A importância da música eletrônica da cena LGBT+


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A música eletrônica oferece um espaço para a expressão artística e a exploração da identidade. Muitos artistas LGBT+ encontraram na música eletrônica uma maneira de se expressar livremente, seja através de suas letras, performances ou produções musicais. As batidas pulsantes, sintetizadores e sons experimentais da música eletrônica permitem que os artistas criem mundos sonoros únicos, nos quais podem compartilhar suas experiências e perspectivas.

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Os clubes noturnos e festas de música eletrônica têm sido espaços importantes para a comunidade LGBT+. Esses locais oferecem um ambiente inclusivo, onde as pessoas podem dançar, se conectar e celebrar sua identidade. A música eletrônica, com sua energia contagiante, proporciona uma sensação de pertencimento e liberdade. Ela transcende barreiras e permite que as pessoas se sintam parte de algo maior.

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A Iniciação Sonora

No começo, eu era apenas um rapaz gay, um filho sonhador que sabia que o trabalho nos moldava como adultos. Foi quando conheci “as igrejas do som” que minha visão do mundo começou a se transformar. Essas igrejas não eram feitas de paredes e bancos, mas de música e dança, onde encontrei um novo tipo de espiritualidade e comunidade. Frequentei as saudosas Gentz, Mad Queem, A Lôca, Level, Base, Bubu, The Week, Cantho… templos do som que se foram no tempo. E também as que ainda estão em funcionamento como Blue Space, ABC Bailão e Cambridge.

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Minha jornada na cena musical LGBT+ começou com a minha conterrânea Glaucia ++ (isso mesmo, mais mais duas vezes), nas memoráveis missas CIO de quarta-feira, na sempre perfeita D-Egde. Fiquei tão impressionado, que voltei várias vezes depois do primeiro impacto. Cada sermão sonoro de Glaucia era uma surpresa que me fazia cair de joelhos por seu talento. Aprendi a ouvir a música num recinto mais coeso em acústica, um espaço onde a energia se transformava em uma experiência sensorial introspectiva.

Paralelamente, iniciei minhas audições com os “reverendos do som”: João Neto (O Primoroso), Renato Cecin (O Impiedoso), e Paulo Pacheco (O Soberano) – nessa ordem de apresentação. Esses DJs eram expoentes para mim, e sob sua orientação, aprendi como se constrói uma pista de dança que nos faz levitar. Em suas pistas, a energia era contagiante e a vibe incrível, e aprender a retribuir essa energia na pista era um aprendizado contínuo.

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De lá para cá, muitos outros nomes presenciei de onde mais sei curtir: na pista. O cardápio de reverendos do som não para de aumentar – tanto em variedade quanto em admiração. Mas já não tenho a mesma frequência que antes, mas acompanho pelas redes sociais onde tocam e novidades de suas carreiras – costumo dizer que hoje, eu sigo tudo, mas vou em quase nada de eventos (risos).

Peter Rauhofer: Um Ícone da Cena LGBT+ (in memorian)

Dentro desse universo, figuras como Peter Rauhofer se destacam como profissionais ímpares. Rauhofer, com seu talento inquestionável, contribuiu significativamente para a cena musical LGBT+, trazendo inovação e autenticidade que ressoavam profundamente com a comunidade. Sua habilidade em criar atmosferas sonoras únicas fez dele uma referência, influenciando muitos artistas e DJs que vieram depois dele.

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Tive o privilégio de estar numa pista com ele tocando, cerca de uma dúzia de vezes. Sua música e presença nas pistas de dança eram sinônimos de profissionalismo (sempre estava sério nos comandos) mas o público sentia a celebração da alegria em forma de som. Ele sabia como fazer as pessoas dançarem e se conectarem através da música. 

Ganhou destaque como produtor e remixer, trabalhando com artistas icônicos como Cher, Madonna, Janet Jackson e Britney Spears. Ele era conhecido por sua criatividade ilimitada e trabalho incansável. Rauhofer nasceu em 29 de abril de 1965 e faleceu em 7 de maio de 2013, vítima de um tumor cerebral. A música eletrônica perdeu um verdadeiro pioneiro, mas sua influência e paixão permanecem conosco. 

