O maníaco do abraço

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abraçoA pandemia não tem sido fácil, né minha gente? Há alguns dias resolvi começar um treino rigoroso pra mandar às favas essa carência de abraços. Pra fugir do clichê e do grupo dos que começam tudo às segundas, decidi começar o desafio no sábado, pós-feijoada.

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Os primeiros minutos foram bem esquisitos, confesso. Achei que não fosse conseguir levar adiante, mas meu empenho tem me surpreendido. E me assustado também! Estou treinando os olhos da alma – e os abraços imaginários. Enxergar com os olhos da alma. 

Abraçar com os braços da alma. 

Essa primeira fase consiste em abraçar. Abraçar todo mundo, sem distinção. Ainda não sei como serão as próximas fases pois ainda não as inventei. Por enquanto, tô abraçando. Encontro na rua e abraço. Na fila do banco, abraço. No Uber, abraço. No banheiro do shopping, resisto, mas abraço também. Tô abraçando feia, sarados, gordas, anões, pernetas, gente suada, desdentada e resfriada. 

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Ah, importante dizer, tudo no pensamento, claro. Nesses tempos de Covid, né mundão? Os olhos do corpo veem e antes mesmo que o cérebro julgue, já tô abraçando mentalmente. Quando percebo, já abracei e nem deu tempo de julgar. Os abraços sempre são calorosos, cheirosos e sinceros. Porque é assim que eu os imagino. 

As pessoas passaram a ter menos defeitos nas ruas. Não dá tempo de ver defeito. Olhei, abracei. Virei o maníaco do abraço. Ah, que saudade eu tava! Às vezes fico preocupado que as pessoas interpretem mal minhas olhadas sedutoras, mas quando vejo, já tô lá pendurado no povo. 

Dia desses, correndo na praia, cruzei com um casal que vinha no sentido oposto, ambos com a cara amarrada e um aspecto de que não tomavam banho há dias. Não resisti, abracei os dois. Com direito a tremidinha. Tenho me sentido bem com isso. E acho que as vítimas também. Vez ou outra tenho a impressão de que a pessoa correspondeu ao abraço. 

E quando estou abraçando, procuro emanar as melhores vibrações praquele ser. Isso faz com que ele seja como eu, nem melhor, nem pior. Com defeitos e qualidades. E se ele tiver infectado, tudo bem, foi um abraço imaginário. E me faz entender que o que os meus olhos do corpo veem é o menos importante. Que o que vale mesmo é o que os meus olhos da alma deveriam conseguir enxergar. 

Afinal, se os nossos olhos vissem almas ao invés de corpos, bem diferentes seriam nossos ideais de beleza. Mas é tudo uma questão de treino. E eu já comecei. Vem cá, me dá um abraço. Não, pera, coloca essa máscara, passa o gel… e abraça de longe, melhor assim!

 
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Diego Brigido

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Jornalista e bacharel em turismo, com especialização em marketing estratégico e gestão de turismo e hospitalidade, com dezoito anos de experiência na Baixada Santista É editor-chefe da Revista Nove e do Guia Comer & Beber e colunista de Turismo e Gastronomia da Revista Mais Santos. Aquariano e inquieto, se aventura nas crônicas e poemas e está às vésperas dos 40.

1 Comentário

  1. Jessy10 de dezembro de 2020

    Eiiiiiiiii moço, passando só pra deixar um enooooorme abraço! ❤️🤗

    Responder

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