O Deep House é mais do que um gênero musical da música eletrônica; é uma experiência sensorial que transcende as barreiras do som e mergulha o ouvinte em atmosferas sofisticadas e introspectivas. Originado nos anos 1980, essa vertente da música eletrônica mistura influências ricas e diversas, como o Jazz, Soul e Funk, criando uma trilha sonora ideal para quem aprecia profundidade e emoção na música. Os percursores são os DJs e produtores Larry Heard (Mr. Fingers), Frankie Knuckles e Ron Trent.
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Convido você a explorar comigo o impacto que esse estilo teve em minha jornada musical e as conexões emocionais que ele inspira. Criei uma playlist para você clicar e ouvir enquanto lê esse texto: Deep “fucking” House (Spotify).
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Esse estilo musical caracteriza-se por um ritmo lento a moderado (100-120 BPM) que apresenta na maioria das vezes, uma atmosfera introspectiva, emotiva e sofisticada. Projeta frequências graves profundas e baixas. Utiliza a tecnologia de sintetizadores analógicos e samples.
É construído por elementos sonoros de linhas de baixo pesadas e complexas, padrões rítmicos minimalistas, teclados e pianos elétricos, efeitos de reverberação e delay, além de vocais suaves e processados. Nesse estilo é comum a combinação das influências do House, clássico, Disco e Funk dos anos 1970, Jazz, Soul, Techno e Acid House. Numa fase mais atual a integração de música africana e latina.
Seus estilos derivados são: Tropical House, Melodic House, Progressive House e Tech House.
Artistas de referência: Frankie Knuckles, Âme, Dixon, Solomun e a dupla Tale of Us.
Minha experiência com o estilo Deep House
O Deep House é uma vertente musical que valoriza a profundidade e a complexidade sonora, que mostrou as diversas camadas e requintes que o estilo propõe. Passei então a admirar essa atmosfera única e envolvente para quem ouve um deep house bem construído; sem pressa e muita harmonia. Aprendi que é um excelente estilo dentro da musicalidade eletrônica, com sua atmosfera introspectiva e sofisticada.
Comecei a entender o deep house, sem saber que era assim que chamaria o estilo, ouvindo Frankie Knuckles, o chamado “Deus do House” – é isso foi um ótimo ponto de partida. Suas faixas, como “Your Love” e “I´ll Take You There”, são clássicos eternos.
Passado um tempo, me espantei com a força de Solomun, que é um mestre da energia e do groove. Seus sets são sempre épicos e parecem transbordar energia positiva. “Ocean” e “Desire” são ótimas escolha para sentir sua vibe.
Depois, passei a aprender sobre Tale of Us, que é uma dupla incrível, com uma sonoridade única e emocionante. Seus sets são uma jornada musical profunda e hipnótica. “Wake Me Up” é uma faixa emblemática.
Mais recentemente, me veio aos ouvidos o brilhantismo do trio Keinemusik, formado por Adam Port, &ME e Rampa. São conhecidos por seu som único e versátil, que se encaixa perfeitamente no estilo Deep House e Tech House, pois compõem texturas sonoras complexas, ricamente detalhadas e as valiosas influências de Afro, Jazz e Soul – “Before the Flood” tornou-se minha queridinha entre os trabalhos deles.
O Deep House, com sua riqueza de texturas e sua capacidade de tocar a alma, continua a ser um dos estilos mais fascinantes da música eletrônica. De clássicos eternos como Frankie Knuckles a inovações contemporâneas como Keinemusik, essa vertente é uma celebração da criatividade e da conexão humana por meio da música. Para mim, é um lembrete constante de como a arte pode envolver, emocionar e inspirar. Que possamos todos encontrar nossa própria trilha sonora em sua atmosfera única e atemporal.
Vida longa ao som bom (em um bom som).
Até a próxima.
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As imagens dessa coluna são tão incríveis que não sei se admiro o texto sempre excelente ou as fotos.