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A Diversidade da Cena LGBT+

A cena LGBT+ é incrivelmente diversificada, abrangendo não só a música, mas também a moda, a atitude e uma cultura própria que se desenvolve em resposta à falta de referências em outros âmbitos como a família, o trabalho e os ambientes educacionais. Essa sensação de não pertencimento muitas vezes leva à criação de micro comunidades onde amigos e parceiros se unem em busca de apoio e identidade. Dentro do vasto universo LGBT+, mesmo aqueles que pertencem a essa comunidade muitas vezes se veem consultando o Google para desmistificar e compreender melhor as diversas identidades e expressões.

A música eletrônica também é um veículo para o ativismo. Muitos artistas usam suas plataformas para promover a igualdade, combater a discriminação e apoiar causas LGBT+. Além disso, a resiliência da comunidade LGBT+ é refletida nas batidas incessantes da música eletrônica. Ela representa a luta, a superação e a celebração da vida.

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A Música como Expressão e Experimentação

Ao me lançar na cena sonora gay, percebi que havia muito a aprender. A explosão de estilos dentro da música eletrônica é um campo fértil para experimentação na cena LGBT+. Embora muitos estilos floresçam, talvez os mais proeminentes nas pistas que frequentei sejam o Disco House e o Tribal House. Esses ritmos incendeiam a pista, criando uma sinergia que faz com que todos dancem na mesma batida, proporcionando uma sensação única de pertencimento e liberdade.

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As baladas são um componente crucial dessa cena, servindo como espaços de liberdade e expressão onde a comunidade pode se reunir e celebrar sua identidade. Artistas LGBT+ emergem dessas baladas, trazendo consigo uma autenticidade e criatividade que desafiam as normas e enriquecem a cultura musical. Eles influenciam não apenas a música, mas também a moda e a atitude, estabelecendo tendências e redefinindo padrões.

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Drag Queens, Gogo Boyz, Gogo Girls e a Música LGBT+

Drag queens desempenham um papel vital na cena musical LGBT+, servindo como ícones culturais e catalisadores de expressão artística. Com suas performances exuberantes e teatralidade, elas transformam a música em um espetáculo visual e emocional. Essas artistas muitas vezes escolhem músicas que ressoam com a experiência LGBT+, reinterpretando canções de forma a refletir temas de identidade, resistência e celebração. Em clubes e eventos LGBT+, drag queens criam espaços onde a música não é apenas ouvida, mas vivenciada de forma intensa e comunitária, proporcionando uma sensação de pertencimento e liberdade para aqueles que muitas vezes se sentem marginalizados.

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Além de sua influência direta na pista de dança, drag queens também contribuem para a popularização e evolução de estilos musicais dentro da cena LGBT+. Muitos DJs e produtores musicais se inspiram nas performances drag, incorporando elementos de suas apresentações nas mixagens e criações. Isso resulta em um intercâmbio cultural vibrante, onde a música e a performance se alimentam mutuamente, enriquecendo a experiência coletiva. A presença e a influência das drag queens na música LGBT+ não apenas elevam o entretenimento, mas também fortalecem a coesão e a identidade da comunidade, celebrando a diversidade em todas as suas formas.

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Gogo Boys e Gogo Girls são figuras icônicas nas baladas LGBT+, desempenhando um papel crucial em criar uma atmosfera vibrante e energética. Com suas danças sensuais e carismáticas, eles elevam a experiência das festas, atraindo atenção e incentivando a participação do público. Esses dançarinos e dançarinas são mais do que mero entretenimento; eles simbolizam a liberdade de expressão e a celebração do corpo, contribuindo para um ambiente inclusivo onde todos se sentem livres para expressar sua própria sensualidade e identidade. 

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A presença de Gogo Boys e Gogo Girls nas baladas LGBT+ não apenas intensifica a animação da pista de dança, mas também fortalece o senso de comunidade, tornando cada evento uma celebração coletiva da diversidade e do espírito festivo da cultura LGBT+.

Vida longa ao som bom (em um bom som). 

Até a próxima sexta-feira.

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Leollo Lanzone

Leollo Lanzone é o alter ego de Mauro Galasso, que é de verdade, mas não cabia numa persona só. Tem olhar objetivo e sensível, tem o hábito de montar playlists, adora dançar eletrônico, sabe cozinhar, falar de amizade e tem opinião sobre quase tuuudo.

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