Música boa/ Música ruim

Gostei

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música

Buenassss. música

Caracas, vocês não imaginam onde estive essa semana. Pois digo: num navio, fui a Santa Catarina e voltei, eu e o meu queridão, Davi, comemorando o aniver dele e o meu, arianos que somos, grazie a Dío, rararará.

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Invenção essa das minhas duas filhas que fizeram de tudo, mas de tudo, mesmo, para me convencerem a ir. Não é por nada, não, mas é que trabalho a bordo de navios há quase quarenta anos, então já viu, não há, de minha parte, nenhuma graaaande atração por esse meio de transporte.

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Mas o Davi adorou e é isso o que importa. Brincou, comemos pra cacete, conhecemos outras cidades, foi muito bom.

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Então.
Eu nunca fui ‘baladeiro’, mal sei dançar, nunca gostei, desde moleque, dessas coisas tipo bailes, danceterias, discotecas, raves, etc. e tal, à certa altura do campeonato percebi que o meu lugar não era no salão ou na pista, o meu lugar era no palco.

Então.
Navio é para quem gosta de baladas, de dançar, pular, gritar, ferver, vestir roupas ‘de noite’, brilhantes, luzes piscando, tomar energéticos, ecstasies, enfim. Não é a minha praia, filhinho. E essa parte realmente me foi difícil.
Nossos dias eram tipo acordar, tomar café da manhã e ir à(s) piscina(s), eu e o moleque, para nadar e tomar um solzinho e lá estavam eles, gritando, cantando, uma fila imensa para pegar bebida, complicado. E aquela música ao vivo à mil por hora.
E esse é o ponto.

Era ‘pisadinha’, era ‘sofrência’, era ‘axé’, era ‘pagode’, era ‘funk’ e aquela gente animada, gritando, pulando. Nada contra. Mas também nada a favor. Sou um músico que respeita todos os tipos de som, mas não sou obrigado a gostar. E tenho minhas críticas, diretamente direcionadas à questão musical, porque estudei música, cazzo.

As pessoas querem se divertir, claro, querem ser felizes, claro, querem se balançar de qualquer jeito, de que jeito for. ‘Mãozinha pra cima’, ‘quero ver o trenzinho’, ‘tira o pé do chão’. Mas e a música? Reitero, é uma humilde opinião minha, apenas. De um músico que gosta de música e por isso estuda, pesquisa. Não que esses artistas não estudem ou pesquisem, mas, olhe, música, pra mim, é sagrada. E, por ser sagrada, precisa que se tenha respeito. Mas a indústria do entretenimento é cruel, não perdoa nada e ninguém. Para algun(a)s, música é apenas ‘business”. Para mim é muito mais do que isso. Sorrrry.
Assisti ao(à)s companheiro(a)s de profissão, competentes, fazendo o seu trabalho, claro, mas fiquei triste. Nada grave, mas aqueles sons não eram nada legais, de boa. Milton Nascimento cantou que ‘todo artista tem de ir aonde o povo está’, mas, olhe, o povo não é só ‘sofrência’, visse. Aliás, o Brasil, culturalmente, é muito, muito, muito, muito rico.

Bueno, mas também assisti a artistas fazendo música de muita qualidade. Uma menina cantando lindamente clássicos da nossa M. P. B. Vi um trio de garotos, que erradamente achei que iam tocar apenas sambas, mesmo porque quando cheguei ao local eles estavam tocando um samba, mas era pedido de uma passageira. Atenderam ao pedido e em seguida saíram a cantar, surpreendentemente, belas baladas do rock brazuca. Gostei.

E tive a satisfação de encontrar e assistir ao amigo Fábio Lizzi, pianista dos melhores, mandando ver com sua banda (o cantor, espetacular), som irretocável, de altíssssima qualidade, verdadeiro baluarte da música, o Fabinho.

músicaDevo dizer, enfim, que música boa não é a que gosto, visse, música boa é música boa.
É como dizia o Xexeu, figura ímpar, músico de primeira linha:
‘Eu não toco porcaria nenhuma, mas sei quem toca’.
E toca o barco.

 

 

Inté, besos a todo(a)s.

 
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Compositor, cantor, violonista e contrabaixista, Luiz Cláudio de Santos nasceu em Santos/SP. Está na estrada há mais de 40 anos, trazendo mais de 200 composições próprias na bagagem. Pisou no palco pela primeira vez aos nove anos de idade e aos quatorze compôs sua primeira canção. Fez parte de diversas bandas, como “Copos & Bocas”, “Cooperativa Afrodyzziaka”, “Jornal do Brasil”, entre outras, se apresentando em bares, SESCs, clubes, TVs e rádios de Santos e região, da capital e outros estados. Participou da gravação de um compacto simples da banda “Jornal do Brasil” em 1986. No final da década de 90, fez temporadas no Japão e Espanha, retornando ao Brasil em 2000. Lançou seu primeiro disco solo em 2012, idealizado por ele e com a maioria das composições de sua autoria. Seu disco “Luiz Cláudio de Santos” é uma mostra de anos e anos do ofício de compor. Suas letras falam das mazelas, algumas alegrias, algumas histórias de um brasileiro e seu Brasil, que vive numa cidade de praia-porto, cantadas nos mais diversos ritmos, brasileiros ou não, afoxé, funk, rock, samba e até tango. Para saber mais, conhecer e ouvir Luiz Claudio, acesse: https://www.facebook.com/luizclaudio.desantos http://www.youtube.com/user/luizclaudiodesantos?feature=watch

2 Comentários

  1. Aldo Durante Jr.9 de abril de 2022

    Na verdade Negron, as pessoas ali não estaomora ouvir música mas para interagir com a “música” ou seja lá qual for o paliativo que fosse.

    Responder
  2. ROSALI TOLEDO9 de abril de 2022

    O Davi deve ter aproveitado muito, principalmente com o vô, só para ele. Quanto,a música não me conformo com o baixo nível que é transmitida ao povo. Somos um país de muitos gêneros musicais, de axcelentes artistas,esperobque algum dia o cenário mude.

    Responder

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