“A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás, mas só pode ser bem vivida olhando-se para frente.” vovozado
Autor desconhecido
Uma família começa a se formar de fato quando nasce uma criança.
De qualquer maneira, devemos ter sempre em mente que os pais necessitam de orientação e apoio tanto quanto o próprio bebê, não só para sua própria organização e ajustamento, como também para que possa constituir um elemento de apoio e ajuda ao processo de educação e desenvolvimento que ela necessita nesse momento de adaptação desgastante.
A cumplicidade entre todos os membros da família é vital nas relações da família e na vida do casal.
Nesse contexto tanto para os pais como para os bebês e depois para os filhos em geral, avós são um elo importante para a história da família, compartilhando lembranças e momentos com a nova geração.
Essa convivência ajuda a criar a identidade familiar e uma sensação de pertencimento, sentimento importante para o desenvolvimento emocional da criançada.
Acho até que com a idade mais madura quando não se privilegia mais, o imediatismo, mas se valoriza mais o processo criativo, a sabedoria, serenidade, bom humor, enfim quando se deixa as preocupações o encontro todo pode se tornar uma grande carícia, na alma e na psique
Assim sendo os avós têm um papel, de grande importância, em causa própria e por termos em julho um dia dedicado as avós, precisamente dia 26, eu gostaria de me deter um pouco mais e falar dessa figura que nos dias de hoje já perdeu um bom espaço para os berçários.
É natural que isso ocorra porque os avós de hoje ,na sua grande maioria tem vida pessoal e profissional da qual não querem abrir mão.
Isso reforça a necessidade de se refletir sobre esse papel que já não é vivido como nos velhos tempos que o cheiro do bolo e o sabor das guloseimas da casa da avó acompanhavam a vida toda e davam guarida aos momentos mais difíceis.
Os avós podem muito quando um casal tem um filho mas nem sempre recebem a devida atenção, e nem se dão o devido valor, ficando apegados aos modelos antigos que não lhes cabe mais e nem querem mais, e nesse conflito não aproveitam as oportunidades adequadas para manifestar seus dons.
Esses dons devem ser manifestados modernamente muito mais em cumplicidade, atualização, basta que para isso tanto pais e avós tenham bem claros o seu momento de vida, os seus desejos e principalmente a sua possibilidade de doação e não de servilismo.
Entre um intervencionismo desequilibrado e a distância excessiva, a maioria dos avós se deixa guiar pela “inteligência do coração”. Escutar, compreender e reunir
Os avós escutam. Elas têm tempo.
Uma das graças dos avós, ao acolher crianças, é a de lhes dedicar um tempo de admiração, maravilhamento… observação das coisas menores da vida, mas de grande significado emocional e na construção de uma psiché saudável.
Saborear as perguntas das crianças, compartilhar das suas pequenas alegrias, ouvir suas queixas e tristezas, mágoas e injustiças.
Os pais são a lei, as avós devem ser o sonho , espaço de tolerância e aceitação, capacidade de compreender tudo e todos.
Para finalizar vale destacar que o intercâmbio entre pais, avós e netos hoje em dia não é apenas uma relação hierárquica, onde os pais são leões, os filhos são ratinhos e os avós são dinossauros, antes de tudo é uma relação transversal onde todos são inteligentes e capazes de crescer na cadeia da complementaridade ,pois avós lúcidos e generosos pretendem um mundo viável para seus filhos e netos.
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