Redescobrindo clássicos esquecidos


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Olá, meus leitores quarentões. Certamente, vocês já ouviram falar dos mega clássicos do cinema, como Cidadão Kane, O Poderoso Chefão e Casablanca, que são constantemente aclamados e ocupam o topo das listas dos melhores filmes de todos os tempos. Não vamos questionar essa supremacia – eles merecem os elogios que recebem, claro.

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Mas, o que poucos falam, é que o cinema está repleto de verdadeiras obras-primas que, por um motivo ou outro, ficaram à margem da glória. E é delas que falaremos hoje, dessas joias que, com um pouco de sorte, podem ser redescobertas e apreciadas por novas gerações.

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Às vezes, uma obra-prima não recebe o devido reconhecimento quando lançada. E o que define uma obra-prima subestimada? É simples: é aquele filme que brilha em diversos aspectos – seja pela direção, roteiro, atuação ou mesmo inovação técnica –, mas, por uma combinação de fatores como pouca promoção, concorrência com outros lançamentos gigantes ou até incompreensão do público, acaba relegado a segundo plano. E nós, quarentões (ou quase isso), sabemos bem que, com o tempo, aquilo que parecia não ter importância pode, na verdade, ser uma das maiores descobertas da vida.

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Vamos começar nossa exploração dessas relíquias subestimadas com uma das pérolas mais visuais e sentimentais de David Lean, o mestre por trás de épicos como Lawrence da Arábia.

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Robert Mitchum e Sarah Miles em A Filha de Ryan (1970)

A Filha de Ryan” (1970) – David Lean

Se falamos de David Lean, o que vem à cabeça de muitos de vocês são os grandes épicos históricos. Mas A Filha de Ryan, embora monumental, é uma obra frequentemente ignorada quando comparada aos outros trabalhos do diretor. Ambientado na Irlanda durante a Primeira Guerra Mundial, o filme acompanha um triângulo amoroso em um pequeno vilarejo, onde a filha de um taberneiro, Rosy, se apaixona por um soldado britânico. Parece uma trama simples, e talvez seja por isso que, no seu lançamento, muitos críticos a consideraram lenta e melodramática demais. E quem gosta de lentidão, não é mesmo?

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Mas, como o bom vinho, A Filha de Ryan melhorou com o tempo. A câmera de David Lean, aliada à fotografia deslumbrante de Freddie Young, transforma as paisagens irlandesas em verdadeiras pinturas. A grandiosidade da natureza aqui não serve apenas de cenário, mas reflete a vastidão dos conflitos internos de seus personagens. O filme é uma meditação silenciosa sobre o isolamento e o amor não correspondido, temas que tocam fundo na alma, principalmente quando vividos com a paciência que só os anos nos ensinam. Não se trata de um filme para ser visto com pressa, e talvez por isso tenha sido mal compreendido à época. É uma obra que nos convida a desacelerar, a observar, a sentir.

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Christopher Jones e Sarah Miles em A Filha de Ryan (1970)

Essa sensibilidade de Lean, que contrasta a beleza natural com a turbulência emocional dos personagens, transforma o filme em uma experiência cinematográfica única, merecendo um lugar ao lado dos maiores clássicos. E, convenhamos, nós, com mais de quarenta, sabemos apreciar um bom drama que nos faça refletir sobre as curvas da vida.

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Jean-Pierre Léaud em Os Incompreendidos (1959)

“Os Incompreendidos” (1959) – François Truffaut

Mudando um pouco o tom, chegamos à Nouvelle Vague francesa, movimento que trouxe uma nova forma de ver o cinema. E aqui encontramos Os Incompreendidos, o filme que lançou François Truffaut ao estrelato. Apesar de seu valor artístico inegável, esse filme não costuma ser mencionado com a mesma frequência que outros clássicos franceses, como Acossado, de Jean-Luc Godard.

