Não se pode voltar…

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Tirei as férias para visitar antigos lugares. Aqueles que frequentei na minha infância. A casa onde morei. A escola onde estudei. Bares e restaurantes que ficaram na minha memória. Com seus menus inesquecíveis e doces sabores, que não reencontrei jamais.

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Amargo engano! Ninguém volta ao mesmo lugar. O tempo e as águas do rio não param de passar… Mudamos nós. O entorno mudou. A casa reformou. Melhorou? Deteriorou? O tempo passou… Nada mais se encaixa naquela lembrança imersa em carinhos e apreço. Resta o endereço.  

O primeiro impacto foi rever a casinha onde eu morava. Tão menor do que imaginava! Ou eu que, pequena demais para as paredes e portas gigantes, subia e descia, maluca e alpinista, nos batentes e nas estantes? Achei a casinha tão descorada. Cinza. Mal pintada. Sem flores na entrada. Numa avenida enorme. Tão diferente. Cadê a terra batida? A garotada atrevida? Brincando com os pés imundos? Só carros passando, pisando bem fundo. Procurei uma mãe. Uma cachorra… Uma vizinha… Bati palmas. Ninguém vinha. Em nada parecia a casa onde eu vivia. 

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Escola Eduardo Prado no Brás em São Paulo

A seguir, fui ao colégio. Quase não encontro. Muro alto. Portão alto. Medo de assalto! E o colégio, envelhecido, lá dentro. Estadual, se desfazendo. E o recreio acontecendo… Pedi pra entrar. Não tinha o bedel. Nem o passa anel. Nem a velha cantina. Salas sem giz. Quadra vazia… Saí dali, como se eu nunca tivesse entrado. Tentando me reencontrar. 

Sigo para tomar um bom vinho num daqueles restaurantes antigos, sentir no mosto, o gosto do passado e quem sabe, rever velhos amigos… E não havia mais nenhum. – O bar do Silvio, fechou? – Faz uns 30 anos! O velhinho avisou… E os salames e provolones despencaram das prateleiras da alma sobre mim! Pesados como a dura realidade. 

Não dá mais pra voltar ao mesmo lugar… Voltemos para o sonho. Lá, esses lugares mágicos, intactos, ainda têm de estar!

 
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Ines Bari

Conheça a Coluna de Ines Bari
Sou Inês Bari, formada na Faculdade de Comunicação de Santos. Escritora, radialista, compositora, publicitária, roteirista e sonhadora na maior parte do tempo. Coordenei a Rádio Tribuna de Santos por 28 anos (1985 a 2013). Fui integrante do Grupo Picaré de Poesia Independente no período Acadêmico. Em 82 lancei o livro de poesias Sol da Noite que me levou à Bienal de São Paulo em 84. Em 2015, escrevi o primeiro livro de crônicas do cotidiano, o Inesplicando Vol.1, lançado pela Chiado Books, editora para qual faço resenhas. A partir de 2018, realizei a palestra Do Rádio ao Blog no Sesc Santos, Centro Histórico de São Vicente, Livraria Cultura em São Paulo, entre outras. Em 2020, lancei o segundo livro de crônicas, o Inesplicando Vol2, pela Chiado e participei da Bienal Internacional do Rio de Janeiro. Atualmente, além de dar continuidade ao blog de crônicas Inesplicando.blogspot.com, dedico-me ao projeto literário-musical “Vem que Trem Poesia!” Por tudo isso, são tantas histórias pra contar e espero poder compartilhar com você!

1 Comentário

  1. Selma Cabral4 de julho de 2021

    Eu tô amando ler os seus textos domingo de manhã. Uma delícia!!

    Responder

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