Música, tons, sonoridades, vozes… o som me fascina. Minha atenção ganha ramificação em direção ao som e consigo conversar com uma pessoa, trabalhar, passear e ao mesmo tempo perceber uma música ao fundo. Ando pela vida somando música no meu dia a dia, multiplicando ritmos a cada estação do ano e dividindo vibração com quem mais admiro e amo.
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Por vezes, tenho dúvida se sou eu quem gosta de música ou a música que gosta de mim. Acordo com vontade de ouvir música (música de acordar), enquanto me preparo para o dia que começa. Se encaro a cozinha, vou pensar numa trilha que vá combinar com lavar louça, preparar alimentos, cozinhar ou mesmo preparar uma sobremesa (música para o astral melhorar a receita). Se vou me exercitar, daí vem aquela playlist para empolgar (música para ritmar o foco). Se é hora dos cuidados com minha mãinha, vem aquela mistura de ritmos latinos, boy bands e Djavan (música que mãinha curte). Em minhas caminhadas ou afazeres pela rua, provavelmente, vou com minha playlist SOLAR, que reúne uma complexidade de estilos, que me surpreendem a cada passo, a cada quadra (música para admirar). Tem também aqueles momentos que a música te ensina, te alerta ou chacoalha a gente para pontos de vista preciosos (música para cair em si mesmo).
Meus amigos, eu sou Severino Araújo, diretor da Orquestra Tabajara. A música para mim é tudo; é meu sonho. A música não sai do meu pensamento. Estou aqui falando para você, mas a música está no meu pensamento. Mas não me deixa em paz. Um só instante, um só segundo.
– maestro Severino Araújo, no documentário sobre 73 anos da Orquestra Tabajara (2006)
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Desde pequeno, 10-12 anos, já me habituei a gravar músicas do rádio e formei, junto com meu irmão do meio, um farto número de fitas cassete. Grana era pouca e por vezes, sem verba para novas fitas, chegava a triste realidade de termos de regravar por cima do que tínhamos gravado. Chegaram os walkmans (tanto para fita, quanto para CDs), que abriu a possibilidade de poder locomover a música comigo e isso me trouxe o prazer de criar a trilha sonora para minhas aventuras, trabalhos, passeios ou mesmo uma ida ao mercado – o que ainda faço tudo isso hoje, mas com meu celular conectado no meu stream predileto (Spotify) e sem aquele trambolho de aparelho e o peso das quatro pilhas para dar o tranco no som.
Hoje com meus 50+ de vida, formei uma vasta experiência em escutar música. Isso porque, funciono num modo de pesquisa sonora infinita. Ouço o que já ouvia quando pequeno, quando jovem adulto e mantenho o fluxo de conhecer novidades e achados musicais. Para mim, não importa se a música está nas trends, se foi lançada ontem ou já comemora 64 anos de lançamento. O importante será que essa faixa tenha sabor aos meus ouvidos e se encaixe em algum momento da minha vida cotidiana.
Encaro que a música, para ser aderente ao cotidiano, deve poder se encaixar em nossos momentos – de acordar, de lavar louça, de caminhar, de trabalhar e talvez, o momento de ficar triste, de acarinhar aquela saudade que bate de alguém. Tenho até música que escuto, quando não quero escutar nada (Cocteau Twins – álbum Four-Calendar Café, que de tão linda personalidade musical, atende até o meu momento mais ranzinza). Isso também me faz lembrar que tenho até um CD com cantos de baleias – que indico para te libertar daquela insônia que te atormenta. O fato é que ficar sem a musicalidade aos ouvidos me incomoda. Fico inquieto e desatento. Posso afirmar, que sou muito mais completo hoje, porque caminho com a música sempre ao meu lado – tem música nos meus ossos.
Não sou musicista e não sei compor, criar ou mixar música. Gosto de imaginar que sou um bom ouvinte, pois adquiri uma audição aguçada, capaz de perceber tons e variantes sonoras. E nem sempre ouvir música, mas também vestir música é algo que sei fazer. Explico: quando vou a uma pista de música eletrônica, sinto pelos poros a vibração dos sons e o ritmo corre pelos ossos, me transformando num receptáculo de música – isso também vale se for um ensaio do Salgueiro.
