Alimentação sem transtornos

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alimentação

Qual nível de importância e preocupação você dá para sua alimentação? Esse é um tema que muito me interessa e que considero importante. Não somente por ser nutricionista e estudar sobre, mas por ser um ato essencial que realizamos a vida toda várias vezes por dia. Isso significa que pensar em comida é algo muito frequente. Para a maior parte das pessoas é natural, simples, suficientemente importante… mas para uma crescente parcela da população alimentar-se significa excesso de preocupação, medo, angústia, problemas.

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Preocupação excessiva com calorias, gorduras, medo de engordar, sentimento de angústia, culpa, frustração, isolamento social, distorção da imagem corporal, começar a dieta, largar a dieta, comer pouco, deixar de comer, comer demais, neuras relacionadas ao comer. Quando a comida se torna objeto de pensamentos constantes e negativos, e leva a uma relação ruim com os alimentos, sinal de alerta!!! Oficialmente existem alguns nomes para os chamados Transtornos Alimentares, que são mais de natureza psicológica do que nutricional, mas vale o alerta:

  • Anorexia nervosa é caracterizada quando a pessoa realiza uma restrição alimentar severa e tem perda de peso corporal significativa, medo excessivo de engordar mesmo estando abaixo do peso. 
  • Bulimia nervosa é caracterizada quando a pessoa tem episódios de compulsão alimentar seguidos de comportamento compensatório e/ou purgativo (provocação de vômito, diarreia, exercícios em excesso) com a finalidade de evitar ganhar peso, com uma preocupação excessiva com a imagem corporal. 
  • Transtorno alimentar sem outra especificação (TASOE) que ocorre quando um ou mais comportamentos transtornados ocorrem, mas não é possível caracterizar de forma específica: 
    • compulsão alimentar: consumo exagerado de alimentos (um único tipo ou mais) em um período curto. É comum o consumo de bolachas, pães, bolos, chocolates, alimentos de fácil mastigação e deglutição acompanhada de grandes quantidades de líquidos;
    • transtorno da compulsão alimentar periódica: quando a compulsão alimentar ocorre com menor frequência, podendo ter ou não comportamentos compensatórios após;
    • comportamento obsessivo patológico com fixação pela saúde alimentar (conhecido também por: ortorexia nervosa);
    • comer pouco seguido do consumo excessivo de bebidas alcoólicas com a finalidade de vomitar para evitar as calorias e engordar; substituição dos alimentos por bebidas alcoólicas (conhecido também por: drunkorexia);
    • preocupação excessiva em ficar forte, fixação em aumentar e definir os músculos (conhecido também por: vigorexia);

Adolescentes do sexo feminino e mulheres jovens estão entre as pessoas que mais desenvolvem algum tipo de transtorno alimentar, entretanto o número de adolescentes do sexo masculino está aumentando nos últimos anos. Algumas pessoas não chegam a caracterizar um transtorno alimentar, mas desenvolvem o que chamamos de “comer transtornado”, quando o comer traz sentimentos ruins de medo, culpa, frustração e alimentar-se passa ser uma angústia.

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As causas dos transtornos alimentares são muito variadas… imagine você viver em um mundo onde as pessoas prezam pela forma física, atribuem muita importância para “ser magro”, relacionam a imagem corporal ao sucesso ou fracasso, estimulam a prática de dietas restritivas, falam sobre dieta e alimentação como se fossem profissionais, demonizam os alimentos ricos em gorduras e açúcares, supervalorizam alguns alimentos como se fossem superalimentos, dão mais importância para a forma do que para o “ser”… não poderia ser fácil. 

Algumas dessas situações são colocadas na vida de uma criança desde bem pequenininha… a gente nem imagina o dano que isso pode causar. Além desses, ainda temos os fatores genéticos que podem sim influenciar no desenvolvimento dos transtornos alimentares. 

O que então podemos fazer para evitar isso na nossa casa? Entre os nossos? 

Atribuir a devida importância que alimentação e o corpo deve ter, nem mais nem menos. Para cada pessoa essa dose de importância é específica. Mas algumas atitudes podem ser positivas ou negativas:

  • Preocupar-se com a saúde, em se alimentar bem e praticar exercícios regularmente sem que isso afete drasticamente a vida social;
  • Evitar estimular a preocupação excessiva com o peso e a forma física, com falas e ações;
  • Evitar seguir nas redes sociais pessoas que visam apenas a imagem e forma física;
  • Não se referir ao peso do outro, se está gordo/magro, se está engordando/emagrecendo… falar que a pessoa está emagrecendo como elogio pode reforçar um pensamento transtornado… o oposto também, e isso é ÓBVIO!
  • Falar, sim? sobre a comida e os alimentos, mas de forma natural sem julgá-los;
  • Não conversar sobre dietas em determinadas situações, especialmente na presença de crianças;
  • Evitar restrições alimentares severas autoimpostas (ou não);
  • Não atribuir poder aos alimentos: esse alimentos “engorda”, outro “emagrece”… não existem alimentos que causem esses efeitos;

Comer, como eu disse anteriormente, é um ato natural e deve ser prazeroso, antes, durante e depois. Sinta o prazer e deixe os sentimentos ruins passarem… bom apetite!

 
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Marina Ferreira

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Formada há 15 anos como Bacharel em Nutrição pela UNISANTOS, Mestre em Ciências pela Faculdade de Saúde Pública da USP, Personal Coach pelo Instituto Brasileiro de Coaching. Atendimento Nutricional em Consultório e Online. Professora dos cursos de Nutrição, Farmácia e Biomedicina da UNIP desde 2011. Nutricionista de escolas e empresas.

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