Especial Halloween: 10 jóias do Terror


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Tommy Lee Wallace em Halloween – A Noite do Terror (1978)
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Olá meus leitores quarentões! Hoje é  Halloween, e portanto, vem aquela vontade irresistível de revisitar os clássicos do cinema de terror. Nada como uma boa dose de sustos para entrar no clima, não é? E para celebrar essa época sombria, preparei um ESPECIAL com 10 filmes que marcaram o gênero e continuam a assombrar gerações. São obras que vão muito além dos sustos fáceis, oferecendo atmosferas densas, performances inesquecíveis e cenas que ficam na mente por muito, muito tempo. Então, vamos juntos explorar esses filmes que transformaram o medo em arte.

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A lista que trago aqui hoje não é apenas sobre gritos e sangue (embora esses elementos também façam sua parte), mas sobre a construção meticulosa de atmosferas, o uso preciso da trilha sonora, e claro, performances inesquecíveis que, somadas, criam verdadeiras obras-primas do medo.

Vamos começar?

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Jason Miller em O Exorcista (1973)

1. O Exorcista (1973)
Quem aí se lembra da primeira vez que ouviu falar de “O Exorcista”? Pode ter sido numa tarde despretensiosa, alguém contando a história da garotinha possuída e você rindo, achando exagero. Mas então, quando finalmente assistiu, percebeu que não se tratava apenas de um filme de terror comum. O clima de tensão, a construção da narrativa – onde cada cena, cada movimento da câmera, vai nos conduzindo por um caminho de terror psicológico profundo – é algo que poucos filmes conseguiram replicar. E o impacto foi tanto que muita gente nem conseguiu encarar de novo. O interessante é como William Friedkin usou efeitos práticos (não existiam efeitos digitais na época, vale lembrar) e uma atuação impecável de Linda Blair para criar uma experiência que aterroriza até hoje. Fica a dúvida: você assistiria de novo àquela cena do vômito verde? Pois é, nem eu. Mentira, eu já assisti mil vezes. E escrevi mais sobre o filme aqui.

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Jack Nicholson, Shelley Duvall, e Danny Lloyd em O Iluminado (1980)

2. O Iluminado (1980)
Você consegue imaginar alguém além de Jack Nicholson gritando “Here’s Johnny!”? Pois bem, o que Stanley Kubrick conseguiu com “O Iluminado” vai muito além de uma simples adaptação do livro de Stephen King. A forma como o diretor manipula o espaço, transformando o hotel Overlook quase em um personagem da trama, é um dos grandes trunfos do filme. Há uma constante sensação de claustrofobia, mesmo em cenários tão amplos e bem iluminados. E claro, a transformação gradual de Jack Torrance, de um homem comum para um maníaco, é uma aula de como construir tensão psicológica. É interessante notar que Stephen King, o autor da obra original, não gostou muito da adaptação – mas, sinceramente, alguém sente falta de uma versão diferente? Também escrevi mais sobre o filme aqui.

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Jamie Lee Curtis e Tommy Lee Wallace em Halloween – A Noite do Terror (1978)

3. Halloween: A Noite do Terror (1978)
Quando John Carpenter resolveu filmar “Halloween”, talvez nem ele soubesse o impacto que seu trabalho teria nas décadas seguintes. Michael Myers não é apenas um assassino mascarado; ele é uma força implacável, quase sobrenatural em sua resistência. Não corre, não fala, não hesita – e talvez seja isso que o torna tão assustador. A trilha sonora minimalista e repetitiva de Carpenter, composta por ele mesmo, dá o tom de um suspense que nunca alivia. É interessante perceber como o filme utiliza poucos cenários e uma narrativa simples, mas consegue se tornar icônico. Ah, e se for assistir de novo, recomendo: apague todas as luzes da sala.

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Janet Leigh em Psicose (1960)

4. Psicose (1960)
Ah, Hitchcock, o mestre do suspense. Se tem uma cena que ficou gravada na mente de qualquer pessoa que tenha assistido “Psicose”, é a do chuveiro. E o mais curioso? A famosa cena de assassinato dura menos de um minuto, mas foi tão meticulosamente planejada que seu impacto dura até hoje. Alfred Hitchcock subverteu as expectativas do público ao matar a protagonista no começo do filme – algo revolucionário para a época. Além disso, a trilha sonora de Bernard Herrmann, composta apenas por cordas, cria uma atmosfera de angústia que acompanha o espectador até o final. E para quem acha que já sabe tudo sobre o filme, recomendo reassistir. Sempre há algo novo para descobrir em “Psicose”.

