O Exorcista: o clássico que ainda assombra


O Exorcista
Divulgação | Warner Bros.
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Olá, meu abandonado público que nunca recebe meus textos em dia. Já vou pedindo desculpas. Eu estava quase terminando meu texto sobre Rastros de ódio, quando veio Marcio, proprietário aqui do site, me pedir para escrever sobre O Exorcista, uma vez que a continuação do filme chega semana que vem aos cinemas. Então, vamos nessa. Mas hoje vai ser diferente: hoje, ao invés de vocês terem só a minha opinião sobre o assunto, vamos ter uma collab: o próprio Marcio, que vai lançar, nas próximas semanas a sua coluna no canal aqui do site, vai passar pra nós também quais são as suas impressões sobre o filme também. Porque sofrer sozinho não dá.

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Vamos começar pela minha opinião

Existem filmes que marcam a vida. Filmes atemporais, que vão ficar na nossa cabeça para sempre. O Exorcista é um deles. Não apenas, meus caros, pelo fato de ser muito assustador, especialmente na época, ou quando se é jovem e impressionável. Não não. Esse filme marca justamente por ser um filme de drama. Um filme cuja impressão que se tem é que nós conhecemos aquelas pessoas, e pior, que tudo aquilo poderia estar acontecendo na nossa casa.

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Para que isso aconteça, é preciso que o roteirista, e o diretor, estejam empenhados em criar uma atmosfera mais lenta, que vai gradualmente transformando aquela situação corriqueira em algo terrível. Essa é a principal conquista do filme: a gradual transformação da paisagem comum em um pesadelo. E o filme atinge isso pela fotografia, pela montagem, pela quase ausência de trilha sonora, pela direção semi documental, e, especialmente, pelas atuações.

Na época em que eu tinha alunos para isso, eu sempre discuti a quem cabia o papel de protagonista dessa obra. Ora, em um filme de horror mais banal, certamente a Reagan, a menininha possuída seria a protagonista. Mas vejam que acerto: nesse filme, o elemento central não é , necessariamente o terror, então a menina possuída não é nem a vilão, nem a mocinha. Na minha opinião, a mãe, vivida com excelência por Ellen Burstyn, detém o protagonismo. Observem como a própria postura da personagem vai mudando enquanto se desenrola a trama. De mulher confiante, estrela de Hollywood, ela vai para alguém curvada, com um olhar amedrontado, de quem vive uma situação que está totalmente fora do controle.

o exorcista
Linda Blair e Burstyn as Regan e Chris MacNeil. | Divulgação

Linda Blair, por sua vez, desafiou todas as expectativas como a Regan. Sua transformação de uma criança inocente para um ser demoníaco é um feito notável de atuação. Ela passou por uma extensa preparação física e emocional para o papel, e o resultado é uma interpretação perturbadora e inesquecível que continua a assombrar os espectadores até hoje. Mas o que mais vale notar, até mesmo pela inteligência do roteiro e da atuação, é que antes das coisas ruins acontecerem, ela é apenas uma menina normal. Sem firulas, sem ser a criança mega engraçadinha, ou mega pentelha. Isso contribui ainda mais para a nossa identificação com a situação.

o exorcista
Jason Miller e von Sydow como Karras e Merrin

Jason Miller, no papel do padre Karras, também merece destaque. Sua atuação transmite a luta interna e a crise de fé de seu personagem de maneira convincente. Miller trouxe uma humanidade palpável ao papel, tornando a jornada espiritual e emocional do padre Karras tão cativante quanto os eventos sobrenaturais que o cercam. E de fato, o arco dramático do seu personagem, de padre que perdeu a fé, a alguém que está presenciando a confirmação daquilo que o seu sacerdócio representa, é muito impactante.

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O que me traz ao Max von Sydow. Apesar de uma excelente performance, como de regra todos os atores entregam, seu personagem entrega bem pouco. É sempre uma impressão que tive no filme. Apesar de ser basicamente o catalisador dos acontecimentos do filme, bem como ocupar o papel de mentor do padre Karras, seu personagem entra e sai do filme de forma irregular, ocupando a porção inicial do filme, mas voltando apenas ao final.

