Saudade de vocês

Gostei

.

COMENTAR(0) Compartilhar

saudades

O apito longo e doído do velho carrinho do vendedor de paçoca, me fez recordar velhas coisas que já não vejo mais… saudade 

Aproveite descontos exclusivos em cursos, mentorias, eventos, festas e muito mais assinando o Clube 40EMAIS agora! Além disso, ganhe descontos em lojas, restaurantes e serviços selecionados. Não perca tempo, junte-se ao nosso clube!

Foi surpresa sem igual! Quando vim morar na Olavo Bilac. Poética e estreita rua do litoral. Tão diferente das grandes avenidas que morei na Capital… Lá veio ele, com seu apito longo e conhecido da garotada. O carrinho, com chaminé e fumaça, lembrava a frente de uma locomotiva. Ainda na ativa, ele vendia amendoim e paçoca quentinha. De rolha ou farelinha. Delícia natural.

Depois da paçoca e do amendoim, passavam, na semana, vários outros ambulantes. Engraçados sujeitos! Com seus gritos e frases de efeito: – Olha o amolador! De facas, tesouras, ou outro laminado que for… Passava também o consertador de panelas de pressão! Carrinho cheio de válvulas, correias de borracha e panelas de antigas marcas: Panex, Panelux, Fulgor! Cheguei a correr atrás do vendedor… Minha válvula pifou! Levei outra seminova. À toda prova. Palavra do vendedor. 

Sem falar dos ambulantes da praia… Onde anda o vendedor de biju?  – Olha o Beeeeju! Batendo forte na sua matraca, madeira com ferro, marca registrada do biscoito seco e quebradiço, misto de polvilho e farinha de trigo! Ao contrário do vendedor de algodão doce, que usa uma buzina para anunciar a sua chegada! Quanto tempo não vejo mais nada. Cadê os vendedores de cocada? 

Continua após a publicidade

Além das comidas e materiais, outras tantas coisas lindas não tenho visto mais… Lembro das noites iluminadas pelos insetos que acendiam e apagavam na madrugada… Pra mim, eram seres encantados! Dezenas deles, espalhados. Nas noites da cidade. Nas praças e descampados… Aonde andam os pirilampos? Cadê os vagalumes fosforilados? 

Meu receio é que as coisas belas que eu via quando criança… Os antigos ambulantes… As abelhas e suas doces andanças… 

Restem, apenas e tão somente, na nossa lembrança…

 
Planeta dos Macacos

Planeta dos Macacos é tão surpreendente assim?

ethnic electronica

Ethnic Electronica – carga cultural e harmônica construindo estilos musicais

dia das mães

Dicas de passeios super especiais para celebrar o Dia das Mães!

gratidão

Gratidão minha Mestra

cropped cabecalho - 40EMAIS

Mais nessa Coluna

Ines Bari

Conheça a Coluna de Ines Bari
Sou Inês Bari, formada na Faculdade de Comunicação de Santos. Escritora, radialista, compositora, publicitária, roteirista e sonhadora na maior parte do tempo. Coordenei a Rádio Tribuna de Santos por 28 anos (1985 a 2013). Fui integrante do Grupo Picaré de Poesia Independente no período Acadêmico. Em 82 lancei o livro de poesias Sol da Noite que me levou à Bienal de São Paulo em 84. Em 2015, escrevi o primeiro livro de crônicas do cotidiano, o Inesplicando Vol.1, lançado pela Chiado Books, editora para qual faço resenhas. A partir de 2018, realizei a palestra Do Rádio ao Blog no Sesc Santos, Centro Histórico de São Vicente, Livraria Cultura em São Paulo, entre outras. Em 2020, lancei o segundo livro de crônicas, o Inesplicando Vol2, pela Chiado e participei da Bienal Internacional do Rio de Janeiro. Atualmente, além de dar continuidade ao blog de crônicas Inesplicando.blogspot.com, dedico-me ao projeto literário-musical “Vem que Trem Poesia!” Por tudo isso, são tantas histórias pra contar e espero poder compartilhar com você!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

5 × 3 =

Scroll to top