Aviso: O texto contém hiperlinks para playlists no Spotify, como forma de levar uma experiência também auditiva para quem lê essa coluna.
Sei fazer muita coisa, pois sou uma pessoa com múltiplas habilidades, sou curioso e quero sempre descobrir as coisas; o porquê das causas, quais saídas; também pensar em qual a melhor maneira de se fazer aquilo ou se pensar algo.
Aproveite descontos exclusivos em cursos, mentorias, eventos, festas e muito mais assinando o Clube 40EMAIS agora! Além disso, ganhe descontos em lojas, restaurantes e serviços selecionados. Não perca tempo, junte-se ao nosso clube!
Mas tem uma coisa que eu faço melhor do que todo mundo, essa é a minha pretensão: eu sei escutar música. Eu me dedico a isso há tanto tempo, que eu não sei mais me dividir sem a música, me multiplicar sem a música ou somar sem a música.
|
|
Enquanto estou aqui escrevendo para vocês, estou escutando música. Eu cozinho ouvindo música, eu namoro curtindo música, eu vejo o filme percebendo as músicas. Então é isso que eu tenho focado.
Penso uma coisa: se você tem uma habilidade em comum, use-a da melhor maneira possível. Estou aqui imaginando que, trocando esses pensamentos com vocês, estou usando essa minha habilidade da melhor forma possível. Eu quero dividir isso.
Nessa divisão, eu posso perceber o quanto que eu já absorvi formas de escutar música. Não quero debater aqui agora, nesse momento, o que se ouve, mas como se ouvir musicalidades. Eu comecei com a fita cassete, depois acesso os primeiros LPs. Que eu acho que foi um marco, né, para a sabedoria do ouvir, porque aí eu percebi a diferença de qualidade.
Hoje existem inúmeros modelos de stream. São possibilidades gratuitas, pagas ou com tipos de categorias de assinatura. O Tidal é um exemplo curioso, pois foi criado pela união de grandes artistas (Beyoncé, Madonna, Jay-Z, entre outros) que detêm os seus contratos e criaram acesso direto entre criador e fãs/consumidor.
Então é a plataforma que mais remunera o artista e por sua vez, como eles têm acesso às produções, nos propõem graduações de qualidade sonora. Os planos mais simples tem uma qualidade de áudio igual ao CD (chamado Hi-Fi), enquanto outros modelos de assinatura indicam qualidade de áudio de estúdio (com tecnologia FLAC / MQA), além de dar acesso a vídeos, materiais extras lançados em primeira mão pelo Tidal – lembrando que tipos de plataformas de áudio será assunto de um artigo mais para frente – mas hoje eu quero falar de como ouvir playlists.
Meu conteúdo preferido acesso pelo Spotify. Preferido porque, na minha opinião, o Spotify é uma excelente maneira para você acessar músicas com facilidade, com coerência, com fluidez. Crio essas listas desde 2020 (válvula de escape na pandemia), mas não publiquei ou mesmo fiz divulgação delas. Começo à partir dessa coluna, a criar dicas destas tantas pesquisas que fiz desde então. Portanto, cada seguidor que vier, será meu norte para essa minha partilha de ideias musicais.
Como disse no meu primeiro texto aqui na coluna, eu tenho uma maneira infinita de pesquisa musical. Então, tenho a rotina de distribuir músicas que conheço por entre inúmeras playlists que mantenho no perfil ComuSicar by Leollo, das quais vou citar algumas para apoiar minha ideia de ensinar como degustar essas sonoridades.
Na playlist chamada de SOLAR, reúno músicas que imagino ser trilha para minhas caminhadas. Que vou ouvir enquanto eu vou descobrindo minha passada, o meu ritmo. Então busco músicas que vão me acompanhar nessa caminhada, uma letra importante, uma sonoridade envolvente, um swing diferente; o nome “solar” vem para clarear pensamentos e ideias. Vale lembrar que essa é a maior lista em tempo de música; já são mais de 80 horas em musicalidade para curtir, então é ótima trilha sonora de viagens, dirigir numa estrada ou também para suportar o trânsito caótico.
Tem músicas que eu adiciono na playlist da minha mãe, que eu chamo Mãinha Curte. Sonoridades eficientes para quando preciso “acalmar o leão”, aí ela se derrete. Vejo minha mãe dizendo: “Nossa quanta música linda”- respondo: “Claro, são as músicas que eu escolho pra senhora”; ela responde: “Nossa que bom gosto meu filho tem”. Seja ela que está agitada, ou eu mesmo que esteja mais sem paciência, naquele azedume, dou play nessa lista de músicas, aí acalmo a ela e acalmo “o Mauro” também. Tem latinos de montão, com grande espaço para Laura Pausini (maior das divas para dona Lisa), Luiz Miguel, Camila Cabello, Rick Martin, e por aí vai. MPB e estrelas internacionais também vem bem para ela, com predileção a Djavan, Roberto Carlos, Lighthouse Family, Mariah Carey, Sting, Boys Band, Simply Red e Luan Santana (que tb não pode faltar) – “mãinha é porreta”.
Na lista (música) De Cabeceira, são sonoridades românticas, um tipo de aconchego, uma letra mais suave, uma batida um pouco mais leve. É uma playlist que eu imagino ouvir baixinho, enquanto você acorda ou enquanto se prepara para dormir. Boa também para se ler um livro e ter uma música de fundo. Pode ser também para cozinhar para você e seu amor – de novo: para momentos de aconchego e sem estresse.
