Iniciando o Resgate do Soldado Ryan


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Tom Hanks em O Resgate do Soldado Ryan (1998)
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Olá, meus caros leitores quarentões. Estava eu, navegando pela web, sem saber sobre o que eu escreveria (já que hoje, a menos, não tem remakes, reboots ou “reimaginações”de clássicos estreando, como nesse dia e nesse aqui), quando me deparei com a seguinte notícia: essa semana fez 80 anos do Dia D. Então, vamos falar sobre um dos melhores filmes de guerra já feitos: O Resgate do Soldado Ryan. Ou melhor, vamos falar apenas sobre a sequência inicial dele. 

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A cena inicial de “O Resgate do Soldado Ryan”, dirigida por Steven Spielberg, é frequentemente citada como uma das representações mais impactantes e realistas do combate no cinema. A sequência, que retrata o desembarque das forças aliadas na Praia Omaha no Dia D (6 de junho de 1944), estabeleceu um novo padrão para filmes de guerra. 

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Então hoje, nós vamos ser um pouco mais técnicos: vamos falar sobre os elementos que contribuem para a grandeza desta cena, destacando o realismo técnico, a cinematografia, o som e os efeitos visuais, a direção de arte e a atuação. Cada um desses aspectos trabalha em conjunto para criar uma experiência cinematográfica que não só entretém, mas também retrata os sacrifícios dos soldados que lutaram naquela guerra.

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Tom Hanks, Tom Sizemore, Shashi Rami, e Rolf Saxon em O Resgate do Soldado Ryan (1998)

Vamos comecar pelo realismo técnico. Spielberg e sua equipe se dedicaram a recriar com precisão histórica os eventos do Dia D. Este compromisso com a autenticidade é evidente na escolha de armas e equipamentos usados na filmagem. Consultas com veteranos da Segunda Guerra Mundial foram cruciais para garantir que cada detalhe fosse fiel à realidade. Essa atenção meticulosa aos detalhes é um dos principais fatores que conferem à cena seu poder impactante. A verossimilhança das táticas militares e a representação do caos do desembarque transportam o espectador para o coração do conflito, tornando a experiência imersiva e visceral.

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A cinematografia de Janusz Kamiński desempenha um papel fundamental na criação da atmosfera da cena inicial. Utilizando técnicas específicas, como a filmagem com câmera na mão, Kamiński aumenta a sensação de imediatismo e imersão. A câmera tremida e os ângulos de filmagem colocam o espectador no meio da ação, fazendo com que cada explosão e disparo pareçam perigosamente próximos. Além disso, a paleta de cores dessaturada contribui para o tom sombrio e realista da cena. Essa escolha estética não apenas reflete a brutalidade da guerra, mas também diferencia a sequência de outras representações de combate no cinema. Aliás, reparem que depois desse filme, a segunda guerra no cinema nunca mais deixou de ser dessaturada. Um detalhe que mostra o tamanho da infkuência que um trabalho bem feito pode ter.

O Resgate do Soldado Ryan

O uso de som e efeitos visuais em “O Resgate do Soldado Ryan” é essencial para a intensidade da cena. A combinação de efeitos práticos e sonoros cria uma experiência sensorial completa. O som dos tiros, explosões e gritos é realista e ensurdecedor, contribuindo para a sensação de caos e desorientação que permeia a sequência. Esses elementos auditivos são complementados por efeitos visuais realistas, como o sangue espirrando e os corpos caindo, que aumentam ainda mais a brutalidade da cena. A precisão com que esses efeitos são utilizados ajuda a solidificar a autenticidade da representação do Dia D. Quem puder, assista a cena em um bom Home Theater e você vai ter uma experiência incrível. Eu vi no cinema, mas na época, a sala não tinha um som tão bom. Uma pena.

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A direção de arte em “O Resgate do Soldado Ryan” é outro componente crucial que contribui para a verossimilhança da cena inicial. A atenção aos detalhes na recriação dos bunkers alemães, dos obstáculos na praia e dos uniformes dos soldados é impressionante. Mas, e sempre tem um mas, esses obstáculos, no filme, estão para o lado errado! Apenas uma curiosidade, para mostrar que a perfeição não existe. 

Essa atenção meticulosa aos detalhes não só enriquece a experiência visual, mas também ajuda a construir uma ambientação convincente. A recriação precisa do cenário histórico permite ao espectador uma compreensão mais profunda da logística e dos desafios enfrentados pelos soldados durante o Dia D.

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Toda essa técnica é importante, mas o que realmente faz tudo funcionar são as questões artísticas, em especial, as atuações: Tom Hanks, liderando um elenco talentoso, é fundamental para a eficácia emocional da cena. Hanks, com sua interpretação sempre convincente, transmite de forma eficaz a liderança e a responsabilidade de seu capitão Miller, diante do horror da guerra. Sua atuação é um ponto central que ancora a sequência, permitindo que o espectador se conecte emocionalmente com os personagens. A maneira como os personagens reagem ao horror ao seu redor adiciona uma camada poderosa de emoção à sequência, fazendo com que o público sinta o impacto psicológico do combate. As performances autênticas do elenco são essenciais para a imersão do espectador na narrativa.

O Resgate do Soldado Ryan
Tom Hanks, Steven Spielberg, Jeremy Davies, Tom Sizemore, e Adam Goldberg em O Resgate do Soldado Ryan (1998)

Claro, depois do começo, vem o resto do filme. E, apesar de continuar um grande filme, mesmo mais de 20 anos depois, O Resgate do Soldado Ryan comete, para mim, um pequeno erro: como que o restante do filme vai fazer jus à sequência inicial? É como se o filme perdesse fôlego após os 26 minutos iniciais. Não porque o filme é ruim depois disso, mas sim porque essa sequência é muito boa. Algumas pessoas mais amargas reclamam do excesso de sentimentalismo de Spielberg ao longo do filme, mas acho que, ao menos nesse caso, isso não atrapalha a experiência. Spielberg tem sim o hábito de pesar demais no melodramático, mas sempre, ao menos para mim, funcionou perfeitamente.

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A cena inicial de “O Resgate do Soldado Ryan” não só estabelece o tom para o restante do filme, mas também define novos padrões para filmes de guerra em termos de autenticidade e intensidade emocional. Steven Spielberg, através de seu talento como diretor, conseguiu criar uma experiência cinematográfica que transcende o entretenimento. A combinação de realismo técnico, cinematografia, som e efeitos visuais, direção de arte e atuação resulta em uma sequência que é ao mesmo tempo brutalmente realista e profundamente comovente. Embora Spielberg não esteja isento de críticas, o impacto duradouro de seu trabalho na cultura popular e no cinema é inegável. “O Resgate do Soldado Ryan” permanece como um marco no gênero de filmes de guerra, homenageando os sacrifícios dos soldados e oferecendo uma reflexão poderosa sobre a condição humana em tempos de conflito.

 

Deixe sua opinião, e agora que notei, deixe seu LIKE no texto. Isso é uma novidade. Boa Marcio! Até a próxima.

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Olá. Meu nome é Ricardo Reis, empresário, ex-professor e (ainda) entusiasta de cinema.

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