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Divulgação | Warner Bros Pictures

“O Exorcista” destaca-se por sua habilidade de nos fazer nos importarmos profundamente com os personagens. Conhecemos suas histórias, medos e fraquezas, tornando sua luta contra o mal sobrenatural ainda mais envolvente. Isso nos conecta emocionalmente com o filme de uma maneira que poucos filmes de terror conseguem.

A Direção e a Sutileza do Medo:

William Friedkin merece todo o reconhecimento por sua direção em “O Exorcista”. Não apenas por essa. Acredito que se trata de um diretor excepcional. Mas nesse filme ele entregou de verdade: Ele evitou os clichês do gênero, optando por criar um clima de suspense e tensão de forma magistral. Em vez de confiar em efeitos especiais, Friedkin utiliza a imaginação do espectador para sugerir o horror, tornando-o mais eficaz e duradouro.

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Observe, por exemplo, quantas vezes a composição nos mostra o personagem cercado por um ambiente escuro, em que nada acontece, mas que fazem nosso cérebro fervilhar imaginando o que vai sair dali.

o exorcista
Divulgação Warner Bros. Pictures

As cenas de possessão são desconfortavelmente realistas, enquanto a câmera trabalha em conjunto com a narrativa para transmitir uma sensação de claustrofobia e impotência.

A ambientação sombria e sinistra da casa da família, aliás, da própria cidade em si, que surge com suas freiras de roupas esvoaçantes, igrejas com estátuas um pouco…creepy, enfim, contribuem para a atmosfera aterrorizante do filme. A direção de arte e a cinematografia capturam a sensação de isolamento e opressão, intensificando o horror psicológico que permeia a história. Note como muitas vezes a câmera segue os personagens como se fosse uma câmera na mão, como um documentarista faria. Adicione a isso a fotografia granulada, e você vai ver mais um eleento estratégico da produção para nos fazer ter toda a imersão que esse filme pede.

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Não vou me alongar mais. Apesar do filme ter 50 anos, deve ter gente que ainda não assistiu, e não quero estragar. Meus amiguinhos, é um filme fundamental, daqueles que, como diz o bom clichê, não se faz mais. E olha que eles tentam muito.

Agora fiquem com a opinião do Marcio. Que vai estrear a coluna deles em vídeo. Cobrem dele.

É, meus caros. Que problema. Antes de mais nada, não sei se vou conseguir lançar a coluna. Isso aí não é coisa minha não…hehe..

Mas vamos lá. Difícil acrescentar algo a mais às palavras do professor. O Exorcista é, facilmente, um dos dez filmes que mais gosto. De fato, o filme é uma aula de cinema. Mas ao invés de repetir tudo o que o Ricardo disse, ey vou salientar o que mais me assusta nesse filme.

Existe uma cena no filme que mostra o detetive Kinderman vasculhando a escadaria perto da casa. E ele encontra um dos objetos de massinha que a Regan fazia…antes de ser tomada pela besta. E o que isso estava fazendo lá, meus caros? Será que ela, possuída, deixou lá?

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É isso que assusta! Enquanto todos dormem, essa entidade anda pela casa, passa pelos quartos. Mexe nos móveis. Isso é muito assustador. Lembram do crucifixo da famosa cena no quarto? Então, ele não chegou lá a toa. O mãe observa ele na cama e pergunta aos empregados quem colocou lá. E todos negam. Então ela coloca na mesinha, no andar de baixo, e vai fazer outra coisa. Passa um tempo, e a cena do crucifixo acontece. mas como ele chegou lá? Quem levou de novo?

Isso, e mais uma penca de exemplos, é o que me dá aquele medinho quando eu penso no filme. Essa mistura de vida cotidiana, em que as pessoas vivem normalmente na companhia do demônio, com o sobrenatural. A sensação de impotência diante da situação, como mencionou o Ricardo mais acima, é o que me assusta de verdade.

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É isso. Recomendo que vocês que não viram o filme, que assistam. E quem já viu, veja novamente. Em relação à coluna, vem chegando novidade ainda. Mas o Ricardo meio que colocou a carroça na frente dos bois.

Até mais.

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Ricardo Reis

Olá. Meu nome é Ricardo Reis, empresário, ex-professor e (ainda) entusiasta de cinema.

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