Até quando vamos pagar pelos Filmes Nacionais?


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Paulo Gustavo em Minha Mãe é uma Peça: O Filme (2013)
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Olá, meus leitores quarentões. Nessa semana, eu já estava perto de terminar meu artigo, quando, vi mais uma beleza que esse belo governo (por que a verdade pode nos prejudicar) resolveu dar marcha ré e trazer de volta a Cota de Tela para filmes nacionais.

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Então, para “comemorar” mais uma mamata instituída para minar a “produtiva” classe artística, hoje nós vamos discutir os motivos pelos quais nós devemos parar de ser obrigados a sustentar, com nosso suado dinheiro de impostos, a tal indústria do cinema nacional. Já peço desculpas ao Márcio e ao pessoal que administra essa plataforma, caso dê problema. Mas isso é absurdo demais pra ficar calado. 

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Mas vamos ao que ocorreu. Para isso, eu pedi ao chatgpt que resumisse uma notícia da folha de São Paulo (para que não me avisem de fake news). Segue o resumo: 

Entrou em vigor nesta quinta-feira (20) a lei da cota de tela, sancionada pelo presidente Lula em janeiro, que obriga os cinemas a reservar entre 7,5% e 16% de suas sessões para filmes brasileiros. A proporção exata depende do número de salas de cada cinema e será ampliada se um mesmo título for exibido em excesso. A medida visa aumentar a participação dos filmes nacionais, que atualmente representam apenas 5% dos ingressos vendidos, apesar de terem alcançado 25% das bilheteiras no primeiro trimestre de 2024 devido ao sucesso de “Minha Irmã e Eu”. A Ancine terá a responsabilidade de decidir sobre a exibição de filmes premiados e a permanência dos títulos mais procurados.

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Pela própria matéria do jornal, já podemos ver o absurdo da coisa: as salas e outros locais de exibição são obrigados a exibir filmes nacionais. Entre 7,5% e 16% do seu espaço deve ser reservado para filmes pelos quais ninguém tem interesse. Ainda citando a matéria, o cinema nacional só representa 5% dos ingressos vendidos aí no Brasil. Isso significa que não adianta enfiar goela abaixo. Ninguém quer ver essa porcaria. Isso é claramente um arbítrio de um governo que precisa pagar o favor de ter sido eleito com a ajuda da classe artística. Isso é uma medida antieconômica. 

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Cidade de Deus. Um baita filme. Podiam ter mais como esse.

Mas afinal, porque temos tantas (e tão caras) leis de incentivo?

Ora, eu poderia até dizer que a resposta é muito simples. Mas vão me acusar de ser simplista em relação ao problema, então vou tentar me aprofundar sem deixar o texto muito chato. Mas em geral, as leis de incentivo são, para qualquer setor industrial, um mecanismo estatal para proteger tal setor da concorrência de competição estrangeira de produtos similares. É puro protecionismo. Sejamos honestos.

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Isso não quer dizer que não tem como esse tipo de mecanismo funcionar na prática? Não. Existem alguns exemplos de que, se bem aplicados, tais mecanismos podem vir a dar frutos. O próprio fenômeno do K-Pop, é um exemplo do Estado colocando recursos para alavancar uma produção cultural. Aliás, formas, as novelas da Coreia do Sul, acabaram por ganhar popularidade no mundo inteiro, e esse recurso certamente vem de ajuda estatal. Mas então, por que lá deu certo e aqui deu profundamente errado? 

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Doramas coreanos são fenômenos mundiais

Ora, eu não sei como funciona na Coreia do Sul. Acredito que o pessoal da sala ao lado, da Conexão Hashi, pode responder a melhor a essa pergunta. O que eu sei é que aqui, na Banânia Soviética que alegremente chamamos de Brasil, isso nunca vai dar certo. 

Primeiro, é inegável que o projeto cultural sul coreano tem como princípio promover peças culturais, sejam novelas, filmes ou música, que vão angariar a atenção e o carinho das pessoas. Então nós temos meninos e meninas claramente muito bonitos, fazendo música pop, que diverte. Nós temos novelas (Doramas) que prendem a atenção, e com tramas muito mais criativas que muito filme de Hollywood aí. Ou seja, é um ótimo investimento investir em um cavalo que tem chance de vencer a corrida. Agora, e no Brasil?

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Nem preciso dizer que cada centavo gasto com filmes, peças e outras coisas são desperdíçados em produtos que, bom, para começar, nem querem ser reconhecidos como produto. Quem já teve a oportunidade (?) de ver uma classe de alunos em uma faculdade de cinema, já vou que eles querem tudo, menos criar produtos de entretenimento, de consumo, feitos para divertir. Claro, tem suas excessões, mas em geral, o pensamento Marxista come solto e é estimulado pelos próprios professores, que l, ao invés de dar um peteleco nesses alunos, os fazem cair no conto do cinema cultural, com uma pegada intelectual, feito para que o público reflita sobre a própria condição e blá blá blá blá. 