Eu gosto (muuuito) de reggae, em suas várias nuances, várias interpretações e gêneros. É importante notar que reggae está em várias culturas. Você pode perceber esse estilo num grupo australiano (reggae rocksteady, o estilo que mais ouço), numa banda inglesa (reggae clássico) ou em uma banda argentina (reggae Ska). No Brasil, acho que o epicentro está no Maranhão, mas temos influências em Santa Catarina, Minas, Rio de Janeiro e claro, na Bahia. Para mim, é um ritmo que me projeta felicidade, mantendo uma harmoniosa cadência entre todas as composições (que gosto).
Na coleção de listas chamadas de Vejo Reggae Em Tudo 1—2—3—4—5, reúno as músicas que vou descobrindo pelo caminho e vou compartimentando em blocos desse conteúdo. Minha maior diversão é achar bandas/artistas que optaram em incluir um reggae em seus projetos de música. Então divirta-se ao achar reggae nas obras de Madonna, Led Zeppeling, Pitty, Living Colour, De Phazz, pois é sem dúvida um ritmo sofisticado pela sua simplicidade harmônica incrível. Entendo também, como blocos de tempo da minha audição, onde mostro a minha evolução na audição persistente sobre esse estilo que me ganha fácil em humor e leveza.
Ainda na ideia de coleção de listas de músicas, não posso deixar de apresentar o grupo que chamo de #Navaranda Chill In 1—2—3—4—5—6—7 (outras edições virão, tenham certeza). A série #Navaranda é uma prática que tenho de ouvir música no meu canto preferido, onde mantenho meu oratório (minha cabine) ao Deus Som. Ao final de meus afazeres do dia, normalmente ao cair da tarde, paro, pego meu café fresquinho e me conecto no ouvir música prá mim – um pouco de pesquisa, um pouco de criação desse estilo de playlist. Num geral, descrevo que são músicas para começar festas e quem sabe mantê-las mais tempo. São minhas brincadeiras com eletrônico. O termo “chill in” vem da ideia de aquecer o ritmo, um esquenta antes de uma baladinha mais forte. Combinam também com receber amigos e ter uma sonoridade de festinha espontaneamente improvisada; nada de baixo astral nessas horas. As vezes treino com elas, pois como disse, tem um esquenta pertinente nessas faixas.
Uma dica importante, todas as playlists que construo, são feitas para você ouvir no modo aleatório – pois tem a surpresa da ordem musical criada pelo algoritmo do Spotify. Mas se você tirar do aleatório, poderá perceber como que eu fui adicionando as músicas em cada playlist, como elas foram sendo elencadas dentro dessa lista.
Indico a playlist Brasilidades, para explicar outro caso que acontece no meu processo de construção das listas. Se você vir aqui nessa lista, uma sequência de músicas do Djavan (um exemplo), quer dizer que naquela minha rotina de pesquisa, me debrucei sobre a obra de Djavan e fui adicionando na lista. Quando descobri a obra da Roberta Campos, fatalmente você verá uma sequência de músicas dessa artista. Nessa lista de alma brazuca, imagino o mosaico que sei que o Brasil consegue ser. Fonte de meu orgulho de ser brasileiro, pois nossa sonoridade não para de crescer em combinações e atualizações – do moderno ao barroco, do sensível ao discurso de protesto. Se eu tivesse que tocar o Brasil para um estrangeiro, que mostrasse nosso país, tocaria essa lista como um repertório de descoberta continental.
Outra dica (e última de hoje) que eu acho bacaninha de usar o Spotify, é começar ouvindo uma música específica, que está no seu humor. Dê play nessa faixa e clique no “modo aleatório”; dali em diante, o algoritmo vai colocar em fileira as músicas combinadas à partir daquela ritmada inicial que você escolheu. Perceba as surpresas bacanas que o algoritmo vai passar a te mostrar – quanto mais você utiliza a plataforma e navega pelas sugestões (ou nega sugestões pontuais) mais o resultado se torna sua identidade.
Bem, são muitas mais as playlists que tenho criado. Uma vez por mês trarei dicas sobre elas aqui na nossa coluna. Inclusive listas nas plataformas SoundCloud e Youtube. Dê play nesse universo do Balaio do Leollo.
Vida longa ao som bom (em um bom som).
Até a próxima sexta feira.
MAIS NESSA COLUNA
Leia Também
|
Eu, por ter a sorte de ser amigo, desfruto dessa sabedoria sonora. Inclusive ele criou playlists incríveis com o perfil da minha loja de semijoias em pedras brasileiras.
E as reuniões “Na Varanda”, são regadas de ótimas descobertas sonoras.
Adoro!
Spotify é bom e tudo mais, mas nada supera o YouTube Music, na minha humilde opinião. A Seleção aleatória de artistas que surgem de surpresa e acabo por descobrir ou até novas velhas músicas de artistas que costumo ouvir sempre ou até mesmo quando me faz descobrir novos artistas é fenomenal. Sem falar na maior quantidade de músicas que acabo só achando por lá, músicas que lembro do meu pai ouvir em CDs no carro e que no Spotify não tem. Enfim, belo texto e posso parecer repetivio, mas incrível como seus textos vem criando uma conexão comigo, já que por muitas vezes acabo pensando “po, queria pedir pro meu tio o que ele ouve” já que tenho comigo o bom gosto musical que você tem, porém acabo esquecendo pela correria do dia a dia kkkkk
Abraço!!