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Truffaut nos apresenta a história de Antoine Doinel, um jovem que, como muitos de nós em nossa juventude, se sente perdido, incompreendido, um peixe fora d’água tanto em casa quanto na escola. É um retrato sincero e despojado da adolescência e das suas angústias. Aqui, o que mais impressiona é a simplicidade com que Truffaut nos envolve nessa história. Não há grandes artifícios dramáticos, nada de cenas exageradas para arrancar lágrimas fáceis. E é justamente essa sutileza que faz o filme tão poderoso.

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Jean-Pierre Léaud, Claire Maurier, e Albert Rémy em Os Incompreendidos (1959)
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Os espectadores contemporâneos, muitas vezes bombardeados por filmes cheios de efeitos especiais e roteiros mirabolantes, podem encontrar em Os Incompreendidos um refúgio para os olhos e a mente. É uma obra que pede paciência e atenção aos detalhes, que captura as nuances emocionais de uma fase da vida que todos nós, de uma forma ou de outra, já vivemos.

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Karlheinz Böhm e Anna Massey em A Tortura do Medo (1960)

“A Tortura do Medo” (1960) – Michael Powell

Agora vamos falar de um filme que levou tempo para ser reconhecido como a obra-prima que é. A Tortura do Medo (Peeping Tom), de Michael Powell, é um daqueles filmes que, quando lançado, foi amplamente criticado por seu conteúdo perturbador, quase destruiu a carreira de seu diretor e, décadas depois, foi redescoberto e celebrado. É, literalmente, o exemplo clássico de uma obra subestimada que estava à frente de seu tempo.

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O filme conta a história de Mark, um cameraman com um estranho hobby: ele filma as expressões de medo das suas vítimas enquanto as mata. Sim, é um thriller psicológico daqueles que faz você se sentir desconfortável, não só pelas ações do protagonista, mas também pelo uso inovador da câmera como ferramenta de narrativa. Powell coloca o espectador em uma posição de voyeur, tornando-nos cúmplices dos atos de Mark. É uma abordagem que, para a época, foi considerada escandalosa.

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A Tortura do Medo (1960)

No entanto, com o passar dos anos, A Tortura do Medo passou a ser estudado por críticos e cineastas, que perceberam o quão visionário era o filme. A análise do voyeurismo e dos limites éticos do cinema faz dessa obra um verdadeiro precursor de debates que só seriam populares muito tempo depois.

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“Almas Perversas” (1945) – Edgar G. Ulmer

Por fim, meus caros leitores, apresento-lhes Almas Perversas (Detour), uma verdadeira joia do filme noir. Dirigido por Edgar G. Ulmer com um orçamento tão pequeno que, se fosse hoje, provavelmente nem seria feito, Almas Perversas é uma história de azar, fatalismo e escolhas ruins. O filme segue a vida de Al Roberts, um pianista que, depois de pegar uma carona, vê sua vida desmoronar em uma teia de mentiras e assassinatos.

Apesar de suas limitações técnicas, Ulmer fez um trabalho extraordinário ao criar uma atmosfera de paranoia e desespero. As atuações intensas de Tom Neal e Ann Savage dão ao filme um tom cru e visceral, que difere de outros filmes do gênero. Não há glamour aqui, apenas o peso da culpa e do destino.

Hoje, Almas Perversas é um dos grandes exemplos de como a verdadeira arte pode surgir nas condições mais adversas. É uma obra de arte bruta, que, ao longo dos anos, conquistou seu lugar entre os grandes filmes noir.

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O cinema é uma arte vasta, e muitas vezes as obras mais brilhantes ficam obscurecidas pelos holofotes dos grandes sucessos. Mas, meus leitores quarentões, com o tempo aprendemos que a beleza muitas vezes se esconde nos detalhes, nos filmes que, à primeira vista, podem ter passado despercebidos. E essas obras que discutimos hoje são exemplos perfeitos disso.

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Ricardo Reis

Olá. Meu nome é Ricardo Reis, empresário, ex-professor e (ainda) entusiasta de cinema.

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