Uma amiga me apresentou essa festa já há tempos, mas só neste 02 de março, que tive o privilégio de presenciar a espontaneidade que brota desta festa. O local – o setor dos contêineres dentro do Aeroporto de Campo de Marte – é excelente por vários motivos, mas o melhor de todos é ser um belo ponto para curtir o pôr do sol na capital paulista. Foi um excelente tempo dedicado a ouvir um cardápio sonoro farto e criativo, ao mesmo tempo com músicas escolhidas pelo critério de envolver cada músculo de nosso corpo.
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Minha leitura é que são inúmeras festas dentro da mesma festa, que vão se conectando e pavimentando uma descontração fora do comum. Os portões se abrem às 15:00h e prometem seguir até às 03:00h (da madrugada). Um formato incomum para ajustar na agenda do público, por isso, digo que é um tipo de encontro que tem muitos horários para chegar e muitos horários para ir embora. Como resultado, temos um desfile de looks e estilos que chega a uma hora que você passa a entender que a alma da Dre Tarde é justamente você sentir-se acolhido nessa massa humana.
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Além dos bares, o local nos recebe com espaço de alimentação, onde cada edição traz um parceiro da festa para acabar com a fome que porventura vai aparecer – nesta vez estava o Real Burguer, que traz opções carnívoras e vegetarianas. Tem espaço para pintura corporal, loja de roupas, acessórios e uma bomboniere – mas não existe chapelaria, um detalhe que a festa alerta já na divulgação.
A grande tenda cristal recebe toques de folhagens para combinar com a iluminação que vai crescendo conforme o sol se põe. Personagens fantasiados circulam pelo espaço com acrobacias, danças e performances circenses.
Cheguei com amigos às 16:00h e assisti esse cenário ganhar uma trilha sonora de astral tranquilo, que seguiu a velocidade da luz do Sol até ele dar tchau. Depois, começou uma guinada no ritmo da batida, que combinou com a chegada de mais amigos e mais público. A linda tenda cristal passa então a ganhar reflexos coloridos e uma luminosidade que alegra todo o recinto e decreta fim a qualquer seriedade e caretice que você possa ter trazido consigo. É tempo de sorrir e dançar.
O nome Dre Tarde, vem do idealizador deste encontro, o DJ e produtor Dre Guazzelli (link para o perfil dele no Spotify). Com um acervo autoral e que une sonoridade sofisticada com um repertório que nossos ouvidos reconhecem do cotidiano de nossas playlists preferidas. O som te pega pela mão e põe para dançar, ao mesmo tempo que nos ensina que o inusitado cai muito bem se combinado com criatividade e regado de surpresas.
É muito bacana você ir a uma festa que não esnoba seus conhecimentos musicais, transformando a pista numa extensão dos sons que você ouve na sua casa, misturando hits com forte carga emocional. Dre Guazzelli mantém um long set recheado de pop house, afro beats, disco-house e clássicos mundiais (em português e inglês) sob o manto eletrônico. Nunca imaginei que ouvir The Clash, Pink Floyd e na sequência o melô “dib dib dib êê” numa roupagem techno (Cheia de Manias – Raça Negra).
No começo, duvidei do caldo sonoro que vai mergulhando o público numa cadência repleta de ousadia nas combinações e valorosa pela naturalidade brasileira que forma a apresentação de Guazzelli. Uma trilha atemporal e atraente, mas sem querer ser óbvia ou pedante. Relaxa, a festa Dre Tarde está aí para isso mesmo.
Ainda aconteceram interferências espontâneas dos músicos Salazar (sax) e Cleiton (violino). Os dois em momentos específicos, passam a formar um tipo de jam session sobre a musicalidade que Dre Guazzelli destila nas pick-ups, entregando para quem assistia, uma expressão musical que é costurada ao vivo. a
Não vejo a hora da próxima edição desta festa-balada, que ainda não teve data divulgada. Vou manter a antena ligada para não perder um novo encontro com essa energia incrível que é a soma da música e o público, aliada à capacidade do ser humano em distribuir alegria, quando deixa sua armadura social em casa.
Vida longa ao som bom (em um bom som).
Até a próxima sexta-feira.
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