O Expressionismo Alemão: Uma Janela para a Alma Humana


Expressionismo alemão
O Gabinete do Dr. Caligari, filme de Robert Wiene, 1920.
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Olá, caros leitores quarentões. Hoje nós vamos seguir tratando de gêneros e de clássicos do cinema. E, dando continuidade ao tom da última vez, vamos permanecer nas sombras, e falar do complexo Expressionismo Alemão, os principais diretores e filmes do gênero que influenciou gerações de cineastas ao redor do mundo.

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O Expressionismo Alemão foi um movimento cinematográfico que floresceu na Alemanha nas décadas de 1910 e 1920, tendo um impacto significativo na história do cinema. Caracterizado por sua estética sombria, temáticas intensas e uma abordagem artística única, o Expressionismo Alemão revelou-se uma janela para a alma humana.

Uma das características distintivas do movimento foi sua estética visual ousada e expressiva. Através do uso de cenários e figurinos grandiosos, ângulos de câmera incomuns e distorções deliberadas, os diretores buscavam expressar as emoções e os estados de espírito dos personagens.

Além disso, o movimento abordou temas universais, como o conflito entre o indivíduo e a sociedade, a dualidade da natureza humana, a alienação e a busca por identidade. Essas narrativas profundas e introspectivas ressoaram com o público da época e continuam a influenciar o cinema contemporâneo.

Ao explorar a escuridão da alma humana, nos convida a confrontar nossos medos e inseguranças, mas também a apreciar a beleza encontrada na tristeza e na angústia. É uma forma de arte que nos desafia a olhar além das aparências e a mergulhar nas profundezas de nossa própria humanidade.

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Grandes nomes…

Expressionismo alemão
Gustav Fröhlich em Metrópolis (1927)

Uma das figuras mais proeminentes do Expressionismo Alemão foi Fritz Lang, cujo filme “Metropolis” (1927) é considerado um marco no gênero. Com sua visão distópica de uma sociedade futurista, Lang explorou as tensões entre classes sociais e a alienação humana. Outro diretor destacado foi F.W. Murnau, responsável por “Nosferatu” (1922), uma adaptação não autorizada do romance “Drácula”. O filme de Murnau capturou a atmosfera sombria e opressiva do movimento expressionista, utilizando técnicas inovadoras de sombra e iluminação.

Expressionismo Alemão
Gösta Ekman em Fausto (1926)

Robert Wiene contribuiu com uma das obras mais emblemáticas do período, “O Gabinete do Dr. Caligari” (1920). Com sua arquitetura distorcida e personagens grotescos, o filme explora a natureza volátil da mente humana, questionando a realidade e a sanidade.

Expressionismo alemão
Friedrich Feher, Werner Krauss, Rudolf Lettinger e Conrad Veidt em O Gabinete do Dr. Caligari (1920)

Paul Leni deixou sua marca com “O Gato e o Canário” (1927), um thriller psicológico que apresenta uma atmosfera claustrofóbica e inquieta. Leni aproveitou o poder da sugestão para criar uma experiência assustadora e tensa.

O movimento expressionista alemão também se estendeu ao campo dos documentários, com o diretor Walter Ruttmann e seu filme “Berlim, Sinfonia de uma Cidade” (1927). Através de uma abordagem experimental, Ruttmann retratou a vida urbana e o ritmo acelerado da metrópole.

Outro filme notável é “A Última Gargalhada” (1924), dirigido por F.W. Murnau. Estrelado por Emil Jannings, o filme narra a história de um velho porteiro de cinema que é humilhado e despedido. Com imagens fortes e um desempenho magnífico, Murnau explorou temas de decadência e isolamento social.

Erich von Stroheim, embora nascido na Áustria, também deixou sua marca no movimento com “Greed” (1924), uma história épica sobre a ganância humana. Apesar das interferências do estúdio e do corte final imposto, o filme ainda é considerado um exemplo notável do Expressionismo alemão.

…e grandes filmes

O Expressionismo Alemão nos deixou uma ampla gama de filmes que exploraram as profundezas da psique humana. Entre essas obras estão “O Golem” (1920), de Paul Wegener, que retrata a criação de um ser artificial e as consequências de sua existência; “Fausto” (1926), de F.W. Murnau, uma adaptação da obra de Goethe que explora o eterno conflito entre o bem e o mal; e “O Estudante de Praga” (1913), dirigido por Stellan Rye, que mergulha nas obsessões e medos de um jovem estudante.

Embora o movimento expressionista alemão tenha sido breve em sua duração, seu legado perdura até os dias de hoje. Muitos diretores e cineastas posteriores foram inspirados por sua estética e abordagem temática, resultando em uma influência duradoura no cinema mundial.

Filmes como “Blade Runner” (1982), de Ridley Scott, e “Batman: O Cavaleiro das Trevas” (2008), de Christopher Nolan, incorporam elementos do Expressionismo Alemão em sua estética sombria e atmosfera opressiva. E, sem dúvida alguma, Tim Burton talvez seja o maior herdeiro dos filmes do período: suas características sombrias, personagens estranhos e universos expressivos, marcados por construções imponentes e fora da realidade, com suas sombras marcadas, são algumas das características que o cineasta emprestou desse movimento em sua obra.

Por fim, o Expressionismo Alemão foi um movimento cinematográfico notável que deixou uma marca indelével na história do cinema. Através dos trabalhos de diretores como Fritz Lang, F.W. Murnau e outros, explorou-se a alma humana, seus medos, anseios e inquietações.

Expressionismo alemão
Max Schreck em Nosferatu (1922)

Os filmes do período nos transportam para um mundo de imagens intensas e atmosferas perturbadoras, revelando a capacidade do cinema de refletir os aspectos mais profundos e complexos da experiência humana.

Seu legado ecoa até hoje, influenciando cineastas contemporâneos e continuando a fascinar o público com sua estética arrojada e temas atemporais.

Espero ter aguçado a sua curiosidade com esse texto breve sobre um dos mais importantes movimentos da história do cinema. Vejo vocês daqui a 15 dias. Ah! Aproveitem o fim de semana de frio e se joguem em bons filmes. Fui!

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Ricardo Reis

Olá. Meu nome é Ricardo Reis, empresário, ex-professor e (ainda) entusiasta de cinema.

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