Tribal e Tribal House são subgêneros da música eletrônica que evoluíram do House, ganhando destaque nos anos 90. Ambos se destacam por batidas intensas e percussões inspiradas em ritmos afro-latinos, criando uma atmosfera vibrante e hipnótica nas pistas de dança.
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Esses gêneros conectam corpo e alma, misturando influências africanas, latinas e urbanas. Profundamente ligados a comunidades marginalizadas, são potentes motores de inclusão e expressão cultural.
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- Tribal: Focado na percussão, com ênfase em tambores e bongôs de origem africana e indígena. As batidas secas e repetitivas criam uma sensação de transe, sem elementos melódicos ou vocais dominantes, oferecendo uma experiência física e primal.
- Tribal House: Combina o peso percussivo do Tribal com grooves e baixos típicos do House, tornando-o mais acessível e dançante. Também pode incluir vocais, geralmente com influências do Soul, Funk e raízes afro-latinas.
Identidade com Comunidade LGBT, Negra e Latina:
O Tribal ressoa com a comunidade LGBT+, especialmente nas festas e festivais do circuito gay. Sua energia ritmada, explosiva e debochada promove uma vibe acolhedora e libertadora. Ele cria uma atmosfera festiva que pode ser celebrada o ano todo, além de refletir a luta e a liberdade dessas comunidades. Como diz o DJ Victor Cabral: “O snare marcado com o kick & bass e os shakers bem-definidos têm um poder que enfeitiça os ouvidos.”
- Comunidade LGBT: O Tribal cria um ambiente inclusivo e libertador, alinhando sua energia crua ao sentimento de celebração e resistência. As batidas repetitivas evocam uma experiência quase ritualística, oferecendo à comunidade um espaço seguro e de afirmação.
- Comunidade Negra e Latina: Além de influenciar, o Tribal e Tribal House celebram as culturas negras e latinas. As batidas evocam raízes africanas, enquanto o groove conecta o som às tradições da música negra e latina. O Tribal House, portanto, converte-se num ponto de fusão entre identidades culturais e musicais.
Ballrooms:
Os ballrooms surgiram em Nova York nos anos 70 e 80, criados por comunidades LGBTQIA+ negras e latinas. Esses eventos de dança e moda eram espaços de resistência e afirmação, especialmente para pessoas trans e queer. O estilo de dança Vogueing, caracterizado por poses dramáticas e movimentos angulares, é o mais famoso dos ballrooms.
Conexão com o Estilo Tribal:
Embora o Vogueing tenha raízes no House, Disco e Funk, o Tribal House passou a fazer parte dessas competições. Suas batidas intensas e repetitivas alinham-se à natureza performática e competitiva dos ballrooms, tornando-se a trilha sonora ideal para performances enérgicas. A conexão do Tribal com os ballrooms é uma extensão da busca por empoderamento e identidade através da música, ressoando com as experiências de pessoas negras e latinas.
Influência Cultural:
- Resistência e Inclusão: Tanto os ballrooms quanto o Tribal são espaços de inclusão e resistência para comunidades marginalizadas. Ambos oferecem uma válvula de escape e um espaço para a afirmação de identidade em um mundo que muitas vezes as ignora.
- Fusão de Gêneros: O Tribal House, com suas batidas percussivas, se funde ao estilo voguing nos ballrooms, conectando corpo, música e cultura. Embora não originário dos ballrooms, o Tribal foi adotado por sua energia visceral e conexão com ritmos africanos e latinos, celebrando a identidade dessas comunidades.
Embora o Tribal não seja o gênero musical originário dos ballrooms, ele tem sido adotado e reinterpretado dentro dessa cultura devido à sua energia poderosa e sua conexão com ritmos africanos e latinos, que são profundamente representativos das pessoas que fazem parte do movimento Ballroom, que hoje me parece, ter se transferido para os clubs e “buatchys” atuais. A música Tribal proporciona uma trilha sonora eletrônica que intensifica as performances e celebra a identidade dessas comunidades marginalizadas.
Vida longa ao som bom (em um bom som).
Até a próxima.
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