Geralmente vamos a bares com música ao vivo. É a chance de ouvir o que se gosta, num ambiente compartilhado por dezenas de pessoas. E são muitos os espaços na Baixada Santista, com sons variados, de gêneros diversos. É ali também onde os frequentadores se entregam a emoções, que povoam a mente em lembranças, alegrias. Podemos ouvi-las silenciosamente, ou arriscando cantar junto, dançando, mantendo a conversa, enfim, cada um a sua maneira.
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A região é privilegiada em termos de músicos. Assim como a imagem de esportista que se tem por aqui em nível nacional, também o é em termos de talentos no som. Basta ver a quantidade de escolas de músicas e/ou professores independentes que repassam seus conhecimentos aos que vão seguir literalmente a mesma toada ou aprender por satisfação pessoal.
Tenho muitos amigos que fazem da arte de tocar sua profissão de fé. Como jornalista, e um inveterado aprendiz de guitarra, acompanho o trabalho de vários deles. E, desde já, vou logo dizendo: não é fácil. Nem vou entrar no mérito das etapas que tiveram de vencer para chegar ao estágio da profissionalização: aulas de teoria e prática, alguns conceitos de física acústica, cálculos, concentração e talento.
Pode ser que haja uma falsa compreensão de que eles, músicos, fazem parte do ambiente, do bar propriamente dito. E, por isso, nem sempre são aplaudidos ao final de cada música. Obviamente, ninguém é obrigado a bater palmas, aprovar ou desaprovar. Tudo bem, estão ali para saborear o que o espaço oferece. Mas nós, eu e a Simone, e muita gente também, veem esses caras e minas de uma maneira muito especial. Entendemos que a reciprocidade no ato de aplaudir é uma maneira lúdica de mostrar aprovação. É o incentivo que o artista, assim como qualquer outro profissional, precisa para seguir fazendo bem seu ofício.
Todas as áreas de atividades têm seu encanto, dissabores etc. Claro. Porém, esse dom de tocar e cantar embute algo mágico: para quem os vê e ouve é uma espécie de porto seguro na nossa incessante busca por refúgios reconfortantes depois do trabalho. De uns anos para cá, minha filha Giovana passou a fazer parte desse universo. Não profissionalmente, já que é universitária de Psicologia, mas participando de projetos musicais com gente que leva muito a sério a carreira. É aluna da talentosíssima Carla Mariani que, observando a dedicação aos estudos do canto, abriu-lhe caminhos nos palcos, e passou a integrar o Yan Cambiucci Trio, com Yan e Tanauan.
Hoje, com a tecnologia em constante evolução, os músicos vão descobrindo novas maneiras de mostrar seu trabalho. Mesmo a remuneração nem sempre justa reduz o ímpeto dessa galera. Confia no que tem a apresentar, porque é resultado de esforço e talento, numa simbiose que está aí para ser consumido como um produto especial, daqueles indispensáveis em algum ou vários momentos da nossa vida.
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