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Queridão! Cinema é entretenimento. É produto. Pode ser um bom cinema, ou pode ser um mal cinema. Mas ele é um produto, feito para dar lucro. Ora, meu filme favorita vida é O Poderoso Chefão 2. Mas não teríamos esse filme, se O Poderoso Chefão 1 não tivesse feito dinheiro. É elementar. Cinema é caro. Cinema é difícil. Se fosse toma um prejuízo atrás do outro, você não tem talento como realizador. Você pode ser um bom contador de história, mas produtor você não é. 

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E nem preciso dizer que estamos longe de ter um Poderoso Chefão, 1 ou 2, né? Temos filmes muito bons, é verdade. E temos filmes que uns dizem que são muito bons. Mas na verdade…, não são. Não vou entrar no mérito e apontar dedos aqui. O fato é que o cinema aqui é técnica e tematicamente muito ruim. E a população sabe disso. Tanto que ignora. Gente, a gente não produz marketing para cinema em alto nível. Os trailers dão vontade de processar o ministério da cultura. Os posters são tristes. Se o material de entrada já começa ruim, ninguém quer ver o produto final. É só pensar. 

Tirem a cara do Marxismo e vão estudar marketing. Vão ver o que as pessoas querem ver. Vão ver o Homem-Aranha! E sem chorar por que o Homem -Aranha ocupa todas as salas. O de vocês já está pago. O Peter Parker tem que fazer dinheiro. 

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Tropa de Elite. O mais perto que chegamos de ter uma franquia.

Segundo. Parem de dar a grana estatal para as mesmas pessoas. Pelo amor de Deus. Vocês vão dizer que, depois de anos, a Cláudia Raia aí da precisa de grana pra fazer uma peça? Se ela, com toda a ajuda estatal, não conseguiu até agora, não vai conseguir mais. É fato. Passem a escolher projetos que têm potencial de vender. Que as salas queiram distribuir. Que, mais importante, que as pessoas queiram assistir. Diminuam o número de projetos contemplados, e passem a exigir planos de marketing para esses projetos. Bons planos, feitos por profissionais. Direcionem verbas também para a divulgação dos filmes. Não apenas pela produção. 

Diminuam a possibilidade de pegar dinheiro estatal a cada projeto aprovado. Se o sujeito já está no terceiro projeto aprovado para captar, ele tem que pegar menos dinheiro, não mais. Tem que ir até ao sujeito ficar impossibilitado de pegar recurso público. Afinal, se em cinco projetos, o sujeito não fez o nome dele, ele não quer, ou não tem competência, para fazer cinema comercial. Parem de dar dinheiro para malandro.

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E parem de se enfiar num mar de desculpas esfarrapadas. Não, os americanos não tem interesse ideológico de a abar com o cinema brasileiro. Eles querem grana. Você deveriam querer também. Não, o cinema nacional não fracassa por que o público não tem educação para consumir seus filmes. Papo pretensioso. Nós fracassos em despertar o interesse do público pagante. E, pelo amor de Deus, parem de dizer que as leis de incentivo criam empregos na área. Dane-se! Vocês não podem exigir que outras pessoas paguem para vocês viverem bem. E vocês vivem bem. Ja estive no meio de vocês. 

E por último, mas não menos importante, parem de pedir mais impostos para que vocês, jovens bem nascidos métodos a oprimidos, possam fazer filmes que só vocês e seus amigos vão ver. Vocês não perceberam que, ao vincular o cinema de vocês com impostos, vocês vão ficar mais e mais impopulares? Só vocês gostam de pagar impostos. Parem de exigir condecine de todo mundo. Parem de pedir mais recursos. Repensem. 

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Se não, todo mundo vai continuar se perguntando: até quando nós vamos ser OBRIGADOS a pagar pelo cinema nacional? Semana que vem eu volto com um texto menos político, eu prometo. 

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Olá. Meu nome é Ricardo Reis, empresário, ex-professor e (ainda) entusiasta de cinema.

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1 Comentário

  1. Selma21 de junho de 2024

    Sensacional resumiu em palavras o que milhões de brasileiros tem vontade falar (eu inclusive). Não vejo filme nacional, não vou pagar para ver porcaria sem graça e mal feito. E sem enredo. Contem uma história, bem escrita, fundamentada, aí podem começar a chamar a atenção de alguns.

    Parabéns ao colunista.

    Responder

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