É meu amigo empreendedor. Chega um momento na nossa jornada, seja ele no começo ou no meio, em que uma figura acaba aparecendo na nossa vida: o sócio.
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Ter um sócio é uma experiência peculiar. Por um lado, é uma oportunidade perfeita para ter alguém que vai realmente ajudar nas tarefas cotidianas da empresa, propor uma nova perspectiva do negócio, te mostrar um ângulo novo e fazer a empresa prosperar, gerando divisas e novas oportunidades de negócio. Por outro lado, um sócio ruim é, com certeza, A PIOR COISA que pode acontecer com o seu negócio.
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Por isso, hoje nós vamos discutir como saber se a sua sociedade é saudável e frutífera, ou uma fonte eterna de dor de cabeça. Também vamos discutir as características de um bom e um mal sócio e como dar um pé na bunda desse(a) mala sem alça.
Para começar, avalie, caso já tenha uma sociedade, quem realmente trabalha nessa sociedade. É muito comum que, em sociedades tóxicas, um dos sócios seja o marreteiro da empresa: é ele que propõe idéias novas, ele que lida com os problemas do dia-a-dia, ele que conhece tudo o que se passa, todas as necessidades técnicas e oportunidades de negócio, o que vale a pena investir e o que tem que ser descartado. Ele é o apaixonado pela empresa
Se você se encontra nessa situação, é fácil avaliar se o seu sócio é a formiga da sua cigarra: comece a perguntar coisas que são inerentes ao cotidiano da empresa, que são feitas diariamente. Sendo sócio não souber, é porque o trabalho todo está nas suas costas. Avalie começar a pensar em dar um basta nessa situação. Você não pode ser escravo da sua própria empresa.
Outra situação muito comum na empresa é o sócio Roberto Justus: só aparece na sala de reunião, dá pitaco em todas as ideias sugeridas, mas na hora do vamos ver, ele some.
Só um adendo: sou um baita fã do Justus. No dia que eu souber um terço do que ele sabe do mercado de Publicidade, eu estou feito na vida. A piada é só uma referência ao programa de tv mesmo. Seguindo.
Se o seu sócio é desse jeito, é bem provável que ele não dê a mínima para a empresa, e esteja focado unicamente no lucro da empresa e na retirada dele. Por isso ele se empolga com qualquer ideia: se der lucro, pra ele é ótimo. Mas é você, trouxa, quem propôs a ideia por que gosta da empresa que vai suar a camisa para por a proposta em ação.
Outro sinal bem claro da toxicidade do sócio, é quando ele se dedica mais a coisas extra empresa do que na sociedade de vocês. Veja, é normal ter outras atividades além da empresa, mas quando se empreende, o foco deve ser pelo menos ter a empresa como prioridade. Ou seja, se você está trabalhando na empresa, e o sócio está fazendo dinheiro em outro lugar, amigo, dá um pé na bunda dele. Você é o otário da situação.
Ainda na situação acima, fique de olho quando o sócio traz para a empresa demandas que vocês não são capazes de cumprir. Seja um projeto que exigiria mais equipe do que vocês possuem, ou que serão muito trabalhosas sem agregar nada para a marca de vocês, enfim, aquela situação que você sabe que vai dar ruim, mas o sócio se comprometeu e agora você vai ter que mergulhar na mer*a pra fazer. É um sinal claro que seu sócio não entende nada do negócio e não se importa tanto assim com a empresa de vocês. Pé na bunda dele. Agora.
Não quero que o artigo fique longo e repetitivo, então vamos lá. Dicas para reconhecer um sócio tóxico.
- Não sabe nada do negócio, nem se importa em aprender para te dar uma força.
- Não fala de trabalho. Passa o dia reclamando que a empresa não dá lucro, mas não faz nada para te ajudar a remediar a situação.
- Não propõe nada. Ao invés disso, nada conforme a maré que você faz girar.
- Se vocês tem atividades claras, a parte dele está sempre mal feita, e você precisa corrigir.
- Não pensa em reinvestimento. Quando pinga algum dinheiro, ele já comprometeu tudo com alguma coisa extra empresa.
- Não atinge as metas propostas em reunião, nem realiza as tarefas acordadas em tempo hábil, travando o desenvolvimento do negócio.
- Propõe atividades que são completamente opostas ao plano de negócios ou até mesmo ao nicho em que vocês operam, demonstrando falta de conhecimento das atividades.
Se você enxergou algum caso parecido, é hora de agir. Coloque as cartas na mesa. Deixe de ser o escravo da sua própria empresa e passe a viver como um gestor de verdade. Exponha honestamente o que você está sentindo e confronte a pessoa. Se ela admitir (nunca acontece) a deficiência e pedir para sair, excelente. Embora você vá ter que comprar a parte dela, é uma pequena dor de cabeça diante das oportunidades que vão surgir para você.
Mas se o seu sócio não admitir nada disso, e não quiser sair, aí é um problema mesmo. Talvez você tenha que tomar alguma medida judicial (admito que não sei o que fazer nessa situação) ou sair você da sociedade. Faça uma nova empresa, só você. Uma vez que você já fazia tudo sozinho mesmo, que diferença faz?
Mas eu escuto você se perguntar: Mas Marcio, meu guru e fonte de todo conhecimento, sempre é ruim ter um sócio?
Claro que não. Existem inúmeras sociedades que são prósperas e frutíferas, e que geram empresas que se tornaram grandes em seu setor. Suponho até que a maioria seja assim, mas não tenho esses dados para comprovar. por isso, vou citar algumas características de um BOM sócio:
- O cara sempre propões soluções e novas ideias para que a empresa possa sempre se reinventar;
- A pessoa trabalha junto com você, mesmo sem ser exatamente a área ou setor de que ela entende na empresa, ela busca aprender para desafogar o trabalho quando a coisa aperta;
- A parte dela nas tarefas está sempre bem feita e entregue em dia, o que garante que a atividade empresarial não vá travar pela falta de um ou mais elementos;
- O cara confronta as suas sugestões sempre que não achar que vai ser bom para a empresa. Sim, pior que um sócio que não faz nada, é um que aceita tudo o que você propõe sem nem avaliar. Esse yes man não está interessado em nada, a não ser que seja você trazendo grana para ele. Um sócio que de vez em quando conflita é um sócio que se importa;
Para fechar, eu diria que o melhor sócio não é o mais rico, nem o mais inteligente, mas sim o mais compromissado. Aquele que é ponta firme e não arruma desculpas para não fazer bem a parte dele é o sócio que você quer do seu lado na empresa.
Enfim, o papo de hoje não tem nada a ver com meus serviços, então não teremos o momento merchan da vergonha. Mas se você quiser conhecer o meu trabalho de design para marcas e marketing digital, entre no meu site e dê uma olhada no nosso portfólio. E depois vamos marcar um café e conversar.
E esse foi o papo dessa semana. Espero ansioso para ler os seus comentários. Até daqui 15 dias! Sempre às quartas, sempre às 9 da noite.
Márcio Cabral é cineasta, designer gráfico, publicitário e empresário. É diretor executivo na IAP Propaganda, e um dos sócios fundadores do 40EMAIS.
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