Música Boa, Música Ruim – Quem Decide?


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Olá, amantes da música. Esperei janeiro passar por nós, para voltar a escrever. Atrasei esse dia de propósito, pois nem eu estava me aguentando com esse janeiro que nunca acabava. Posso ter pego pesado na semana passada e preciso apresentar aquele pensamento, de maneira mais clara. Fiz aquele texto lindo, para esconder o azedume de meu pensamento sobre como tem música ruim e também sempre existirá quem adora replicar essas besteiradas todas. 

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Me retiro dessa cacofonia sensorial e de incômoda presença. Outro dia, pensei: É tudo culpa do axé music!!! Logo em plena comemoração de 40 anos deste estilo musical, me recordo como eu ainda jovem, caí nesse molejo de quadril na velocidade nr. 2, que era o máximo de minha coordenação motora permitia. Vibrei aos Montes por arrebatar geral a galera de norte a sul deste Brasilzão. E talvez aí mora o pulo do gato (ou gancho) para a minha ideia de hoje: Se é unânime, duvide do conteúdo. Pode ser muito incrível sim, mas tem grande chance de ser uma furada total. Justo aquilo que não deveria ser replicado. 

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Quando falamos sobre Música Contemporânea, estaremos sempre nos referindo às diversas formas de expressão musical criadas desde meados do século XX até o presente. Toda sonoridade que é caracterizada por:

  1. Diversidade estilística: mistura de gêneros, como jazz, rock, pop, eletrônica, clássica, experimental.
  2. Experimentação sonora: uso de novas tecnologias, instrumentos e técnicas.
  3. Pluralismo: influências de culturas globais.
  4. Liberdade composicional: quebra de estruturas tradicionais.

Então, por condição geral, música contemporânea abraça uma imensa quantidade de gêneros autênticos, que expressam o nascimento da criatividade e são fruto da experimentação. Nisso, tenho refletido que sempre haverá dois estilos de música: A boa música e a música ruim. Isso dentro da cabeça de cada um. Você, eu, todo mundo, de maneira individual, vamos absorvendo sons pelo caminho e preenchendo essas duas colunas. Cada um na sua própria experiência e por sua vez, na sua própria responsabilidade com essa atitude.

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Eu estou aqui mais uma vez e quero propor que cada um olhe para sua dieta sonora e passe a entender por que cada um consome música. Pois escolher esse cardápio forma muito de nós e não pode ser tratado como algo fútil, inconsequente. Trata-se da cultura humana construída pessoa por pessoa. E como a diversidade é nossa maior riqueza, quem sou eu para dizer o que você deve ou não consumir de música. Porém, minha alma de pedagogo me leva a criar pontos de alerta e levar uma tutoria sobre como as diferentes sonoridades podem ajudar ou piorar nosso cotidiano.

Um amigo sugeriu que eu escrevesse sobre modão sertanejo. Eu gosto muito dele, mas não vou entrar nesse terreno que me sinto um tapado. Não nego que aprendi a cantar de ouvido a tal “Pense em Mim” (Leandro Leonardo). Isso através de uma amiga recém-chegada do interior de Minas Gerais (meados 1991). Ela foi nossa professora de canto, pois nem tocava aqui nas rádios caiçaras. Nossa turma aprendeu por ela e cantávamos entre nós sem nunca termos ouvido o CD. Não passei dessa fase no jogo e hoje entendo que era realmente uma furada sem tamanho. Uma coisa é ouvir moda de viola, outra é ouvir moda de viola aos gritos, painéis de LED gigantes, brilho para tudo quanto é lado (até nos dentes) para cantar a mesma simplicidade do cotidiano. Hoje penso que me parece o seriado DALLAS, onde o personagem JR e o Gustavo Lima. Não gosto, não estou nesse barco.

Assim como também questiono tamanha pompa dedicada à cena eletrônica. Algo que estava claro para a raça humana é que esse seria o estilo musical que iria unificar o Ser Que É Humano. Mas o jogo virou e de repente tornou-se um meio oportunista para abobalhar geral toda uma galera. Claro que tem gente subindo o nível nas produções, mas vejo que o foco é cada vez mais encher a burra de dinheiro, enquanto os eventos só geram mais segregação social (pelo exclusivismo) e esquecimento das causas necessárias (ensinar sobre o real valor dessas reuniões). Além de atropelar desafios monetários com facilidade, como por exemplo, convencer pessoas a pagar uma fábula por cada ingresso (quem consegue pagar R$ 600 – R$ 2.000 para ver DJs?). Além de que o consumo dentro de cada evento também segue a mesma facilidade de definir no alto a precificação de cada item (até mesmo uma inocente garrafa de água). Sou fã de música eletrônica, mas a música boa ficou onde nesse cenário?

Claro, tem gente que paga, eu sei. Mas o que mais me remói é a facilidade que esse público tem para passar vergonha nessa relação “Contratado-Contratante” – pois paga-se caro para entrar e para consumir lá dentro e quase sempre passamos aperto e temos ouvido sonoridades questionáveis, em minha opinião. Pois tenho provas reais de que, uma pista de dança inesquecível, não tem a ver com exclusivismo, mas sim com sintonia e bem estar.

Nesta semana, um valoroso DJ postou o fim da carreira do DJ profissional e da música boa nas pistas. Parece que a porta escancarou, penso eu. Afinal, existe uma alta possibilidade de um verdadeiro “bocó exibido” assumir a mesa controladora de som e passar a replicar as músicas que outros tantos DJs já tocam. Teremos então uma musicalidade sem argumento ou sem estilo e você será bombardeado por uma “shit music” na orelha. O pior é que você olhará para o lado e verá muita gente que, ou nem liga para o que toca ou ainda, se joga tranquilamente nessa barulheira em descompasso com que uma pista de dança realmente merece: alegria em sintonia com o profissionalismo.

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Falo tudo isso, mas não acho que exista únicos culpados, mas sim vários fatores simultâneos. Parece estar no DNA humano, ter o direito de escolher (chamam de livre arbítrio). Então, cada um carrega a culpa ou a Glória de suas próprias decisões. Portanto, aos amigos que amo e valorizo, deixo a Liberdade de ouvir o que quiserem, mas saibam que talvez eu vá tirar uma onda do que escolher para ouvirmos juntos.

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A todos outros que aqui leem nossa coluna, deixo a liberdade de ouvirem o que quiserem. Não vou me atrever a tirar um sarro ou desmerecer seu péssimo gosto musical – isso é papel de seus amigos mais sinceros. Não eu, apenas um colunista de Música Contemporânea, que por anos busca a batida perfeita e não o hit da vez.

#FicaLokaMaisNãoFicaBurra – uma pessoa loka, mas não uma pessoa burra

Vida longa ao som bom (em um bom som). 

Leollo Lanzone

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Leollo Lanzone

Leollo Lanzone é o alter ego de Mauro Galasso, que é de verdade, mas não cabia numa persona só. Tem olhar objetivo e sensível, tem o hábito de montar playlists, adora dançar eletrônico, sabe cozinhar, falar de amizade e tem opinião sobre quaaase tudo.

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