Olá, meu caro empreendedor. As vezes eu fico pensando se o excesso de dicas e tutoriais as vezes atrapalha as pessoas de fazer a coisa certa. Eu digo isso porque ontem me aconteceu a seguinte situação: um cavalheiro me pediu uma reunião, não por que ele precisava de algum serviço. Segundo ele, ele já sabia tudo de marketing digital, mas sua campanha não estava performando.
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Claro que, ao abrir o gerenciador de anúncios da Meta da empresa dele, precisamos de apenas cinco minutos para achar o erro: a segmentação dele estava mal feita. Mas tudo bem. Corrigi o problema dele e nem cobrei. Espero que esteja dando frutos. Mas aí eu fiquei pensando: será que para ele, saber tudo de marketing é saber apertar botões no gerenciador?
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Eu vivo dizendo que, apesar de ser um mundo paralelo, labiríntico até certo ponto, depois de um tempo mexendo lá, diariamente, com vontade de aprender, você fatalmente vai saber usar as ferramentas que estão a disposição ali. Pessoalmente eu prefiro a plataforma do Google Ads que a da Meta, por ser menos burocrática. Mas ambas são relativamente fáceis de aprender.
Mas saber usar a ferramenta de forma bruta, ou seja, saber onde estão os botões e tudo mais, não te faz um profissional de marketing e público. Longe disso.
Veja. Eu gosto de pensar que fazer marketing, publicidade etc, é incutir ideias nas mentes das pessoas, para convencê-las a tomar decisões. Queremos argumentar, de forma artística, criativa, com ideias, mas também com muita persuasão, para que elas venham a tomar alguma ação, seja comprar nosso produto, vender alguma coisa, votar em alguém que foi condenado em três instâncias diferentes e não deveria ter sido tirado da cade…
Quer dizer, nada não. Voltemos ao tema.
Philip Kotler, define o marketing como: “a ciência e a arte de explorar, criar e entregar valor para satisfazer as necessidades de um público-alvo com lucro.
Para fazer isso, é importante que você consiga pensar como o cliente. O que ele quer, ou precisa? Para que serve isso que você está vendendo? Mais importante: para quem serve? Lembre-se que você está lá para resolver um problema. O mercado funciona de forma que pessoas satisfaçam outras pessoas. Aquilo que você está vendendo necessariamente precisa satisfazer o desejo, ou resolver o problema, ou sanar a dor de outra pessoa, que irá valorizar mais o seu produto do que o dinheiro que ela tem em mãos, de forma que vocês façam uma troca voluntária: o produto pelo dinheiro.
Mas por que eu dei essa volta toda? Porque não adianta nada você entender tudo de uma ferramenta, qualquer uma, desde a plataforma da Meta, até a fazer um outdoor, se você não souber o teórico antes: quem vai comprar o seu produto?
Além disso, é bom você entender também o que é Mix de Marketing: que são os 4 elementos que compõem qualquer estratégia de marketing para atingir ao público: Preço, Praça, Público e Promoção. Vamos a eles:
- Produto: Refere-se ao que você está vendendo ou oferecendo aos clientes. Isso inclui características, design, qualidade e variedade do produto ou serviço.
- Preço: É o valor monetário pelo qual o produto ou serviço é vendido. O preço deve refletir o valor percebido pelo cliente e considerar fatores como custos de produção, concorrência e estratégia de posicionamento.
- Praça (Distribuição): Refere-se à forma como o produto ou serviço é disponibilizado para os clientes. Isso inclui canais de distribuição, pontos de venda, logística e estratégias de entrega.
- Promoção: Envolve todas as atividades de comunicação e marketing utilizadas para promover o produto ou serviço. Isso inclui publicidade, relações públicas, promoções de vendas, marketing digital e qualquer outra forma de comunicação com o público-alvo. Continua após a publicidade
Sabendo disso, você estará habilitado (tá bom, quase) para fazer uma campanha de forma estratégica, sabendo precisamente como abordar o cliente e convence-lo a comprar.
O empreendedor precisa, necessariamente, pensar em tos esses aspectos. Muitos insistem que devem vender e vender a qualquer custo, e batem nessa tecla até se tornarem chatos e repetitivos. E tomam prejuízo. Claro que queremos vender, mas vender é o final feliz de um processo longo e demorado que deve ser feito com atenção. Vamos de exemplo prático: se você está criando uma marca de artigos de luxo, que são caros para produzir, você precisa, com toda certeza, gerar desejo para esse produto. Você não deve fazer uma campanha de vendas direto no Meta ads. Você deve querer que as pessoas olhem para o seu produto e se imagem usando ele. Ele deve ser o sonho de consumo do seu público. E para isso, existe um monte de estratégias que você pode por em prática.
- Você pode gerar escassez, produzindo pouquíssimas unidades daquele produto por vez, fazendo com que perder aquela janela de tempo em que o produto está disponível seja quase uma tragédia.
- Você pode fazer parceria com influencers de luxo, para divulgação para público que já espera esse tipo de produto.
- Você deve fazer campanhas que glamourizem o uso do seu produto, que faça com que ele pareça caro. Lembre-se: as pessoas gostam de luxo. Quem gosta de pobreza é político.
Enfim, existem muitas coisas que você pode fazer para gerar desejo para o seu produto. O que você não pode fazer, é colocar sua marca onde ela não combina. Por exemplo: você não deve fazer parceria de divulgação em lugares que dão dicas de produtos baratos. Você está matando a proposta do produto. Você não deve baixar o preço do produto a toda hora, senão vai passar a impressão de que seu comprador pode esperar só um pouco e leva o produto por 20% do preço. Sei que parece básico. Mas muita gente erra nisso.
E quanto ao cliente? Será que eu consegui fechar com ele? Bom, hoje eu enviei uma proposta para ele. Estou esperando ele responder. Se ficar curioso(a), eu respondo para quem comentar.
Hoje a hora do jabá vai ser menos intensa, já que estou reformulando a agência. Aliás, o próximo texto será sobre isso. Mas, se você não quiser se enrolar nas suas campanhas, ou quer uma identidade visual bem trabalhada para sua empresa, ou um projeto de marca completo, basta visitar o nosso site, clicando aqui. Estarei esperando pra gente tomar um café!
E esse foi o papo de hoje. Se você ainda não entendeu o que é uma Landing page, ou quer saber mais sobre qualquer outra coisa, deixe nos comentários e curta esse texto nas estrelinhas. Até daqui 15 dias.
Márcio Cabral é cineasta, designer gráfico, publicitário e empresário. É diretor executivo na IAP Propaganda, e um dos sócios fundadores do 40EMAIS.
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