Drácula: o personagem que não consegue ficar morto


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Olá meus queridos quarentões. Sabe, a vida de hashtags as vezes é muito ingrata. Você pode estar se preparando para lançar uma coluna na semana que vem, em algum site, quando o dono do site te pede, de última hora, uma coluna sobre todas as adaptações que o conde Drácula já teve nas telas do cinema, só porque mais uma vez, o personagem vai estar de volta às bilheterias. Vai ter troco, senhor Marcio…ah vai. Mas depois de alguma pesquisa, separei o que há de melhor para vocês assistirem nesse fim de semana. Gostaria que tivesse muitas fotos e vídeos dos filmes. Só para dar trabalho. he.he.he. Vamos lá?

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Desde sua criação pelo escritor Bram Stoker no romance gótico clássico de 1897, Drácula tem assombrado as mentes e corações dos amantes de histórias de terror em todo o mundo. Com sua natureza sedutora e sedenta de sangue, Drácula transcendeu as páginas da literatura para se tornar um dos personagens mais adaptados e reconhecíveis da história do cinema. Desde os primeiros filmes mudos até as modernas produções cinematográficas, o Conde Drácula continua a hipnotizar e aterrorizar o público. Então escolhi minhas adaptações favoritas.

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Nosferatu (1922) e o Clima Expressionista

Drácula
Max Schreck

Antes das interpretações icônicas de Bela Lugosi e da britânica Hammer, “Nosferatu” emergiu como uma pioneira e arrepiante adaptação não autorizada do romance de Stoker. Dirigido por F.W. Murnau, o filme é um exemplo marcante do movimento expressionista alemão. Seu uso de sombras alongadas e cenários distorcidos contribuiu para a criação de um clima intenso e assombroso. A adaptação é notável não apenas por sua atmosfera, mas também por sua coragem em capturar a essência perturbadora do vampiro, retratado por Max Schreck de forma mais monstruosa do que a retratada no livro. O design do Personagem ficaria eternizado [ara sempre, e referenciado em inúmras produções de vampiros.

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A Abordagem viceral que possuiu Bela Lugosi

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Bela Lugosi como Drácula

A adaptação de 1931, dirigida por Tod Browning, trouxe Bela Lugosi como o lendário Conde Drácula. Lugosi trouxe uma aura sedutora e misteriosa ao personagem, com seu sotaque e maneirismos únicos. Sua interpretação é uma parte integral do legado de Drácula nas telas, bem como seu figurino estabeleceu literalmente todos os trajes de vampiro que vieram depois, estabelecendo uma visão do vampiro que ainda influencia nossa percepção do personagem.

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Bela Lugosi como Drácula

Embora Lugosi tenha deixado uma marca indelével, é importante reconhecer que a adaptação de 1933 não é uma representação totalmente fiel do romance original de Bram Stoker. O filme condensou a narrativa, eliminando certos personagens e eventos-chave. Além disso, a escolha de focar em Renfield como um personagem secundário e o uso de diálogos adicionais para explicar a trama resultaram em problemas de ritmo e coesão.

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Mesmo assim adaptação de 1933 conseguiu criar um clima de terror que foi extremamente impactante para os padrões da época. As técnicas de iluminação, a atmosfera sombria e a interpretação carismática (que olhar) de Lugosi culminaram em um filme que arrepiava a audiência. Essa com certeza é a minha adaptação favorita do personagem. Mas por questões nostálgicas, mas enfim.

Drácula da Hammer Films

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Christopher Lee como Drácula

A figura sempre imortal do Conde Drácula encontrou um novo lar nas adaptações cinematográficas da renomada produtora britânica Hammer Films. Conhecida por suas interpretações únicas e góticas, e até um pouco violentas para a época, a Hammer trouxe o icônico vampiro para a tela de maneira impactante e duradoura.

  1. Drácula (1958): Também conhecido como “Horror of Dracula” nos EUA, este filme foi um marco. Christopher Lee assumiu o papel de Drácula, trazendo uma presença magnética e assustadora ao personagem. Ao lado de Peter Cushing como Van Helsing, a dinâmica entre os dois atores se tornou lendária. O filme modernizou a narrativa do livro e estabeleceu a abordagem estilística distintiva da Hammer.
  2. As Noivas de Drácula (1960): Esta sequência indireta traz a ausência de Christopher Lee como Drácula, mas manteve o estilo gótico e atmosférico da série. O filme explora as consequências da morte do vampiro e a influência residual que ele exerce sobre a trama.
  3. Drácula: O Príncipe das Trevas (1966): Christopher Lee reprisou seu papel como Drácula, mesmo sem diálogos no filme. A atmosfera sombria e a interpretação icônica do ator continuaram a ser pontos altos da produção.
  4. Drácula Tem Que Morrer (1969): O último filme da série principal da Hammer a apresentar Christopher Lee como Drácula. O filme adicionou elementos de vingança à trama, oferecendo uma abordagem ligeiramente diferente ao personagem.

