Deixa chover: a canção da minha infância com meu pai!

Gostei

.

COMENTAR(1) Compartilhar

pai

Eu não sou muito presa a celebrar certas situações apenas nas datas comerciais, que foram definidas para impulsionar as vendas. E também porque aprendi com meu pai, desde pequena, que não há dia certo pra manifestar carinho, reconhecimento ou mesmo fazer algo especial por quem você ama.

Aproveite descontos exclusivos em cursos, mentorias, eventos, festas e muito mais assinando o Clube 40EMAIS agora! Além disso, ganhe descontos em lojas, restaurantes e serviços selecionados. Não perca tempo, junte-se ao nosso clube!

Por essas razões, eu não passo o ano todo esperando o dia disso ou  daquilo para comprar um presente ou surpreender as pessoas, como no Dia dos Pais. É claro que o Claudio, meu pai, adora ganhar perfume, creme facial (ele se cuida melhor do que eu), uma bela camisa (que vai para a coleção que ele faz desde sempre, rsrsrs) ou um bom vinho. Mas se isso não acontecer no Dia dos Pais, a gente sabe que tem o ano todo para essa e outras manifestações de carinho, amor e respeito entre pais e filhas (eu tenho uma irmã, a Heloiza).

Quando a gente era criança, nem sempre ele tinha pique, depois de uma semana de trabalho puxado, pra dar um rolê com as filhas no final de semana. Mas, de repente, numa terça-feira, ele avisava: hoje, ninguém vai para a escola! E íamos os três, eu, ele e Helô, para a praia brincar no parquinho, mergulhar e tomar sorvete na Sorveteria Guarujá. 

Na volta, caminhando pelo Canal 5, sempre que caía aquela refrescante chuva de verão, ele cantava: Deixa chover ô ô ô / Deixa a chuva molhar / Dentro do peito tem um fogo ardendo / Que nunca vai se apagar. Um clássico de Guilherme Arantes que me leva, imediatamente, para essas tardes de pai e filhas, num tempo em que o próprio tempo parecia correr mais devagar. Ai, como era bom!

E, assim, crescemos valorizando os momentos possíveis, sem hora marcada, sem pompa ou circunstância. Como ganhar um livro que ele trazia quando voltava do trabalho, pra gente ler nas férias; ou o dinheirinho que ele dava no final de semana, pra gente fazer um lanche na Cidade Junina (sou da época que essa festa tradicional em Santos rolava na praia do Gonzaga!) ou comprar alguma bobeirinha na feirinha hippie do Sesc.

A gente também se acostumou a transformar dias comuns em dias de festa preparando pequenos agrados que ele gosta até hoje e que, na época, eram tão simples quanto especiais: castanha de caju, cervejinha pra relaxar no sábado, bolo quentinho, camisa social passada (minha mãe até me subornava pra eu passar, pois ela não gostava de passar roupa e eu, amava!), muita jujuba e doce de leite com amendoim.

Depois, vieram os genros e logo aprenderam como agradar o sogrão, com a mesma dobradinha: respeito e gostosura na mesa! Era só cumprir o horário para deixar a respectiva namorada em casa, não abusar da boa vontade dele (que, aliás, no começo foi bem econômica com os genros!) e o resto era o resto.

De lá prá cá, vieram muitos presentes, em datas comemorativas, também, mas os principais não cabem em uma embalagem: os quatro netos que ele ganhou! E, até hoje, os netos sabem como agradar o vô Claudio sem dia certo e com pequenos gestos – assim como sabiam fazer a vovó Maria Helena suspirar.

Sim, aproveitei o gancho do Dia dos Pais, neste domingo (8/8), para falar sobre como pode ser bom também não se prender a datas para agradecer, presentear e demonstrar que você reconhece a importância do seu pai na sua vida.

O meu, também me ensinou que “o combinado não sai caro”, que se a gente não tem o que fazer é “cabeça vazia, oficina do diabo”, que não adianta se arrumar toda se “por fora bela viola, por dentro, pão bolorento” e que “Deus ajuda quem cedo madruga”!

Feliz Dia dos Pais, das mães fazem as vezes dos pais, dos avôs que são pais, dos casais de dois pais e de todos que são o porto seguro para os seus filhos!

 
Amadeus

Amadeus: Uma Jornada pela Genialidade e Intriga Musical

música

Mudança e Transformação – a música como bússola durante o caos

viagens gastronômicas

Viagens gastronômicas: explorando a culinária local!

nomes

Sobre nomes diferentes?

cropped cabecalho - 40EMAIS
  • CLUBE IAP2023 - 40EMAIS

    IAP Propaganda

    Design e Marketing Digital. 20% de Desconto para assinantes.

Mais nessa Coluna

Fabiana Honorato

Conheça a Coluna de Fabiana Honorato
Jornalista formada há 23 anos, casada com um jornalista também, Luciano, mãe do Lucas e da Lara e em constante transformação para exercer a profissão. Já trabalhei em uma doceria, mas meu salário ficava quase todo lá! Fui estagiária de uma escola de idiomas sabendo falar só o clássico the book is on the table. Como sempre gostei de escrever, de cartas, receitas a esboço de livros, a Comunicação foi meu caminho natural. De lá pra cá, fui de estagiária a editora no Jornal A Tribuna e, desde 2015, vivo as delícias e os perrengues de ser freelancer. Assessoria de comunicação, criação de conteúdo, roteiros, produção de eventos… faço de tudo um pouco e, agora, vou compartilhar a minha paixão por séries, filmes, documentários, programas culturais e outras dicas para você curtir na tela ou fora dela. Espero que você goste do que aparecer aqui no Balaio da Fabi!

1 Comentário

  1. Ana Cláudia Dutra7 de agosto de 2021

    Que linda homenagem!!! Como é bom termos boas lembranças da infância e tantos momentos marcantes guardados e revividos ao longo da vida! Me emocionei com seu relato e TB revivi momentos meus. Gratidão!!!🙏🌹😊🥰😘✨

    Responder

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

19 − 9 =

Scroll to top