Megan Rapinoe é jogadora de futebol da seleção dos Estados Unidos. Bicampeã mundial e medalha de ouro na Olimpíada de Londres, em 2012. Ana Marcela Cunha é brasileira, dona de cinco títulos mundiais em águas abertas, além da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Diego Hypólito é medalha de prata na Olimpíada do Rio em 2016 e campeão mundial de ginástica artística.
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Todos reconhecidos por seu talento e excelência no esporte. Todos homossexuais. A orientação sexual não faz ninguém melhor como atleta. O esporte agrega, ensina valores, esses, sim, bons. Do respeito mútuo.
A semana foi marcada pela polêmica em torno do posicionamento homofóbico do jogador Maurício Souza (não confundir com o pai da Turma da Mônica que, pelo contrário, prometeu um personagem gay em breve). Ele ficou indignado com o fato de o filho do Superman se revelar bissexual, beijando um rapaz nos quadrinhos.
Douglas Souza, colega de equipe de Maurício na seleção brasileira de vôlei que foi a Tóquio, possui três milhões de seguidores no Instagram. Um fenômeno de simpatia e empatia. É assumidamente gay. Ele rebateu a grosseria de Maurício. Ganhou apoio da comunidade do vôlei, e de todo mundo de bom senso. O Minas Tênis Clube rescindiu o contrato com o jogador homofóbico.
Pedido de desculpas? Fake, como é praxe nas hostes conservadoras de arminha na mão e piadas infames. Disse o que não pensava, depois pôs a culpa na “lacração”. Não entendeu nada do que aconteceu. Seu treinador na seleção, Renan Dal Zotto, sim. E disse que os homofóbicos não têm espaço na equipe. Os patrocinadores do Minas também compreenderam a gravidade das falas do amigo do presidente.
O esporte, de modo geral, já entendeu que a causa LGBTQIA+ é justa e necessária. Em um dos países que mais matam homossexuais no planeta, o gesto de Maurício Souza só faz crescer o preconceito. O Barão de Coubertin, pai do movimento olímpico, deve estar envergonhado.
Maurício, quem é você na fila do pão?
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