O Espetáculo Visual de Drácula de Bram Stoker (1992)

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Gary Oldman como Drácula

A adaptação cinematográfica de “Drácula de Bram Stoker” (1992), dirigida por Francis Ford Coppola, trouxe uma nova perspectiva ao personagem do Conde Drácula. O filme se destaca por sua abordagem mais fiel ao romance original, bem como por suas inovações visuais e narrativas. Uma das maiores qualidades do filme foi a busca de fidelidade ao romance de Bram Stoker. Embora haja algumas mudanças e adaptações para atender ao meio cinematográfico, Coppola e o roteirista James V. Hart se esforçaram para manter elementos-chave da narrativa. Isso permitiu que a história fosse apresentada com maior complexidade e profundidade, algo que muitas adaptações anteriores não conseguiram fazer. Mas, eu vou ser chato aqui: o filme se chama Drácula, de Bram Stoker. O que denota que o filme pretende ser 100% fiel, na mmedida do poss;ivel, ao livro. No entanto, ao mudar as motivações do próprio Drácula, que no filme busca reencontrar sua amada, que acredita ser a personagem de Wynona Ryder, o roteiro lhe confere um caráter trágico, e o mesmo deixa de ser o Drácula…de Bram Stoker, já que isso não faz parte do conceito original. Eu sei, eu sei. Estou sendo ranzinza. Mas faz todo o sentido. Apesar de eu gostar das mudanças.

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Gary Oldman e Keanu Reeves. Figurino original e impecável

Coppola adotou uma abordagem visual inovadora, empregando técnicas de câmera dos primórdios do cinema e efeitos visuais para lá de criativos, para criar um mundo gótico que faz referência, em técnica e nos resultados em tela, ao cinema inicial, de vaudeville. É realmente fantástico nesse sentido. A cinematografia de Michael Ballhaus e os cenários magnificamente projetados ajudaram a dar vida à Transilvânia vitoriana e aos elementos sobrenaturais da trama. As cenas de transformação de Drácula e os efeitos práticos contribuíram para o clima assombroso do filme. Mas, créditos maiores vão para a figurinista Eiko Ishioka, que são um assombro de criativos. Por exemplo, a belíssima capa vermelha do vampiro, que se arrasta pelo chão, como se fosse uma trilha de sangue, ou ainda a armadura que imita a musculatura humana, ou a última roupa do personagem, que contém elementos da cultura bizantina. E isso só no personagem principal. Espetacular, meus caros.

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Sadie Frost em Drácula de Bram Stoker

Uma das características distintivas desta adaptação foi sua exploração das motivações e angústias de Drácula. O filme apresentou uma perspectiva mais trágica do vampiro, destacando sua busca por amor e sua luta contra a solidão. Essa abordagem mais psicológica acrescentou profundidade emocional ao personagem, permitindo que o público se relacionasse com sua humanidade apesar de sua natureza sobrenatural.

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O filme contou com um elenco bisonhamente talentoso, com Gary Oldman arrebentando no papel-título de Drácula. Oldman trouxe complexidade e humanidade ao personagem, explorando as várias facetas do vampiro ao longo dos séculos. Ao mesmo tempo, Winona Ryder, Anthony Hopkins e principalmente Keanu Reeves estão completamente perdidos no filme, com Hopkins completamente louco e exagerado no papel de Van helsing, enquanto Ryder e Reeves não parecem ter a energia que o os personagens precisam para nos passar a situação que estão vivendo. Como espetáculo visual, é maravilhoso. Mas faltou mais para ser perfeito. Uma pena.

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Vale a pena comentar (?)

  • Drácula: Morto, mas Feliz (1995): Uma comédia estrelada por Leslie Nielsen, que parodiava várias adaptações anteriores do personagem.
  • Drácula: A História Nunca Contada (2014): Luke Evans trouxe uma abordagem mais heróica ao personagem, explorando suas origens.
  • Hotel Transilvânia (2012): Uma animação que apresenta uma versão mais amigável e cômica do Conde Drácula, dublado por Adam Sandler.
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Drácula: A última viagem do Demeter estreia nessa semana

Neste ano, o personagem volta mais uma vez às telas de cinema, dessa vez no, pelo menos aparentemente original, A última Voagem do Demeter, em que se narra apenas o trecho do livro em que relata a viagem do conde, da Transilvânia, até Londres, onde um misterioso navio chega, sem nenhum tripulante a bordo, a não ser pelo capitão, amarrado ao timão da embarcação. No livro, realmente dá vontade de saber os pormenores da situação. Ainda não assisti ao filme, mas tenho esperança que faça jus ao legado do personagem nas telas do cinema.

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O legado de Drácula nas telas do cinema é tão variado quanto é duradouro. Desde as primeiras adaptações cinematográficas que estabeleceram os arquétipos do vampiro moderno até as versões mais contemporâneas que exploram a profundidade psicológica do personagem, Drácula continua a ser uma figura cativante e misteriosa. Sua capacidade de se reinventar e se adaptar a diferentes épocas e gostos demonstra sua imortalidade como um ícone cultural. Enquanto o cinema avança, é quase certo que novas interpretações do Conde Drácula ainda nos aguardam nas sombras, prontas para nos seduzir e nos aterrorizar mais uma vez.

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Deixe nos comentários as suas opiniões sobre os filmes de Drácula. Semana que vem, John Wayne! Juro.

 

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Ricardo Reis

Olá. Meu nome é Ricardo Reis, empresário, ex-professor e (ainda) entusiasta de cinema.

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