é a crítica social implícita sobre as desigualdades e a violência nas sociedades modernas. Além disso, o enredo criativo e a ação intensa fazem do filme uma experiência emocionante e memorável. Uma coisa que também impressiona é o aparato técnico que serve a residência dos protagonistas, com janelas blindadas, câmeras e tudo mais, mas pouca, ou nenhuma arma disponível para defesa. Quem me conhece sabe que sou um apoiador do porte e posse de armas para auto defesa. Quem, assim como eu, mora em sítios e fazendas afastadas, não tem como ter a sua fé apenas no trabalho da polícia, que, apesar de tentar exercer bem a sua profissão, não vai chegar a tempo de defender quem está muito afastado dos grandes centros.
Mas não é o caso desse filme, que se passa em um bairro relativamente seguro. O primeiro filme, apesar de absurdo em sua premissa, tem grandes momentos de tensão. Mas a franquia se deteriora conforme avançam, a ponto de ficar intragável.
Hush: A Morte Ouve (2016)
Mike Flanagan é um cineasta de talento inegável. Desde o primeiro filme que tive a oportunidade de assistir, o suspense O Espelho, até as séries da Netflix, A Maldição da Residência Hill e da Mansão Bly, que temos o prazer de ver um diretor que sabe como trabalhar o gênero suspense com elegância, contido e de forma eficiente. Esse filme conta com um diferencial de todos os outros: enquanto, nos três filmes anteriores nos acompanhamos pessoas relativamente normais em situações ameaçadoras, aqui, a protagonista, além de estar sozinha numa casa isolada, aliás, muito similar a minha, ela ainda conta com mais uma desvantagem: ela é surda. Ou seja, ela não conta com a audição na hora de enfrentar a ameaça que a cerca.
A partir dessa premissa, entramos em uma espiral de situações ameaçadoras, em que a protagonista precisa pensar e ser mais inteligente que seu algoz para sobreviver. De todos os quatro filmes mencionados, esse é, sem dúvida, o melhor deles, e vai te deixar na ponta da cadeira. Não quero falar muito para não dar spoilers. O filme está em cartaz na Netflix.
E é isso. Agora é aumentar a segurança de casa, comprar uma arma e torcer para que a equipe que depenou a casa não queira voltar. Não acho que vão, afinal, até a vasilha de comida do cachorro levaram, mas não custa nada estar preparado. Nem preciso dizer que todos os planos para a coluna vão atrasar, né? Mas agradeço o pessoal do Portal 40EMAIS pelo apoio e pela não substituição deste colunista.
Até a próxima e bons filmes.
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