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Mia Farrow em O Bebê de Rosemary (1968)

5. O Bebê de Rosemary (1968)
Filmes de terror psicológico como “O Bebê de Rosemary” se apoiam muito mais na sugestão do que no explícito, e é exatamente isso que Roman Polanski faz aqui. O enredo se constrói lentamente, deixando o público sempre na dúvida: será que Rosemary está enlouquecendo ou há realmente uma conspiração diabólica em curso? A angústia cresce conforme ela percebe que as pessoas ao seu redor, inclusive seu marido, não são tão confiáveis quanto pareciam. Sem grandes efeitos visuais ou cenas gore, o filme cria um medo mais interno, mais perturbador. E é essa dúvida, esse sentimento de impotência, que faz o público sair perturbado.

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Paula Richards em A Noite dos Mortos-Vivos (1968)

6. A Noite dos Mortos-Vivos (1968)
Ah, os zumbis! Hoje em dia, eles parecem estar em todo lugar, mas foi “A Noite dos Mortos-Vivos” que realmente trouxe o conceito moderno de mortos-vivos ao cinema. O diretor George A. Romero não só criou um filme assustador, mas também inseriu comentários sociais sutis (ou nem tanto) em sua obra. O medo do desconhecido, da morte e da perda de controle é explorado aqui de uma forma crua e direta. Além disso, a decisão de Romero de filmar em preto e branco apenas intensificou a atmosfera opressiva. Se você é fã de filmes de zumbi, deve a Romero um agradecimento.

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Gunnar Hansen, Teri McMinn, e William Vail em O Massacre da Serra Elétrica (1974)

7. O Massacre da Serra Elétrica (1974)
Aqui não há espaço para sutileza. “O Massacre da Serra Elétrica” é brutal, perturbador, e tem uma energia quase documental. O que Tobe Hooper fez com este filme foi criar uma sensação de pânico e desespero que muitos outros tentaram, mas poucos conseguiram replicar. Leatherface, com sua máscara de pele humana e sua serra elétrica barulhenta, é uma figura do puro terror. O uso da violência, embora muitas vezes mais sugerida do que mostrada, é intenso. E por mais que já tenhamos visto muitos filmes do gênero, nenhum capturou o desespero de ser perseguido por um assassino como esse.

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Gabriel Byrne, Toni Collette, Alex Wolff, e Milly Shapiro em Hereditário (2018)

8. Hereditário (2018)
“Hereditário” é uma obra-prima moderna do terror. O diretor Ari Aster não se contenta apenas em contar uma história de fantasmas ou demônios; ele vai muito além, explorando o luto, os segredos de família e a herança de traumas. As atuações, especialmente de Toni Collette, são excepcionais, e a atmosfera do filme é densa, opressora. O que começa como um drama familiar vai se transformando, lentamente, em algo muito mais sinistro. “Hereditário” é o tipo de filme que te deixa pensando por dias depois de assistir.

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Charles Hallahan em O Enigma de Outro Mundo (1982)

9. O Enigma de Outro Mundo (1982)
Filmes de ficção científica e terror nem sempre funcionam, mas John Carpenter acertou em cheio com “O Enigma de Outro Mundo”. Isolados no meio do nada, uma equipe de cientistas enfrenta uma criatura alienígena capaz de imitar qualquer ser vivo. A paranoia que se instala entre os personagens é quase palpável, e os efeitos práticos – impressionantes até hoje – fazem com que cada cena de transformação seja desconcertante. O terror aqui vem tanto da criatura quanto da crescente desconfiança entre os membros da equipe.

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Anya Taylor-Joy em A Bruxa (2015)

10. A Bruxa (2015)
Por fim, “A Bruxa” fecha essa lista com chave de ouro. O que Robert Eggers conseguiu com este filme é notável: uma obra de horror psicológico que se baseia no folclore e na tensão familiar. A atmosfera é densa, o isolamento é sufocante, e a cinematografia ajuda a criar um clima de terror crescente, sem precisar recorrer a sustos fáceis. É o tipo de filme que incomoda pela sua sutileza, pelo silêncio, pelo não dito.

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Ricardo Reis

Olá. Meu nome é Ricardo Reis, empresário, ex-professor e (ainda) entusiasta de cinema.

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