Empreendedor, aproveitando essa comoção, exagerada, na minha opinião, com o Oscar de Ainda Estou Aqui, eu, e o meu professor Ricardo Reis, resolvemos falar sobre isso, cada um no seu quadrado, sobre cinema no Brasil. Não sei o que ele vai preparar na sexta (mentira, eu sei sim), mas eu vou falar sobre empreender com cinema aqui em Banânia, sem mamar nas tetas do Estado. Vamos lá!
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Se você está pensando em empreender com cinema no Brasil sem depender dos mecanismos do governo, é possível, mas exige uma combinação bem afinada de criatividade, planejamento estratégico e conhecimento profundo do mercado. Eu sei que o cenário pode parecer hostil, mas deixa eu te dizer: a inovação nasce justamente nesses terrenos difíceis. E se você souber jogar suas cartas, o cinema independente pode se tornar não só viável, mas altamente lucrativo e relevante.
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Tudo começa com a definição clara do projeto que você quer tirar do papel. Pense bem no tipo de filme que pretende produzir e, mais importante ainda, no público que deseja atingir. A segmentação é essencial aqui. Se você quer atrair uma audiência jovem interessada em comédias rápidas, por exemplo, não faz sentido estruturar um drama pesado e artístico — pelo menos não se o seu objetivo principal é conquistar mercado. Escolha bem o gênero, o tema e a duração do seu projeto. Afinal, um curta-metragem bem produzido pode impactar tanto quanto um longa, especialmente quando o orçamento é limitado.
O próximo passo é a parte que muita gente acha chata, mas que é absolutamente essencial: o planejamento e a pré-produção. Isso inclui desenvolver um roteiro atraente e bem estruturado. Se você não é roteirista, vale a pena investir na contratação de um bom profissional. É também nessa etapa que você precisa levantar o orçamento, e aquui vai ser preciso fazer malabarismos. Desde custos básicos como elenco, locações e equipamentos até a pós-produção, cada centavo precisa ser tratado com carinho, pra não ficar sem mais pra frente.
É importante que você tenha um cronograma claro e detalhado. Todo projeto audiovisual que se preze precisa de um planejamento rigoroso de tempo. Nada de deixar as coisas para depois. Um cronograma bem estruturado é sua maior defesa contra imprevistos que podem consumir todo o seu orçamento e deixar o projeto pelo meio do caminho. Pense nisso como um mapa de sobrevivência, e trate-o com o respeito que merece.
Agora, sobre o financiamento, é aqui que muitos desistem. Afinal, sem os incentivos do papai Estado, onde conseguir dinheiro para tirar o projeto do papel? Bem, opções existem. E como bom empreendedor, você precisa saber como explorá-las. Uma das alternativas é buscar investidores privados que tenham interesse no tema ou no estilo do seu filme. Pode parecer difícil, mas a verdade é que muita gente está disposta a investir em projetos inovadores, desde que você tenha algo sólido a apresentar. Um bom plano de negócios pode ser a diferença entre um cheque assinado e um projeto parado.
Outra opção interessante é o crowdfunding. Plataformas como Catarse e Apoia.se são ótimas para isso, desde que você saiba criar campanhas sedutoras e transparentes. Nessa hora, entender um pouco de marketing é fundamental ( ;)). Lembre-se de que quem investe através de crowdfunding quer fazer parte de algo especial, então nada de recompensas genéricas. Ofereça algo que faça sentido e que vá de encontro ao perfil do seu público. Além disso, considere parcerias comerciais com marcas que possam se beneficiar do seu filme. Product placement é uma prática comum e que pode funcionar bem, principalmente em gêneros que dialogam diretamente com certos produtos ou serviços.
Chegando na produção, é hora de fazer o que você sabe fazer melhor: criar. Mas não basta criatividade sem gestão eficiente. Formar uma equipe talentosa e alinhada com o propósito do projeto é fundamental. E não estou falando apenas de contratar bons profissionais, mas também de garantir que todos compartilhem a visão do que você quer realizar. Ou seja, e vamos ser honestos: se você é um empreendedor, contratar um time de artistas esquerdistas não vai ser bom pro seu projeto. Um filme independente precisa ser uma obra coletiva onde todos estejam na mesma sintonia. E mais uma coisa: não se esqueça de registrar absolutamente tudo o que você produzir. O controle sobre o seu conteúdo é essencial para não perder oportunidades comerciais lá na frente.
Na pós-produção, não economize na qualidade técnica. Hoje em dia, o público está acostumado a produções impecáveis e, por mais que o roteiro e a direção sejam brilhantes, uma edição malfeita pode jogar tudo por água abaixo. Se possível, trabalhe com um editor experiente e invista em trilha sonora original, que pode ser inclusive uma excelente forma de fazer parcerias com músicos independentes.
Quando se fala em distribuição e marketing, o mundo digital é seu maior aliado. Os festivais de cinema continuam sendo uma excelente vitrine, claro, mas você não precisa limitar seu alcance a esses eventos. Aproveitar plataformas como YouTube, Vimeo, Amazon Prime, ou até mesmo criar um site próprio para vender o acesso ao seu filme pode ser um diferencial. E não subestime o poder das redes sociais. Criar um perfil dedicado ao filme, com conteúdos de bastidores, entrevistas, trailers e cenas exclusivas, é uma excelente maneira de criar expectativa e engajamento. Pense em marketing digital como um processo contínuo e não algo que começa só quando o filme está pronto.
Agora, sobre monetização, você tem várias alternativas que podem ser combinadas para maximizar o retorno financeiro. Vendas diretas de mídia física já era, mas disponibilizar na internet com um precinho por acesso é o caminho. Sim, dificilmente você vai colocar seu filme nas salas de cinema. E sem problemas, porque esse modelo já está decaindo. Ao disponibilizar seu filme por um preço acessível em plataformas pagas, você garante um fluxo constante de receita. Licenciamento também é um caminho interessante, especialmente se o seu filme for bem recebido por algum nicho específico. Além disso, explorar produtos relacionados ao filme, como camisetas, pôsteres, livros e até bonecos, especialmente se se tratar de um projeto de animação, pode aumentar consideravelmente sua receita.
Quer saber o que tudo isso significa? Que sim, meu caro empreendedor, é absolutamente possível empreender com cinema no Brasil sem depender dos mecanismos governamentais. Inclusive, acho que se você for um bilionário herdeiro de banco, isso deveria ser obrigação, ao invés de pegar grana pública num país onde as pessoas que pagam impostos ás vezes nem tem o mínimo pra sobreviver. Mas divago.
E digo mais, é até melhor você ter toda a liberdade de criar o que quiser, do que depender de burocratas esquerdistas para autorizar sua captação, apenas para ser barrado por que os parasitas estatais não acham seu projeto “criativo o bastante” (sim, isso já me aconteceu). O segredo está em conhecer bem o seu público, planejar cada etapa do projeto e utilizar os recursos disponíveis de forma inteligente. Empreender com cinema é um desafio gigante, mas também é uma oportunidade de criar algo único e, por obrigação, lucrativo.
Empreendedor, cinema é, acima de tudo, empreendedorismo. Esqueça as maluquices esquerdistas e a dependência estatal de artista incompetente. Saber empreender é o caminho para você fazer seu filme de forma independente. E o que você acha disso? Mexi com seu coraçãozinho? Deixe suas opiniões, ou xingamentos, nos comentários, quero muito saber o que você acha dessa abordagem. E se gostou do texto, não se esqueça de curtir, porque isso ajuda muito o colunista a continuar trazendo conteúdo relevante para você.
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