Desde que passei a consumir via stream, passei a perceber claramente como essa minha fixação por ouvir música poderia ser medida. A cada mês de novembro, pelas análises do algoritmo do Spotify, encarei como sou obsessivamente sonoro. Isso porque observo as variáveis de estilos musicais preencherem meu ano. Sei qual artista mais ouvi no conjunto da obra, qual faixa mais toquei repetidas vezes e percebo o ranking dos gêneros musicais que dei play durante cada ano. Hoje tenho orgulho de ter grande parte mim sendo cuidada pela música.
Música Contemporânea – foco da coluna Balaio do Leollo
Poderia falar por horas do amor/vício pela música, sem nem mesmo pensar em cansaço. E como não temos tempo a perder, me organizo para trazer assuntos ao redor do que vou chamar aqui de MÚSICA CONTEMPORÂNEA:
Sonoridades que representam a atualidade ou marca um período
Abordagem de influências, gêneros e estilos musicais
Influência sobre a cultura vigente
Mas para não ficar tão ampla essa ideia, desenvolvemos um editorial que iremos explorar semanalmente aqui na Coluna Balaio do Leollo – um espaço para unir alegria, virtuosidade, ritmo, e o mais importante, emoções para guardar para a vida. Assim, a cada sexta feira, você terá um encontro comigo e temas como:
Dicas e achados musicais (Spotify / SoundCloud) – descobertas para seu cotidiano
Playlists ComuSicar – momentos em som by Leollo
Entrevistas: produtores musicais, DJs, engenheiros de som – olhar de quem vive para a música
Artigos: O que é Música Brazuka; Afro House Brasileiro em alto; Música para eventos corporativos; Trilha sonora para marcas; Aprendendo sobre Lo-Fi e Hi-Fi; Festivais de música em 2024; O que aprendi escutando música; entre outros temas bacanas que vou preparar com muito carinho, para quem quer perceber como a música toca nossas vidas.
A ideia é colocar na pista (nessa coluna) assunto para aprendemos como encaixar mais música no nosso ritmo e absorver dias melhores para cada um de nós. É possível ouvir música sozinho, mas também aprendi que ninguém merece dançar sozinho. Vamos juntos descobrir qual batida musical nos faz melhores em atitude e maiores em sabedoria. E para isso, espero promover espaço para debatermos sobre a contemporaneidade que nos aproxima e nos embala a mesma vibração. É hora de “comuSicarmos”!!!
Vida longa ao som bom (em um bom som).
Até a próxima sexta feira.
MAIS NESSA COLUNA
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Adorei!!!!! Seja muito bem-vindo!
Que delícia de texto. Sonoridade pura 👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽❤️
Viva Leollo
Parabéns por esta nova pele!
Vou te (per)seguir
Ficou incrível!! O texto sensacional, as fotos, amei tudo!
Que bacana a coluna de música do Leollo
Tanta motivação e inspiração a música nos traz!
Não interessa em qual o estado mental você possa estar, feliz ou triste, a música sempre vai contribuir pro seu bem-estar
Adorei me em “balaiar” nessa sonoridade.
Sucessos amigo.
Seus textos são leves e fáceis de imaginar o que você se refere e inclusive faço das suas palavras as minhas tio! Uma playlist pra cada momento do dia, cada lugar da casa ou rua e cada estado emocional kkk
Como lhe falei, incrível a coincidência como ainda hoje, me lembrei dos tempos antigos quando ia na casa de vocês e via essa coluna repleta de CDs, ficava contemplando e admirado pela quantidade de CDs e também pois achava (ainda acho também kkkk) um charme essa coluna. Inclusive até nos dias atuais apesar do desuso dos CDs. Guardo com carinho as poucas cenas da minha infância na memória onde algumas delas, tem vocês e essa coluna de CDs.
Abraço!
Parabéns, amei
Boa sorte e que possamos compartilhar muitas playlists