Milagres Cotidianos

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milagresOs grandes feitos estão todos anotados, no arquivo estufado da nossa memória. Polidos como uma medalha. Alguns, bem empoeirados. Eternizados com o orgulho da fama. Ao recordá-los, o nosso ego se inflama. São as grandes conquistas. O cargo. O diploma. A foto da caridade divulgada nos jornais da semana… milagres

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Os fatos familiares e emotivos também estão devidamente protegidos nesse arquivo vivo. O casamento. O nascimento dos filhos. Os netos, bisnetos… Numa extensa pasta, denominada “família”. Relicário hereditário das maravilhas!

Mas onde moram as memórias mais simples, dos milagres cotidianos? Mais divinos que humanos? Momentos de anônima beleza. Que vem sem anúncio. Vem da natureza…

As formiguinhas carregando folhas gigantes em suas costas. Parecem tão dispostas e suportam sem reclamar. Os insetos e sua rotineira folia. Lambendo as flores, provando o néctar do dia. Os peixinhos na beirinha. Hoje mesmo vi um cardume deles. Ligeiros e perto dos meus pés. Um meio metro apenas. Voltaram correndo pro mar. Vou me lembrar?

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São tantos milagres… O céu ficando laranja. O tear mágico e geométrico das aranhas. As andorinhas voando em jornadas intensas. A névoa densa. A lua redonda surgindo atrás da montanha…

Ainda ontem, um jovem em seu quintal de chão pobre, dançava na chuva um balé clássico de rara beleza e elegância nobre. Quanta delicadeza! Vi sua imagem de passagem…

Milagres. Milagres sem registro. O ovo quebrando e pronto, um pinto! Na minha janela nasceram dois pombos irmãos. Um branco e um preto retinto. Milagres todos os dias. Milagre da vida! Que nem sempre se arquiva. A vida simples de todos nós, pretensiosos mortais…

Olhemos bem os sinais. Os pequenos milagres… que todo dia a vida traz!

 
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Ines Bari

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Sou Inês Bari, formada na Faculdade de Comunicação de Santos. Escritora, radialista, compositora, publicitária, roteirista e sonhadora na maior parte do tempo. Coordenei a Rádio Tribuna de Santos por 28 anos (1985 a 2013). Fui integrante do Grupo Picaré de Poesia Independente no período Acadêmico. Em 82 lancei o livro de poesias Sol da Noite que me levou à Bienal de São Paulo em 84. Em 2015, escrevi o primeiro livro de crônicas do cotidiano, o Inesplicando Vol.1, lançado pela Chiado Books, editora para qual faço resenhas. A partir de 2018, realizei a palestra Do Rádio ao Blog no Sesc Santos, Centro Histórico de São Vicente, Livraria Cultura em São Paulo, entre outras. Em 2020, lancei o segundo livro de crônicas, o Inesplicando Vol2, pela Chiado e participei da Bienal Internacional do Rio de Janeiro. Atualmente, além de dar continuidade ao blog de crônicas Inesplicando.blogspot.com, dedico-me ao projeto literário-musical “Vem que Trem Poesia!” Por tudo isso, são tantas histórias pra contar e espero poder compartilhar com você!

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