Que o futebol é um lugar machista, intolerante e homofóbico, não resta dúvida. Basta lembrar dos gritos de “bicha”, direcionados, por muitos anos, a goleiros por torcidas rivais. “Mania” latina, chegou ao Brasil após a Copa de 2014. E se “firmou” em torcidas preconceituosas e intolerantes. Mesmo as punições quando acontecem, são insuficientes para mudar um quadro. armário
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Assim como a ojeriza à camisa 24. A dezena, que representa o veado no famigerado Jogo do Bicho, é evitada em vários elencos. Quando não há imposição do regulamento da competição, pula-se da 23 para a 25 sem cerimônia. A explicação? A escolha dos atletas é livre sobre qual número utilizar. Então, tá…
Por isso, a semana foi tão importante em termos de respeito à diversidade e à causa LGBTQIA+. Na sexta-feira, o ex-jogador Richarlyson, atualmente comentarista do Grupo Globo, revelou sua bissexualidade, a atração por mulheres e por homens.
A entrevista, concedida ao podcast da jornalista Joanna de Assis, logo repercutiu nos principais portais do País. Surpresa pela declaração? Talvez não. Mas, e daí? Quantos atletas poderão se inspirar a seguir os passos de Ricky e sonhando com o momento de tornar pública uma opção puramente pessoal? Sem medos ou amarras. Apenas amor.
Amor como a torcida do Vasco pelo clube da Cruz de Malta. O mesmo, que foi o primeiro a permitir negros em seu elenco, reafirmou sua condição de porta-voz da causa da diversidade sexual. Após lançar a camisa com a faixa transversal nas cores do arco-íris no passado, surpreendeu ao fazer um show, com fumaças nas mesmas cores. A torcida mais “gay friendly” do Brasil está de parabéns.
A luta pela diversidade nos estádios ainda está longe de ser vencida. Mas alguns passos já foram dados. Que venham outros. Afinal, após o arco–íris, o pote de ouro do respeito é o mais desejado. E ele não está trancado dentro de um armário.
Boa semana a todos!
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