A tecnologia tem sido uma ferramenta importante no desenvolvimento da humanidade, e no campo da saúde não poderia ser diferente. O aperfeiçoamento e desenvolvimento de novas técnicas é constante, visando sempre uma maior eficiência no que se refere à profilaxia, diagnóstico, tratamento e cura de doenças. E dentro dessa perspectiva, a medicina preditiva vem ganhando cada vez mais força e atenção.
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Mas o que é exatamente a medicina preditiva?
De forma simplificada, é um conjunto de ferramentas que possibilita identificar as chances de uma pessoa desenvolver uma doença específica, através da análise do seu histórico familiar e características fenotípicas e genotípicas.
A medicina sempre esteve focada no tratamento de doenças e um novo olhar para a saúde foi sendo desenvolvida ao longo dos anos. Nós tínhamos primeiramente apenas a medicina curativa, onde o foco era tratar o paciente com a doença já instalada. Toda a conduta é baseada no acompanhamento e controle dos sintomas. Esse método apresenta limitações, como uma falta de preocupação com a prevenção ou com o histórico familiar do paciente. Além disso, os tratamentos podem demorar mais do que o necessário.
Com a mudança de olhar, veio a medicina preventiva, onde o foco é a utilização de métodos preventivos a doenças, como exames de rotina e vacinas. O método foi reforçado pelas pesquisas sobre os benefícios dos bons hábitos alimentares e de exercícios físicos na prevenção ao surgimento de diversas doenças ao longo da vida. Apesar de mostrar uma preocupação com o paciente individualmente, analisando possíveis predisposições a doenças, a medicina preventiva também apresenta algumas limitações, como basear sua conduta apenas na interpretação de exames clínicos.
A medicina preditiva veio então como uma estratégia revolucionária na comunidade médica, resultado das inovações tecnológicas aplicadas à medicina. Através de testes genéticos de alta precisão e desenvolvimento de tecnologias aplicadas ao dia a dia do paciente, que colhem dados fundamentais para a leitura de seu estado de saúde, é possível diminuir significativamente a possibilidade de desenvolvimento de doenças. Além disso, permite um maior monitoramento da saúde presente e futura do paciente, se antecipando ao surgimento de patologias provocadas por predisposição genética e traçando estratégias de prevenção e tratamento mais assertivas. Esse novo olhar da área médica reduz o adoecimento da população e, consequentemente, os custos com tratamentos e internações.
Ainda são muitas as dúvidas em relação ao que os avanços tecnológicos podem proporcionar à medicina preditiva e como aplicá-las dentro de uma ética. Mas muitas vantagens são incontestáveis, como:
– Antecipação de um possível tratamento, uma vez que o(a) paciente recebe o diagnóstico mais rápido e o tratamento mais adequado;
– Redução dos riscos de desenvolver doenças genéticas, através de testes específicos e análises de dados com Inteligência Artificial;
– Aumento da qualidade de vida do(a) paciente;
– Redução dos custos com medicina assistencial, medicamentos, internações e terapias;
– Redução do afastamento das pessoas do convívio social e do trabalho decorrentes de problemas de saúde;
– Otimização do tempo para a descoberta de novas curas.
A maioria das inovações tecnológicas, ao mesmo tempo que trazem inúmeros e inquestionáveis benefícios, também trazem discussões e pontos negativos. E com a medicina preditiva não seria diferente. Apesar dos muitos aspectos positivos da metodologia, ainda existem muitas dúvidas, inseguranças e críticas, sobretudo éticas, que levam aos conflitos sobre a sua utilização.
Quais os limites de uso da medicina preditiva? Como agir com o paciente frente a uma alta probabilidade de uma doença sem cura? Será que diagnósticos precoces podem levar ao desenvolvimento de psicopatologias, prejudicando a vida atual do paciente? Estes são apenas alguns questionamentos que precisam ser discutidos dentro da comunidade médica e científica e, também, com a população.
Insegurança diante das inovações científicas e tecnológicas são naturais e necessárias para o processo de evolução e desenvolvimento de uma sociedade. E a medicina preditiva vem provocar mudanças de paradigmas no âmbito da saúde, impactando na forma como a medicina será aplicada nas gerações futuras.
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