Nunca corri os 10 Km Tribuna FM. Prometi algumas vezes que me prepararia para tal, mas não o fiz. E por quê? Talvez não esteja, ainda, à altura da corrida. Ali, são 21 mil pessoas mirando o pórtico de chegada, não importa o tempo. Mas eu amo os 10 Km. É vida em estado puro. dez quilômetros
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Tem os corredores de elite. Aqueles que estão acostumados com essa e outras distâncias até maiores. Correm sem aparentar esforço algum. Imagina: menos de meia hora para preencher o percurso. A eles, meus parabéns e uma boa dose de admiração.
Tem os que performam bem, mas não a ponto de brigarem por um lugar no pódio. São os que correm todos os dias, às vezes ainda com o dia clareando. Dez, quinze, vinte quilômetros. A pé ou de bicicleta. Muitos já se venceram para estar ali. E que, na segunda, correm para ver o tempo feito nas páginas do jornal ou no site. São os guerreiros de si mesmos.
Estes chegam, invariavelmente, antes de uma grande leva, que corre sem pretensões de tempo. Apenas correm, pelo prazer de estarem entre amigos, de chegarem, de pegarem a medalha. Têm prazer no que fazem. E fazem bem.
Há ainda os que caminham. Que contemplam cada rua, cada casa, cada pessoa à margem do caminho, que os aplaude. Assim como os personagens folclóricos, animados que só. De Chaves, Chapolin a Shrek. Que veem magia numa manhã de domingo, que tem a duração maior do que 10 km. É para sempre.
Por fim, os que acompanham e registram desses vários mundos que pisam no asfalto plano de Santos. Repórteres, cinegrafistas, equipe técnica, apoio, staff, organização… Tudo em perfeita sincronia e em sintonia com um evento de porte. Pela 37º vez, foi lindo de ver.
Mas, este ano, tinha algo mais. A mais. O mais. O Rei acompanhou a todos, a todo tempo. Nos filhos Edinho e Flávia, nos netos, em cada camiseta com o número 10 às costas. Pelé passou por Santos neste domingo. E onde o Rei passa, tudo fica maior, mais belo e eterno. Entende?
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